tag:blogger.com,1999:blog-49042836385475945122023-11-16T04:40:10.829-03:00PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - Anicuns/Go"A CORTESIA É IRMÃ DA CARIDADE, QUE APAGA O ÓDIO E FOMENTA O AMOR."Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.comBlogger1327125tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-37644924287180725602013-09-02T09:52:00.000-03:002013-09-02T09:52:08.306-03:00Nota de Aviso:Bom dia a todos que diariamente frequentam nosso blog!<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Gostaria de avisar que a partir desta data de hoje (02/09/2013), me ausentarei temporariamente, ficando assim impossibilitado de fazer as atualizações diárias do blog da Paróquia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se você se sente capaz de assumir as atualizações e as responsabilidades do blog da paróquia, entre em contato comigo através do celular 9291-0356, e lhe passarei as condições de prosseguir com este projeto.</div>
<br />
Desde já agradeço.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Sérgio Elias</div>
<div style="text-align: center;">
Criador/Administrador </div>
<div style="text-align: center;">
do <span style="font-size: xx-small;">http://paroquiasaofranciscoanicuns.blogspot.com</span></div>
<br />Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-92074167637077880192013-09-02T09:43:00.001-03:002013-09-02T09:43:26.041-03:00Jesus em Nazaré: “Não é ele o filho de José?”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/kJ9vEoxeNzE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Lc 4,16-30</b><br />Foi então a Nazaré, [...] à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura [...] do profeta Isaías. [...]“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano aceito da parte do Senhor”. [...]. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.” [...] E perguntavam: “Não é este o filho de José”? Ele, porém, dizia: “Sem dúvida, me citareis o provérbio: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, faze também aqui, na tua terra!” E acrescentou: “Em verdade, vos digo que nenhum profeta é aceito na sua própria terra. [...] havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio”. Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro [...] com a intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.<br /><span style="color: blue;"><span style="color: red;"><br /><b>Discurso de Jesus na Sinagoga de Nazaré</b></span><br />Trata-se do discurso programático de Jesus na sinagoga de Nazaré. É um episódio que se encontra prefigurado no oráculo de Simeão: “Eis que este menino foi colocado para a queda e o surgimento de muitos em Israel, e como sinal de contradição” (Lc 2,34).<br />É a antecipação, através do esquema “aceitação–rejeição”, dos relatos referentes ao ministério público de Jesus. Em relação a Marcos e Mateus, Lucas antecipa o episódio. Essa antecipação tem um caráter programático evidente: o ensinamento de Jesus significa o cumprimento da Escritura.<br />Para maiores esclarecimentos, remetemos o leitor ao dia 3 de fevereiro.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-8691412356631270332013-08-30T10:17:00.003-03:002013-08-30T10:17:39.116-03:00A parábola das dez virgens<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 25,1-13</b><br />"O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’ Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ Ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’ Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.”<br /><br /><span style="color: red;"><b>Estar vigilante</b></span><br /><span style="color: blue;">O texto apresenta um grupo de dez virgens, cinco das quais eram previdentes e as outra cinco, imprevidentes.<br />As previdentes são caracterizadas pelo fato de levarem “jarros de óleo” para alimentar as lâmpadas; as imprevidentes levaram as lâmpadas, mas não o suprimento de óleo. Com o atraso do noivo, acabaram, todas elas, dormindo. Ao grito que anunciava a chegada do noivo, todas despertaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes se deram conta, então, de que o óleo não seria suficiente. Ter que providenciar o óleo à chegada do noivo fez com que as imprevidentes perdessem a oportunidade de entrar para a festa de casamento.<br />Depois de tudo isso, qual é a mensagem para os discípulos? O que é preciso fazer? As virgens previdentes desejavam fortemente participar das bodas; por isso, não mediram esforços nem imaginação para que tal acontecesse. Elas preveniram e previram o que poderia acontecer. Daí que, desde o início, elas participaram das bodas. As imprevidentes se deixaram levar por outras preocupações e se contentaram com o mínimo necessário: uma lâmpada e um pouco de óleo – não puderam, por culpa delas mesmas, entrar na festa.<br />Carlos Alberto Contieri, sj </span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-69585766660747287802013-08-29T12:26:00.004-03:002013-08-29T12:26:42.433-03:00Martírio de João Batista -<div style="text-align: justify;">
<b>Mc 6,17-29</b><br />De fato, Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”. Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado. Finalmente, chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus convidados. O rei, então, disse à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu te darei”. E fez até um juramento: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. Ela saiu e perguntou à mãe: “Que devo pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. Voltando depressa para junto do rei, a moça pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram numa sepultura.<br /><br /><span style="color: red;"><b>A tentação de calar a voz que denuncia o mal.</b></span><br /><span style="color: blue;">João Batista é o mártir da moral. Ele foi posto na prisão por ter denunciado uma união ilegal entre Herodes e Herodíades, mulher de Filipe, irmão do Tetrarca. A palavra movida só pela emoção e ilusão é portadora da morte: “(Herodes) prometeu, com juramento, dar a ela (filha de Herodíades) tudo o que pedisse”. É a vida de João que Herodíades reivindica. Busca eliminar a “voz” que denuncia o seu mal. É provável que o sofrimento e a morte de João Batista prefigurem a paixão e morte de Jesus Cristo. Ambos tidos como profetas (13,57; 14,5), conhecerão a sorte dos profetas: “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados…” (Mt 14,1-12;Lc 13,34-35).</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-73883078946028298642013-08-27T13:15:00.003-03:002013-08-27T13:15:39.277-03:00Ai de vós...hipócritas! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/K0eIRqld-FE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 23,23-26</b><br />“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como o direito, a misericórdia e a fidelidade. Isto é que deveríeis praticar, sem contudo deixar aquilo. Guias cegos! Filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais o copo e o prato por fora, mas por dentro estais cheios de roubo e cobiça. Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo.”<br /><br /><span style="color: red;"><b>A lei visa proteger a vida e a liberdade Povo de Deus.</b></span><br /><br /><span style="color: blue;">O objeto da crítica de Jesus aos escribas e fariseus é a hipocrisia deles.<br />Hipócrita é a palavra para dizer do ator de teatro que representa uma peça. A hipocrisia dos escribas e fariseus consiste, no que se refere à Lei de Moisés, na dissociação entre dizer e fazer (v. 23).<br />A Lei é expressão do amor de Deus por seu povo e visa proteger a vida e a liberdade dos membros do Povo de Deus. É inadmissível um modo de praticar a Lei que prescinda da misericórdia e do amor – é distanciar-se do espírito da Lei (cf. vv. 23-24). A prática obsessiva da Lei de Deus cega e fecha o coração para a necessidade dos outros. Nós sabemos, pelas controvérsias galileanas de Marcos (2,1-3,6), com suas paralelas em Mateus, o quanto a misericórdia esteve ausente dos adversários de Jesus: “No dia de sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou perdê-la?” (Mc 3,4). O amor, a fidelidade, a misericórdia precedem e têm precedência sobre tudo.<br />O interior, a “pureza de coração” (cf. Mt 5,8; Mc 7,20-23), é mais importante que o exterior, a aparência (vv. 25-26). O que importa é uma verdadeira purificação interior, uma verdadeira e profunda conversão.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-29431887752582615152013-08-26T08:54:00.001-03:002013-08-26T08:54:35.969-03:00Jesus condena a hipocrisia<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 23,13-22</b><br />“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus, mas vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós. Ai de vós, guias cegos! Dizeis: ‘Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!’ Insensatos e cegos! Que é mais importante, o ouro ou o Santuário que santifica o ouro? Dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferenda que está sobre o altar, então vale!’ Cegos! Que é mais importante: a oferenda ou o altar que santifica a oferenda? De fato, quem jura pelo altar jura por ele e por tudo o que está sobre ele. E quem jura pelo Santuário jura por ele e por Deus, que habita no Santuário. E quem jura pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado.”<br /><br /><span style="color: red;"><b>O caminho que conduz a Deus é Jesus.</b></span><br /><span style="color: blue;">O capítulo 23 de Mateus é uma forte crítica aos escribas e fariseus que, ao longo do evangelho, foram, e continuaram a sê-lo, os adversários mais importantes de Jesus. O objeto da crítica é a hipocrisia deles. As lamentações de Jesus contra eles se repetem como um refrão ao longo do capítulo. “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!” (vv. 13.15.16.23.27.29). Eles têm autoridade para interpretar e ensinar a Lei de Moisés (v. 2), mas são hipócritas: dizem aos outros o que tem de ser feito, mas eles mesmos não o fazem (v. 3) – nisto consiste a hipocrisia deles.<br />Eles são como “porteiros”: põem tantas proibições no que diz respeito às práticas religiosas que ocultam aos outros a ação de Deus na história. Nisto eles desestimulam os outros a entrar no Reino dos céus. Mas eles mesmos não entram por causa de sua hipocrisia (cf. v. 13). A campanha proselitista que eles promovem não visa à conversão dos pagãos ao Deus único e verdadeiro, mas às suas próprias concepções; por isso fazem dos prosélitos merecedores do inferno. São “guias cegos”, pois desviam o povo do verdadeiro caminho que conduz a Deus. O caminho que conduz a Deus é Jesus.<br />Jesus repudia todo tipo de juramento (cf. Mt 5,33-37). Dizer que são guias cegos significa também afirmar que a prática que eles propõem não vem da iluminação da Palavra de Deus.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-46113740965526921082013-08-23T08:30:00.000-03:002013-08-23T08:30:47.451-03:00O tesouro escondido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/iskFSkQ30ac?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 13,44-46</b><br />“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola.”<br /><br /><span style="color: red;"><b>O valor do Reino dos céus.</b></span><br /><span style="color: blue;"><br />Falar de tesouro e de pérolas preciosas é falar de valores, ou melhor, do valor do Reino dos céus.<br />Três verbos caracterizam as duas parábolas: “encontrar” (v. 44), “procurar” (v. 45) e “encontrar” (v. 46). As duas parábolas têm em comum esta expressão: “... vende tudo o que possui e compra…”. A diferença entre as duas é a seguinte: na primeira parábola o homem encontra o tesouro, sem buscá-lo; na segunda, ele procura a pérola preciosa. Estas duas parábolas são inseparáveis e complementares. Por isso, há de se supor que o comerciante que compra a pérola experimenta a mesma “alegria” que o homem que compra o campo por causa do tesouro.<br />A conclusão que se pode tirar destas parábolas é relativamente simples: o Reino dos céus é comparável a bens que ultrapassam em valor o que se pode imaginar. A quem o encontra é exigido o engajamento de toda a vida para adquiri-lo. Possuí-lo é uma grande alegria.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-21456912034386580232013-08-21T12:36:00.003-03:002013-08-21T12:36:58.661-03:00Os trabalhadores da vinha<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 20,1-16a</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“O Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo’. E eles foram. Ao meio-dia e em plena tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. Ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros!’ Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles recebeu apenas a diária. Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. Ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><b>A justiça de Deus é amar sem distinção e sem medida.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">A parábola, em primeiro lugar, revela algo de Deus: Deus é bom. A expressão dessa bondade é que ele chama a todos para a sua vinha. O amor ou bondade de Deus não são calculados. Em todo tempo, o Senhor toma a iniciativa de chamar a todos para o seu Reino. O amor não se compra, ele é oferecido. A justiça de Deus é amar sem distinção e sem medida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">De algum modo, e em relação aos outros, todos somos operários da undécima hora. O modo de agir de Deus faz balançar nossa escala de valores: “Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence” (v. 15).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Aos olhos de Deus, o importante é ouvir o convite e aceitar os trabalhos na vinha. Este é o verdadeiro e justo salário.O amor de Deus toca as pessoas; ele não faz diferenças. O essencial é acolhê-lo.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-34140809665240446712013-08-19T08:55:00.004-03:002013-08-19T08:55:50.591-03:00A Deus, tudo!<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 19,16-22</b><br />Alguém se aproximou de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Ele respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. – “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo”. O jovem disse-lhe: “Já observo tudo isso. Que me falta ainda?” Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Quando ouviu esta palavra, o jovem foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.<br /><br /><span style="color: red;"><b>Deus na origem de toda bondade</b></span><br /><br /><span style="color: blue;">“... que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”. O homem relaciona vida eterna com fazer algo. É fazendo algo de bom que se alcança a vida eterna – é esta concepção que subjaz à pergunta daquele anônimo. Em primeiro lugar, a vida eterna é um dom de Deus. Jesus, por sua vez, vai ultrapassar a pergunta dele, afirmando que o essencial é buscar quem é o único bom.<br />Deus é a fonte de toda bondade, a fonte da vida. Se algo de bom pode ser feito, é porque Deus está na origem de todo bem. A vida eterna é dom e, como tal, precisa ser recebida. Não é merecimento pelo cumprimento irrepreensível da Lei, ainda que o cumprimento da Lei seja vida (ver: Dt 30,15-16). Só o cumprimento dos mandamentos não é suficiente; então, o que falta, ainda?<br />Para ser perfeito, isto é, para amar como se é amado por Deus, é preciso desapego, pois a vida eterna não se compra. O seguimento de Jesus é o caminho da vida eterna: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). “... jovem foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens” (v. 22).<br />A tristeza mostra que o jovem reconhece o seu apego. Mas será capaz de optar pela “perfeição”? Ele aceitou e fez o recomendado por Jesus? Nós não o sabemos! Mas cabe a nós respondermos, diante de Deus, estas mesmas questões, pois elas nos dizem respeito. A vida cristã autêntica depende da resposta a estas perguntas.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-36001227652652332102013-08-14T12:19:00.003-03:002013-08-14T12:19:56.154-03:00Tu e ele a sós! -<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 18,15-20</b><br />“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”<br /><br /><span style="color: red;"><b>Deus não desiste de nós, apesar de nós</b></span><br /><span style="color: blue;">No episódio ficou claro que a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço generoso, pelo acolhimento e pelo interesse pelo outro, a tal ponto de não medir esforços para recuperá-lo caso ele se distancie da comunidade.<br />A comunidade cristã é chamada a ser a comunidade dos reconciliados, em que o perdão deve ser oferecido e aceito. O próprio Cristo, cabeça da Igreja, nos reconciliou com o Pai.<br />A perícope de hoje é a consequência prática exigida pelo desejo expresso do Pai: “O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos” (v. 14). Nesse sentido, a atitude exigida de cada membro do povo que Cristo reúne é a iniciativa na reconciliação: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós!” (v. 15). É simplesmente, em primeiro lugar, ter presente que a Igreja é uma comunidade de irmãos (“Se teu irmão”). Tendo sido ofendido pelo pecado do irmão, a questão, aqui, é tomar a iniciativa de ajudá-lo no seu processo de conversão, de agir com misericórdia para com ele. É um empenho que exige não medir esforços para que ele se converta e viva.<br />Por que o Senhor vai atrás da ovelha que se perdeu até encontrá-la, os membros da Igreja devem proceder do mesmo modo, pois a Igreja é sinal de Cristo no mundo, e não se pode proceder de outra maneira, porque Deus não desiste de nós, apesar de nós. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro. O amor fraterno deverá sempre ser constituído e exigirá sempre o empenho de cada um e de todos os membros da comunidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-76092731261673637262013-08-13T08:19:00.001-03:002013-08-13T08:20:21.986-03:00O mais importante <div style="text-align: justify;">
Mt 18,1-5.10.12-14<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WBgqvanpoZw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, estará acolhendo a mim mesmo. Cuidado! Não desprezeis um só destes pequenos! Eu vos digo que os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura daquela que se perdeu? E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos”.<br />
<br />
<span style="color: red;"><b>O maior é o menor</b></span><br />
<span style="color: blue;">O capítulo 18 do evangelho segundo Mateus é denominado “discurso eclesial” ou discurso sobre a Igreja. Trata-se de instrução para a vida comunitária.<br />“Quem é o maior no Reino dos céus?” (v. 1). O maior é o menor. Por isso, Jesus afirma que é preciso converter-se. É preciso mudar de mentalidade porque o maior no Reino dos céus é o que serve a todos: “Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). A “criança” é símbolo do próprio Cristo, que se fez servo de todos e que “sendo de condição divina não se apegou ao ser igual a Deus, mas se despojou, tomando a forma de escravo” (Fl 2,6-7a).<br />Os versículos 12-14 identificam os “pequenos com as ovelhas”. Os “pequenos” são também os membros do povo de Deus. Da comunidade é exigido empenho para que os seus membros não se dispersem. Se acontecer, a comunidade deve fazer todo esforço possível para recuperá-los (vv. 10-14; ver Ez 34,11-16).<br />Carlos Alberto Contieri, sj</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-73984661652378772112013-08-12T11:28:00.000-03:002013-08-12T11:28:26.632-03:00Jesus fala de sua morte e ressurreição<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 17,22-27</b><br />Quando estava reunido com os discípulos na Galileia, Jesus lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará”. E os discípulos ficaram extremamente tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” Pedro respondeu: “Paga, sim!” Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” Ele respondeu: “Dos estranhos!” – “Logo o próprio povo está isento”, retrucou Jesus, “mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti”.<br /><br /><span style="color: red;"><b>Jesus é maior que o Templo</b></span><br /><span style="color: blue;">Ante o segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição (o primeiro: 16,21-23), “os discípulos ficaram extremamente tristes” (v. 23). Nós já observamos que os anúncios da paixão do Senhor são acompanhados da incompreensão dos discípulos. Aqui se diz da “forte tristeza”. De que tristeza se trata? Tristeza da incompreensão. Talvez se fixem somente nas palavras paixão-morte e se esquecem de que a ressurreição passa pela paixão e morte do Senhor.<br />O episódio do imposto devido ao Templo é próprio do primeiro evangelho. A obrigação de pagar um imposto para o Templo se encontra em Neemias 10,33ss: “Impusemo-nos como obrigação: dar uma terça parte de um ciclo por ano para o culto do Templo de nosso Deus…” (ver também Ex 30,13). No entanto, a questão legal, aqui, é menos importante. Jesus amplia a questão do v. 24, perguntando a Simão: “os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” (v. 25). Ao que Pedro respondeu: “Dos estranhos!” (v. 26). Jesus ultrapassa, assim, um primeiro nível de sentido: os filhos, aqui, são filhos do Rei, isto é, os que reconhecem em Jesus o Filho bem amado do Pai. Desse modo, os discípulos estariam liberados do imposto. E Jesus? Ora, Jesus não é só maior que o Templo, mas onde aprouve a Deus habitar com a plenitude de sua graça.<br />A moeda na boca do peixe é um modo de sugerir a Simão pagar o imposto com o fruto do seu trabalho, isto é, a pesca.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-85402615765476669752013-08-09T09:51:00.000-03:002013-08-09T09:51:35.493-03:00Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 16,24-28</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">Deus é surpreendente.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Na perícope precedente (Mt 16,13-23), depois que Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição, Pedro tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho: “Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’” (v. 22). Um Messias passar pela morte? Impensável! Mas Deus é surpreendente. É preciso confiança para poder compreender seu caminho. Não é que Pedro estivesse preocupado com o destino de Jesus. O anúncio da paixão é frustrante para Pedro; o Messias que está diante dele não é o que ele esperava ter encontrado. É que ele não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Há uma condição imposta pelo Senhor para ser seu discípulo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (v. 24). Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência nesse dinamismo de entrega a Deus e ao próximo. Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-77088116999443323262013-08-08T09:22:00.003-03:002013-08-08T09:22:58.191-03:00Afirmação de Pedro<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 16,13-23</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/6jUXonDNaHw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo. A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">A identidade de Jesus</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">As multidões acorrem a Jesus de todas as partes; Jesus, por sua vez, acolhe a todos, ensina, instrui (Mt 5–7; 10; 13) e cura a todos (12,15).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Causa admiração e resistência. No entanto, muitos não chegam a compreender e reconhecer sua identidade profunda (cf. Mt 13,55-58) e querem matá-lo (cf. Mt 12,14). A razão da resistência e rejeição ao evangelho tem nome: incredulidade (13,58).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">A dupla pergunta posta por Jesus aos os seus discípulos (16,13-15) revela a consciência que Jesus tem dessa incompreensão que atinge, inclusive, os discípulos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O evangelho segundo João no-lo apresenta sem rodeios: “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes e ficastes saciados” (Jo 6,26).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">A confissão de fé de Pedro ante a revelação de Deus – fé sobre a qual a Igreja está fundada (vv. 16-18) – precisará passar pelo crivo da paixão, morte e ressurreição do Senhor para poder ser vivida, ou melhor, se tornar um modo de viver (cf. v. 21). O Messias que Jesus é não é exatamente o que Pedro pensa ter encontrado (cf. vv. 22-23). Será necessário um longo caminho para que ele e todos os discípulos cheguem a uma conversão profunda, que atinja e ilumine a sua própria visão do Messias prometido por Deus.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-39948886308458008382013-08-06T13:51:00.003-03:002013-08-06T13:51:19.269-03:00Jesus, Moisés e Elias -<div style="text-align: justify;">
<b>Lc 9,28b-36</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para orar. Enquanto orava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou branca e brilhante. Dois homens conversavam com ele: eram Moisés e Elias. Apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a saída deste mundo que Jesus iria consumar em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Quando acordaram, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. E enquanto esses homens iam se afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Nem sabia o que estava dizendo. Estava ainda falando, quando desceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Ao entrarem na nuvem, os discípulos ficaram cheios de temor. E da nuvem saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-o!” Enquanto a voz ressoava, Jesus ficou sozinho. Os discípulos ficaram calados e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">Manter a face voltada para o Pai</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O que faz com que o rosto de Jesus seja transfigurado, na sua oração, é que ele mantém a face voltada para o Pai. É a comunhão com o Pai que transfigura e revela o mistério do Filho. A sugestão de Pedro cai no vazio, pois é Deus quem os envolve na nuvem, isto é, os faz participar da intimidade divina. O medo que eles sentem corresponde à entrada na presença de Deus; eles sabem que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Na verdade, diz o evangelista, “[Pedro] nem sabia o que estava dizendo” (v. 33). O que Pedro não compreende é que a verdadeira tenda, o lugar da presença de Deus, é Jesus. A voz que sai da nuvem e interpreta o acontecimento retoma a voz por ocasião do batismo (3,22; Is 42,1); à diferença que, dessa vez, a declaração do Pai se abre aos discípulos: Jesus é um profeta poderoso em gestos e palavras – trata-se de escutá-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-8129382456438324882013-07-25T13:41:00.002-03:002013-07-25T13:41:27.991-03:00O discípulo serve -<div style="text-align: justify;">
<b> Mt 20,20-28</b><br />A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. “Sim”, declarou Jesus, “do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou”. Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.<br /><br /><span style="color: red;"><b>O resto pertence a Deus</b></span><br /><span style="color: blue;">A intervenção da mãe dos filhos de Zebedeu se dá depois do terceiro anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 20,17-19).<br />Cada um dos anúncios da paixão provoca nos discípulos uma reação que revela sua incompreensão acerca do mistério de Cristo e da condição do discípulo. A mãe dos filhos de Zebedeu postula um lugar de privilégio para os seus dois filhos. Essa não deve ser a súplica do discípulo, pois o seu caminho deve se identificar com o caminho do mestre, pois “o discípulo não é mais que o Mestre; ao discípulo basta ser como o Mestre” (Mt 10,24-25). A identificação do discípulo com seu Mestre supõe participação efetiva na paixão e morte de Jesus: “Podeis beber o cálice que eu vou beber?” (v. 22). É esta decisão que importa: “Podemos”. O resto pertence a Deus. Aos discípulos compete, fundados no exemplo de Jesus, construir uma comunidade caracterizada pelo serviço generoso e gratuito.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-67281024617628353462013-07-24T09:36:00.000-03:002013-07-24T09:36:36.822-03:00O semeador - <div style="text-align: justify;">
<b>Mt 13,1-9</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus saiu de casa e sentou-se à beira-mar. Uma grande multidão ajuntou-se em seu redor. Por isso, ele entrou num barco e sentou-se ali, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. Ele falou-lhes muitas coisas em parábolas, dizendo: “O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outras caíram em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra. Logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol saiu, ficaram queimadas e, como não tinham raiz, secaram. Outras caíram no meio dos espinhos, que cresceram sufocando as sementes. Outras caíram em terra boa e produziram fruto: uma cem, outra sessenta, outra trinta. Quem tem ouvidos, ouça!”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">Deus confia na humanidade</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">A parábola do semeador, para transmitir sua mensagem, descreve uma atividade muito comum em Israel: a semeadura. O agricultor semeia para poder colher (ver: Is 55,10-11), e da sua colheita depende a sua vida e a de toda a sua família. Qualquer agricultor, depois de semear, fica preocupado com o crescimento da semente, e se a produção corresponderá ao esforço empreendido. A parábola mostra que o insucesso da semeadura é uma realidade para quem planta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Não obstante, a esperança move sempre o agricultor: ele sabe, quando semeia, que há um terreno produtivo, uma terra boa, que não lhe decepcionará. O agricultor confia na sua terra, na sua semente. Se não houvesse essa confiança, ele iria para um outro lugar. O sentido para o ouvinte e para o leitor é este: se Deus envia o semeador para semear a boa semente é porque ele confia na terra e na humanidade: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho único…” (Jo 3,16).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Deus semeia e sabe que a terra, não obstante tantas dificuldades, produzirá fruto. A parábola nos ensina, em primeiro lugar, algo sobre Deus: Deus confia na humanidade, e é esta fé de Deus em nós que alimenta nossa esperança e move nosso empenho em receber generosamente sua Palavra. Outro aspecto importante: o crescimento da semente depende de um processo, de tempo, para produzir seus frutos.</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-7447339586239211532013-07-23T08:17:00.002-03:002013-07-23T08:17:32.440-03:00A mãe e os irmãos de Jesus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/tDUcP9oGbB8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 12,46-50</b><br /> </div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.<br /><br /><span style="color: red;"><b>É preciso se aproximar e se deixar envolver por Jesus</b></span><br /><span style="color: blue;">O texto nos lembra o final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).<br />Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo irmão, na linguagem bíblica, abrange os parentes. Ao chegar os familiares acompanhados da mãe de Jesus, eles são anunciados.<br />Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).<br />A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue, pois é “todo aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus” (v. 59).</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-48714672074807137092013-07-22T08:48:00.002-03:002013-07-22T08:48:32.331-03:00Mulher, por que choras? - <div style="text-align: justify;">
<b>Jo 20,1-2.11-18</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No primeiro dia da semana, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Ela saiu correndo e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus mais amava. Disse-lhes: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. Maria tinha ficado perto do túmulo, do lado de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para olhar dentro do túmulo. Ela enxergou dois anjos, vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. Dizendo isto, Maria virou-se para trás e enxergou Jesus em pé, mas ela não sabia que era Jesus. Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? Quem procuras?” Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo”. Então, Jesus falou: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabûni!” (que quer dizer: Mestre). Jesus disse: “Não me segures, pois ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então, Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor”, e contou o que ele lhe tinha dito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">O salto próprio da fé</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O primeiro dia da semana é o tempo privilegiado do encontro com o Ressuscitado. Maria Madalena desconcertada e embebida na tristeza, vai ao túmulo, ainda de madrugada, quando é difícil ver com clareza. Só a aparência (a pedra retirada da entrada do sepulcro e o sepulcro vazio) não é suficiente para a fé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">É necessário um olhar mais límpido e profundo. Efetivamente, há uma tristeza que imobiliza e impede o salto próprio da fé. As lágrimas da desolação distorcem o olhar. Por isso, os mensageiros de Deus dirão a Maria Madalena: “... por que choras? Quem procuras?” (v. 15). Esta palavra é extensiva a todo leitor do evangelho, a toda a Igreja. O encontro com o Senhor da vida enxuga nossas lágrimas; é ele quem nos liberta da realidade da morte. Sua presença e sua palavra suscitam em Maria e em nós a exclamação do reconhecimento e da fé: “Rabûni!” (v. 16). Maria Madalena, testemunha do Ressuscitado, pode compreender agora que o corpo do Senhor não foi roubado, mas transfigurado. Esse encontro fará dela arauto de uma boa notícia: “Eu vi o Senhor!” (v. 18).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Carlos Alberto Contieri, sj</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-29263615386052798282013-07-19T10:05:00.003-03:002013-07-19T10:05:27.038-03:00Jesus e o sábado<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 12,1-8</b><br />Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!” Jesus respondeu: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado”.<br /><br /><span style="color: red;"><b>O sábado é dom de Deus</b></span><br /><span style="color: blue;">Com poucas variantes, este relato se encontra também nos outros dois sinóticos (Mc 2,23-28; Lc 6,1-5). Trata-se de uma controvérsia acerca do descanso sabático: “… os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!” (v. 2). Os fariseus são, aqui, os adversários.<br />Mas o que é permitido fazer em dia de sábado? A cena se passa numa plantação de trigo. Segundo podemos compreender da objeção dos fariseus, em dia de sábado era proibido arrancar as espigas. Jesus responde recorrendo, em primeiro lugar, à história de Davi (1Sm 21,1-10). A fome e a necessidade de manterem em boas condições a vida justificam a atitude de Davi.<br />Este fato da história de Davi é um exemplo que justifica e ilustra a defesa que Jesus faz de seus discípulos. Jesus interpreta corretamente à Torá, pois ela é dada ao povo de Deus para proteger o dom da vida e da liberdade. O sábado é dom de Deus (cf. Ex 16,29) para recordar a escravidão do Egito e a libertação do povo por Deus (cf. Dt 5,15). Exatamente por isso, no sábado é permitido fazer o bem e salvar uma vida.<br />Jesus é mais que o Templo, pois nele Deus habita plenamente. Citando Os 6,6, Jesus põe a misericórdia, que supera todo sacrifício, como princípio da ação (ver: Is 58,3-8). O sábado é tempo privilegiado de manifestação do poder salvador do Filho do Homem, poder de dar vida, de fazer viver.<br />Carlos Alberto Contieri, sj</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-36523028502823847362013-07-18T08:41:00.001-03:002013-07-18T08:52:57.562-03:00Um convite de Jesus<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 11,28-30</b></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Su1Kgg9O9gE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://mcotzhl.files.wordpress.com/2009/10/mt-11-28-30.jpg?w=854" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="123" src="http://mcotzhl.files.wordpress.com/2009/10/mt-11-28-30.jpg?w=854" width="200" /></a></div>
“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”<br />
<br />
<span style="color: red;"><b>A sabedoria de Deus</b></span><br />
<span style="color: blue;">“Vinde a mim todos os que desejais, fartai-vos de meus frutos” (Eclo 24,19-21).<br />Jesus é o Sábio, mais propriamente, a “sabedoria de Deus”, que atrai todos a si para instruí-los na Lei de Deus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (v. 28).<br />O “jugo” (ou fardo) era uma peça de madeira que se punha sobre o pescoço do animal para equilibrar o peso.<br />Na tradição bíblica, entre outros significados, ele se refere à Lei (ver: Jr 2,20; 5,5). Ao criticar os escribas e fariseus, Jesus diz que eles: “... amarram pesados fardos sobre os membros dos homens, mas eles mesmo nem com um dedo se dispõem a movê-los” (23,4). Há um modo de interpretar e pôr em prática a Lei que abate, que tira a alegria, expurga a vida. A Lei de Deus é para a vida e a liberdade: “... se ouves os mandamentos do Senhor teu Deus, andando em seus caminhos e observando os seus preceitos, seus estatutos e as suas normas, viverás e te multiplicarás” (Dt 30,16).<br />“Tomai sobre vós o meu jugo… Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (vv. 29.30).<br />A Lei do Senhor é a Lei do amor: “... Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O amor faz viver, está na origem da vida. O amor é a expressão máxima da vida cristã: “... Ninguém teve mais amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).<br />O Senhor entregou a sua vida por nós!</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-30689602860729470512013-07-16T09:30:00.000-03:002013-07-16T09:30:28.261-03:00Quem é da família de Jesus?<div style="text-align: justify;">
<b>Mt 12,46-50</b><br />Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.<br /><br /><span style="color: red;"><b>Sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura.</b></span><br /><span style="color: blue;">O texto nos lembra do final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).<br />Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo “irmão”, na linguagem bíblica, abrange os parentes. Ao chegar os familiares acompanhados da mãe de Jesus, eles são anunciados.<br />Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).<br />A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue, pois é “todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus” (v. 59).</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-1013050541089025022013-07-15T09:32:00.001-03:002013-07-15T09:32:10.557-03:00Festa em Honra a São Francisco de Assis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh39oFQ1RxRtb9O68WUJn6F56YPiCmhJ4XhTqCGzIdkiX02By5qh0VWdcnU0WElOUgggXYTfHT5KP1Ekkd7HgIkZ92OKlurNFQaE_0gUqREWZ1hcQczEcn3aif8s0JSsqepI42MWRAdlq8/s1600/Cartaz+Festa+s%C3%A3o+Francisco+2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh39oFQ1RxRtb9O68WUJn6F56YPiCmhJ4XhTqCGzIdkiX02By5qh0VWdcnU0WElOUgggXYTfHT5KP1Ekkd7HgIkZ92OKlurNFQaE_0gUqREWZ1hcQczEcn3aif8s0JSsqepI42MWRAdlq8/s640/Cartaz+Festa+s%C3%A3o+Francisco+2013.jpg" width="452" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Clique para ampliar!</span></i></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-32820196688609502532013-07-15T09:20:00.002-03:002013-07-15T09:20:37.032-03:00A vida eterna acima de qualquer interesse - <div style="text-align: justify;">
<b>Mt 10,34–11,1</b><br /> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/VhgwxT4XDDY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
“Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada. De fato, eu vim pôr oposição entre o filho e seu pai, a filha e sua mãe, a nora e sua sogra; e os inimigos serão os próprios familiares. Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem receber um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompensa.” Quando Jesus terminou estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ensinar e proclamar nas cidades da região.<br /><br /><b><span style="color: red;"> Nenhum laço afetivo pode ser obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.</span></b><br /><span style="color: blue;">A lealdade a Jesus e a decisão de segui-lo estão acima de qualquer lealdade e de qualquer outra decisão. Jesus é “o fazedor de paz” (Mt 5,9); ele não promove a guerra nem sequer a discórdia. A sua mensagem é que suscita a hostilidade daqueles que a rejeitam. Os discípulos devem comunicar a paz por onde andarem, mesmo sendo enviados “como ovelhas para o meio dos lobos” (v. 16). Por vezes os inimigos serão os próprios familiares (v. 36). Nenhum laço afetivo deve preceder ao amor por Jesus, pois este é o fundamento e a inspiração de todo amor plenamente humano. Nenhum laço afetivo pode ser obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.<br />A vida do discípulo, a exemplo da do Mestre, não está na defesa de seus próprios interesses e privilégios, mas na entrega generosa de toda a vida ao Senhor: “… e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará” (v. 39). A identificação do discípulo com o Mestre deve ser tal, que acolher o discípulo é acolher o próprio Senhor. O discípulo é representante de Cristo e portador de sua mensagem, assim como Cristo o é do Pai: “… não venho por mim mesmo, foi o Pai que me enviou” (Jo 8,41).<br />Carlos Alberto Contieri,sj </span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4904283638547594512.post-17540057236728972412013-07-11T14:22:00.001-03:002013-07-11T14:22:09.200-03:00A missão dos doze apóstolos <div style="text-align: justify;">
<b>Mt 10,7-15</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">A missão cristã não é feita só de acolhimento e sucesso.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Aos Doze são dadas as orientações de como realizar a missão e qual deve ser a atitude deles. O anúncio da proximidade do Reino deve ser acompanhado da ação que liberta as pessoas do mal que desfigura o ser humano e as faz experimentar estar distante de Deus. O que é dado gratuitamente por Deus e deve ser oferecido como dom às pessoas, é o Espírito Santo. A vida dos apóstolos está nas mãos de Deus, e a sua segurança não está nos bens deste mundo, mas em Deus somente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O despojamento é exigido, pois é necessário liberdade para ir aonde se é enviado pelo Senhor, confiar na providência de Deus e viver cada dia sem se preocupar com o amanhã, “pois o trabalhador tem direito ao seu sustento”. O discípulo não é mais que o Mestre que o enviou, por isso Jesus previne os apóstolos da possibilidade de rejeição da mensagem cristã.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O juízo acerca da rejeição da missão cristã cabe somente a Deus. Em todo caso, a missão cristã não é feita só de acolhimento e sucesso, mas também de rejeição e fracasso. Em todas estas situações é preciso manter viva a confiança no Senhor que envia seus discípulos e está presente “todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">O conteúdo da proclamação dos apóstolos é a proximidade do “Reino dos Céus” (v. 7). O que é celeste, o reinado de Deus, é sentido na pessoa de Jesus Cristo e deve ser prolongado historicamente na missão da Igreja.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Carlos Alberto Contieri, sj</span></div>
Paroquia São Francisco de Assis - Anicuns/Gohttp://www.blogger.com/profile/08946213759808212315noreply@blogger.com0