segunda-feira, 30 de abril de 2012

Jesus, a porta

Leitura Orante
Jo 10,1-10


Jesus, o pastor verdadeiro
Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não entra no curral das ovelhas pela porta, mas pula o muro é um ladrão e bandido. Mas quem entra pela porta é o pastor do rebanho. O porteiro abre a porta para ele. As ovelhas reconhecem a sua voz quando ele as chama pelo nome, e ele as leva para fora do curral. Quando todas estão do lado de fora, ele vai na frente delas, e elas o seguem porque conhecem a voz dele. Mas de jeito nenhum seguirão um estranho! Pelo contrário, elas fugirão, pois não conhecem a voz de estranhos.
Jesus fez esta comparação, mas ninguém entendeu o que ele queria dizer.
Então Jesus continuou: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu sou a porta por onde as ovelhas passam. Todos os que vieram antes de mim são ladrões e bandidos, mas as ovelhas não deram atenção à voz deles. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair e achará comida. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa.

A porta do redil


Em complemento ao tema fundamental do evangelho, que é o dom da vida eterna, João apresenta um tema eclesial sob a forma de uma parábola: o redil das ovelhas.
Jesus dirige a parábola a alguns fariseus que lhe estavam próximos, após a cura de um cego. Jesus, de início, se afirma como sendo a porta do redil. É através dele que entram os verdadeiros pastores e as ovelhas, formando a autêntica comunidade. Os fariseus, rejeitando Jesus, estão desqualificados como pastores. É também uma advertência aos fiéis das comunidades para não retornarem às práticas e observâncias tradicionais, das quais foram libertados por Jesus. A sentença final exprime todo o sentido da encarnação: "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância".

sábado, 28 de abril de 2012

As palavras de vida eterna


Leitura Orante
Jo 6,60-69


Muitos seguidores de Jesus ouviram isso e reclamaram: - O que ele ensina é muito difícil! Quem pode aceitar esses ensinamentos?
Não disseram nada a Jesus, mas ele sabia que eles estavam resmungando contra ele. Por isso perguntou: - Vocês querem me abandonar por causa disso? E o que aconteceria se vocês vissem o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, 64mas mesmo assim alguns de vocês não crêem.
Jesus disse isso porque já sabia desde o começo quem eram os que não iam crer nele e sabia também quem ia traí-lo. Jesus continuou: - Foi por esse motivo que eu disse a vocês que só pode vir a mim a pessoa que for trazida pelo Pai.
Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais. Então ele perguntou aos doze discípulos: - Será que vocês também querem ir embora?
Simão Pedro respondeu: - Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.

"Esta palavra é dura".

Os chefes religiosos de Israel já haviam estranhado as palavras de Jesus. Agora são discípulos os que se manifestam: "Esta palavra é dura". No prólogo do evangelho, temos o anúncio de que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Agora Jesus minimiza a "carne" e exalta suas palavras, que são Espírito e vida. A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida, que vem do Pai e leva ao Pai.
O tema da incompreensão de Jesus por parte dos discípulos é uma constante nos evangelhos. Agora, alguns abandonam Jesus. Porém, Pedro, em nome dos demais, confirma sua fé e perseverança. Ir a Jesus e encontrar nele as palavras de vida eterna.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Jesus, verdadeiro alimento



Leitura Orante
Jo 6,52-59

Aí eles começaram a discutir entre si. E perguntavam: - Como é que este homem pode dar a sua própria carne para a gente comer? 
tão Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é a comida verdadeira, e o meu sangue é a bebida verdadeira. 5uem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim, e eu vivo nele. O Pai, que tem a vida, foi quem me enviou, e por causa dele eu tenho a vida. Assim, também, quem se alimenta de mim terá vida por minha causa. Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os antepassados de vocês comeram e mesmo assim morreram. Quem come deste pão viverá para sempre. Jesus disse isso quando estava ensinando na sinagoga de Cafarnaum. 

O Pai é a fonte de vida

João apresenta os vários discursos de Jesus como um desenvolvimento dos temas fundamentais de seu evangelho. Porém, este tema de comer a carne e beber o sangue de Jesus aparece apenas neste pequeno bloco (Jo 6,51-56), repetido seis vezes. Existem opiniões de que se trate de um acréscimo tardio com a intenção de fazer uma catequese eucarística em torno do tema do pão. Jesus estabelece uma correspondência entre o Pai e ele, e entre ele e os discípulos. O Pai é a fonte de vida e envia Jesus que vive por meio do Pai. Entre o Pai e Jesus há uma relação de conhecimento e amor. Assim, a relação entre Jesus e o discípulo que o consome é também uma relação de conhecimento e amor, e o discípulo passa a viver por meio de Jesus. 
O evangelho de João é pródigo em anunciar a participação na vida eterna já, a partir da comunhão com Jesus.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Jesus é o pão vivo


Leitura Orante
Jo 6,44-51


Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: "Todos serão ensinados por Deus." E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim. Isso não quer dizer que alguém já tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; ele já viu o Pai.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.

O Pai revela seu amor em Jesus

Continuando a longa fala após a partilha dos pães com a multidão, Jesus testemunha sua origem divina. O Pai revela seu amor em Jesus, e por ele somos atraídos. O pão descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem, e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Jesus é o Verbo que se fez carne, com sua presença corpórea, concreta, no mundo e na história. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor.
Ser atraído por Jesus e crer nele é segui-lo, na adesão ao projeto de Deus. O pão representa o alimento da vida. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos. No serviço, na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Jesus, o pão da vida


Leitura Orante
Jo 6,30-35


Eles disseram: - Que milagre o senhor vai fazer para a gente ver e crer no senhor? O que é que o senhor pode fazer? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto, como dizem as Escrituras Sagradas: "Do céu ele deu pão para eles comerem." Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é o meu Pai. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
- Queremos que o senhor nos dê sempre desse pão! - pediram eles.
Jesus respondeu: - Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.

No pão, Jesus comunica sua missão


O tema central deste capítulo seis do evangelho de João é o "pão", apresentado como expressivo símbolo da pessoa de Jesus. Após o gesto de Jesus de partilhar o pão com a grande multidão, João apresenta um longo diálogo seu, já em Cafarnaum, com a multidão que o procura, com os judeus e os discípulos. A partir do pão, Jesus comunica o sentido de sua missão e de sua vida.
Em seu evangelho, João não fala em "milagres". Os gestos de Jesus são "sinais" de uma realidade maior revelada pelo Pai, através dele. O grande sinal recente foi o da partilha dos pães. Os sinais apontam para as obras de Jesus, que é o pão que desce do céu. Estas obras consistem em fazer a vontade do Pai, que é dar vida, e vida eterna, ao mundo.
Os que ouvem Jesus pedem deste pão para sempre. Eles pensam no pão que é o simples alimento do dia a dia. Jesus se revela como o pão da vida. Ir a ele é alimentar-se deste pão. Jesus foi todo ele doação, serviço e amor a todos. Na comunhão com Jesus e com os irmãos encontramos a vida eterna.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

É preciso crer


Leitura Orante

Jo 6,22-29


No dia seguinte a multidão que estava no lado leste do lago viu que ali só havia um barco pequeno. Sabiam que Jesus não tinha embarcado com os discípulos, pois estes haviam saído sozinhos. Enquanto isso, outros barcos chegaram da cidade de Tiberíades e encostaram perto do lugar onde a multidão tinha comido pão depois de o Senhor Jesus ter dado graças. Quando viram que Jesus e os seus discípulos não estavam ali, subiram nos barcos e saíram para Cafarnaum a fim de procurá-lo.
A multidão encontrou Jesus no lado oeste do lago, e perguntaram a ele: - Mestre, quando foi que o senhor chegou aqui?
Jesus respondeu: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna. O Filho do Homem dará essa comida a vocês porque Deus, o Pai, deu provas de que ele tem autoridade.
- O que é que Deus quer que a gente faça? - perguntaram eles.
- Ele quer que vocês creiam naquele que ele enviou! - respondeu Jesus.

O povo procura Jesus

João, a partir de 6,22 até 6,66, explica o sinal da partilha dos pães, narrado anteriormente. A multidão, na véspera, vira os discípulos saírem sem Jesus, no único barco que havia, e constata que Jesus não está ali. Surpresos, interrogam-se como Jesus partiu. A caminhada sobre as águas só foi testemunhada pelos discípulos no barco. Vão atrás de Jesus, em Cafarnaum. Quando lhe perguntam, a resposta de Jesus vai ao essencial: Jesus sabia que queriam fazê-lo rei, mas o que ele oferece é o alimento para a vida eterna. O caminho é crer em Jesus, o que implica comprometer-se com as obras de Deus. Partilhar o pão de cada dia, perdoar o irmão e permanecer firme na construção de um mundo novo de justiça e paz 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A partilha


Leitura Orante
Jo 6,1-15

Depois disso, Jesus atravessou o lago da Galiléia, que também é chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia porque eles tinham visto os milagres que Jesus tinha feito, curando os doentes. Ele subiu um monte e sentou-se ali com os seus discípulos. A Páscoa, a festa principal dos judeus, estava perto. Jesus olhou em volta de si e viu que uma grande multidão estava chegando perto dele. Então disse a Filipe:
- Onde vamos comprar comida para toda esta gente? Ele sabia muito bem o que ia fazer, mas disse isso para ver qual seria a resposta de Filipe. Filipe respondeu assim: - Para cada pessoa poder receber um pouco de pão, nós precisaríamos gastar mais de duzentas moedas de prata. Então um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse: - Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isso para tanta gente?
Jesus disse: - Digam a todos que se sentem no chão.
Então todos se sentaram. (Havia muita grama naquele lugar.) Estavam ali quase cinco mil homens. Em seguida Jesus pegou os pães, deu graças a Deus e os repartiu com todos; e fez o mesmo com os peixes. E todos comeram à vontade. Quando já estavam satisfeitos, ele disse aos discípulos:
- Recolham os pedaços que sobraram a fim de que não se perca nada.
Eles ajuntaram os pedaços e encheram doze cestos com o que sobrou dos cinco pães. Os que viram esse milagre de Jesus disseram: - De fato, este é o Profeta que devia vir ao mundo! Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.

Jesus comunica a vida

Por três vezes, em seu evangelho, João menciona "a Páscoa dos judeus". Assim coloca a si próprio e a Jesus fora deste tipo de celebração no Templo de Jerusalém. A Páscoa era a celebração da morte dos egípcios oprimidos pelo faraó e da saída do Egito do povo de Israel, que se considera eleito, para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã.
Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da multidão, Jesus comunica a vida. João, em seu evangelho, não menciona a partilha do pão por Jesus na última ceia. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro com a grande multidão na montanha.
A comunhão com Jesus se faz na promoção da vida, com gestos concretos de partilha com os pobres e excluídos: "Eu tive fome e me destes de comer" (Mt 25,35).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aquele que vem do céu


Jo 3,31-36

Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos. Ele fala daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita a sua mensagem. Quem aceita a sua mensagem dá prova de que o que Deus diz é verdade. Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus porque Deus dá do seu Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e pôs tudo nas mãos dele. Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; porém quem desobedece ao Filho nunca terá a vida eterna, mas sofrerá para sempre o castigo de Deus.

Originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus

Embora o evangelho de João tenha, aproximadamente, a mesma extensão que o de Mateus e de Lucas, o seu vocabulário é bem menor do que o destes dois evangelhos. Isto porque João costuma repetir as palavras-chave, com retomadas dos temas fundamentais. João o faz com didática e harmonia, a fim de aprofundar estes temas.
No evangelho de hoje, João, a partir das oposições céu e terra, crer e não crer, afirma a originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus em revelar a Boa-Nova de Deus. Aquele que vem do céu, Jesus, foi enviado para anunciar as palavras de Deus e dar o espírito sem medida. Ele está acima de todos. Quem é da terra, sejam profetas, discípulos ou adversários, só entende segundo suas tradições terrenas. Jesus, enviado por Deus, fala das coisas do céu. Porém, ele dá o espírito sem medida, que inspira a fé e a compreensão das coisas do alto. O auge da revelação é o dom da vida eterna a todo aquele que crê em Jesus, Filho de Deus. E a vida eterna é conhecer a Deus (Jo 17,3), no amor fraterno vivido na comunidade acolhedora e aberta ao mundo.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fotos - Semana Santa

Jesus e Nicodemos


Leitura Orante
Jo 3,7b-15


Vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito. - Como pode ser isso? - perguntou Nicodemos.
Jesus respondeu: - O senhor é professor do povo de Israel e não entende isso? Pois eu afirmo ao senhor que isto é verdade: nós falamos daquilo que sabemos e contamos o que temos visto, mas vocês não querem aceitar a nossa mensagem. Se vocês não crêem quando falo das coisas deste mundo, como vão crer se eu falar das coisas do céu? Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna.

Traços de uma catequese batismal

Neste texto do evangelho temos a continuidade do diálogo de Jesus com Nicodemos. Pode-se pensar que o evangelista João, ao fazer sua narrativa, com as expressões: "nascer da água", "nascer do alto" e "nascer do espírito", faz uma alusão ao batismo. Percebem-se aí traços de uma catequese batismal. É o batismo de João, na água, assumido pelo Espírito, em Jesus. O Espírito sopra onde quer e as comunidades cristãs vão surgindo livres de critérios de raça ou tradição.
Nicodemos só entende a letra nas Escrituras e manifesta incompreensão do testemunho de Jesus, que fala do que conhece e do que viu "no céu". Não se abre à inspiração do Espírito. Jesus dá por encerrado o diálogo.
Na parte final do texto, com uma construção literária diferente do diálogo, João passa a esclarecer o caráter celestial de Jesus. Quem olhasse a serpente de bronze levantada por Moisés, não morreria das picadas venenosas. Assim, pela fé em Jesus, que vivendo a plenitude do amor foi levantado na cruz, alcança-se a vida eterna.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Jesus e Nicodemos


Leitura Orante
Jo 3,1-8


Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era líder dos judeus. Uma noite ele foi visitar Jesus e disse:
- Rabi, nós sabemos que o senhor é um mestre que Deus enviou, pois ninguém pode fazer esses milagres se Deus não estiver com ele.
Jesus respondeu:
- Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.
Nicodemos perguntou:
- Como é que um homem velho pode nascer de novo? Será que ele pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez?
Jesus disse:
- Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual. Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito.

Nascer de novo


Em João, este diálogo com Nicodemos acontece durante a primeira visita de Jesus a Jerusalém, depois da expulsão dos comerciantes do Templo. Os sinais feitos por Jesus despertaram a fé em muitos. Jesus percebia que era uma fé superficial, misto de curiosidade e sinceridade.
Nicodemos representa o grupo dos fariseus. Encontra-se com Jesus, furtivamente, à noite. Reconhece que Deus está com Jesus, mas está apegado à expectativa do messias glorioso. Sua formação legalista não lhe permite entender a mensagem de Jesus, em sua linguagem simbólica. Não compreende o que é nascer do alto, nascer da água e do Espírito. Em lugar da rigidez da Lei carnal, é o Espírito que a todos conduz.
O nascimento do alto, a acolhida e a docilidade ao Espírito de amor completam a criação do homem e da mulher.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jesus está na comunidade


Leitura Orante 
 Lc 24,35-48

Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu de repente no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma. Mas ele disse: - Por que vocês estão assustados? Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês? Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo. Toquem em mim e vocês vão crer, pois um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho. Jesus disse isso e mostrou as suas mãos e os seus pés. Eles ainda não acreditavam, pois estavam muito alegres e admirados. Então ele perguntou: - Vocês têm aqui alguma coisa para comer? Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, que ele pegou e comeu diante deles. Depois disse: - Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos. Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas e disse: - O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas dessas coisas. 

Presença de Jesus ressuscitado 
Lucas orienta as primeiras comunidades que experimentam a presença de Jesus ressuscitado entre elas. As comunidades de cristãos de origem judaica devem reler as Escrituras sob a ótica da ressurreição, para perceberem a plenitude da vida de Jesus. A paz só pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos. A vida eterna, ultrapassada a condição temporal, como ressuscitados, envolve a totalidade da pessoa, corpo e alma, e não como um espírito desencarnado. Agora, os discípulos são enviados em missão. Anunciar a todas as nações a conversão à justiça para o perdão dos pecados. A conversão à justiça é a forma concreta do amor. E pelo amor se entra em comunhão com Deus em sua vida eterna.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Maria!Mestre!


Leitura Orante
Jo 20,11-18


Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram: - Mulher, por que você está chorando?
Ela respondeu: - Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!
Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
- Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?
Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: - Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo. - Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico:
- "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".)
Jesus disse:
- Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles. Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus: - Eu vi o Senhor! E contou o que Jesus lhe tinha dito.

O túmulo vazio

Maria, Pedro e o outro discípulo haviam constatado o túmulo vazio. Apenas o discípulo que Jesus amava acreditou. Maria permanece perto do túmulo, chorando. Ainda busca o Senhor morto. O próprio Jesus não é reconhecido. É sua voz, pronunciando o nome dela, que o identifica. É o pastor que chama as ovelhas pelo nome. O Ressuscitado é a confirmação do Filho eterno que, na sua visibilidade, volta para junto do Pai. Contudo, permanece realmente em nossas comunidades, com o qual comungamos na fé e na fraternidade. Na comunidade unida, ele é nosso irmão, Filho de nosso Pai e nosso Deus

segunda-feira, 9 de abril de 2012

As mulheres dão a Boa-Notícia da Ressurreição

Leitura Orante
Mt 28,8-15


Elas foram embora depressa do túmulo, pois estavam com medo, mas muito alegres. E correram para contar tudo aos discípulos. De repente, Jesus se encontrou com elas e disse: - Que a paz esteja com vocês!
Elas chegaram perto dele, abraçaram os seus pés e o adoraram.
Então Jesus disse:- Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos para irem à Galiléia, e eles me verão ali.
O boato dos soldados
Enquanto as mulheres ainda estavam no caminho, alguns dos soldados que estavam vigiando o túmulo voltaram para a cidade e contaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Os chefes se reuniram com os líderes judeus e fizeram os seus planos. Então deram uma grande quantia de dinheiro aos soldados e ordenaram o seguinte:
- Digam que os discípulos dele vieram de noite, quando vocês estavam dormindo, e roubaram o corpo. Se o Governador souber disso, nós vamos convencê-lo de que foi isso mesmo o que aconteceu, e vocês não terão nenhum problema. Os soldados pegaram o dinheiro e fizeram o que os chefes dos sacerdotes tinham mandado. E esse boato se espalhou entre os judeus até o dia de hoje.

A Boa-Notícia da ressurreição

Maria Madalena e a outra Maria tinham ido ver o sepulcro. Um anjo anuncia-lhes que Jesus ressuscitou. As mulheres correm para dar notícias aos discípulos. Nisso, o próprio Jesus vem ao seu encontro e saúda-as: "Alegrai-vos" (khairete). É a mesma saudação do anjo a Maria na anunciação, em Lucas. Agora é de Jesus às mulheres. A novidade é a ressurreição. Elas são incumbidas de levar o anúncio aos discípulos. Os discípulos são chamados de "meus irmãos" pelo Ressuscitado. Eles devem ir à Galileia para a retomada da missão.
Enquanto as mulheres vão levando a Boa-Notícia, alguns guardas vão informar os sumos sacerdotes. Com um álibi ridículo e incoerente, o Sinédrio suborna os guardas para dizer que estavam dormindo quando os discípulos roubaram o corpo de Jesus.

domingo, 8 de abril de 2012

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA

Venha celebrar conosco A PAIXÃO, MORTE E A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.


Domingo de Ramos

07h30min hs Concentração e benção do ramos (Lar dos idosos)
Procissão
Santa Missa (Igreja Matriz)
19:30 hs Santa Missa ( Igreja Matriz) 

Segunda –feira

6:00 hs Santa Missa e caminhada Penitencia

Terça-feira
6:00 hs Santa Missa e caminhada Penitencial
19:00 hs Santa Missa do Crisma – São Luis

Quarta-feira
19:00 hs Santa Missa
20:00 hs Procissão do Encontro 

Quinta-feira
9:00 hs Santa Missa com os doentes (Lar dos Idosos)
21:00 hs Missa da Ceia do Senhor
Após a Missa será feita a Transladação do Santíssimo e a exposição aos fiéis para adoração até meia noite ( Centro de Convenções Pe Mathias) 

Sexta-feira
6:00 hs Via sacra
15:00 hs Celebração da Paixão do Senhor
19:00 hs Procissão 

Sábado
21:00 hs Vígilia Pascal 

Domingo de Páscoa
7:30 hs Santa Missa
19:30 hs Santa Missa 

A PAIXÃO DE JESUS CRISTO é a maior e a mais estupenda obra do Amor de Deus!
 
São Paulo da Cruz

quarta-feira, 4 de abril de 2012

VIA SACRA DE JESUS


Oração Preparatória   
A Agonia de JESUS no Jetsemani 
Ó meu Jesus, que para nos salvar carregastes a cruz até o Calvário, suportando dores, injúrias e humilhações, ajudai-me agora a meditar esses vossos sofrimentos e dai-me forças para não vos ofender nunca mais. Que esta Via Sacra aumente em mim o amor a Deus e ao próximo. Amém  
PRIMEIRA ESTAÇÃO:JESUS É CONDENADO A MORTE  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, os meus pecados gritaram: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Mas foi mais a minha ignorância do que a minha malícia que me levou a este desatino. Perdão, Senhor!  
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant..) A morrer crucificado, teu Jesus é condenado, por teus crimes, pecador.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
SEGUNDA ESTAÇÃO: JESUS TOMA A CRUZ ÀS COSTAS.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, os meus pecados tornaram a vossa Cruz ainda mais pesada. Perdão, Eu não quero mais pecar.  
 (Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Com a Cruz é carregado, e do peso acabrunhado, vai morrer por teu amor.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
TERCEIRA ESTAÇÃO:JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ DEBAIXO DA CRUZ  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, caístes por terra, cansado e já sem forças. Eu quero ajudar os meus irmãos caídos e prostrados pelo sofrimento, já que eu não vos dei a mão na vossa queda.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Pela cruz tão oprimido, cai Jesus desfalecido, pela tua salvação.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
   
QUARTA ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA-SE COM SUA SANTÍSSIMA MÃE.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó coração aflito de Jesus! Ó Maria, Mãe das Dores! Aliviai as aflições dos filhos longe de sua mãe e consolai as mães separadas dos seus filhos.    
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). De Maria lacrimosa, Sua Mãe tão dolorosa, vê a imensa compaixão.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
  
QUINTA ESTAÇÃO: SIMÃO CIRINEU AJUDA A JESUS A LEVAR A SUA CRUZ.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, fazei-me compreender que toda a ajuda que eu dou aos meus irmãos é a vós que eu ajudo, como o Cirineu vos ajudou a carregar a Cruz.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.   
(cant.). Em extremo desmaiado, deve auxílio, tão cansado, receber do Cirineu.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
  
SEXTA ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA A FACE DE JESUS.  
 V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, que o vosso rosto ensangüentado impresso na toalha de Verônica me lembre sempre tudo o que vós sofrestes por meu amor.  
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). O seu rosto ensangüentado, por Verônica enxugado, eis no pano apareceu.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
  
SÉTIMA ESTAÇÃO: JESUS CAI, PELA SEGUNDA VEZ, DEBAIXO DA CRUZ.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Foram as minhas recaídas ó meu Jesus, que vos fizeram cair de novo em terra. Dai-me a graça de não tornar a cair em pecado para o futuro.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Outra vez desfalecido, pelas dores abatido, cai em terra o Salvador.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
OITAVA ESTAÇÃO: JESUS CONSOLA AS FILHAS DE JERUSALÉM.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, que predissestes a Jerusalém sua ruína e destruição, livrai-me a mim da ruína e socorrei-me com a vossa misericórdia e o vosso perdão.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Das matronas piedosas, de Sião filhas chorosas, é Jesus consolador.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
NONA ESTAÇÃO: JESUS CAI, PELA TERCEIRA VEZ, DEBAIXO DA CRUZ.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, pelas dores que sofrestes nesta terceira queda, dai-me a força de me levantar, todas as vezes que a fraqueza me leva a cair em pecado.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Cai terceira vez prostrado, pelo peso redobrado, dos pecados e da Cruz.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
DÉCIMA ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, que fostes despojado das vossas vestes e recebestes a beber fel e vinagre, fazei-me rejeitar as vaidades e prazeres ilícitos para que eu não me desvie do vosso amor.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Dos vestidos despojado, por verdugos mal tratado, eu Vos vejo, meu Jesus.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
  
DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, pelas dores e angústias que sofrestes na Cruz, dai-me forças para suportar as angústias, tristezas e sofrimentos da minha vida para purificar-me dos meus pecados.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Sois por mim à Cruz pregado, insultado, blasfemado, com cegueira e com furor.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA CRUZ.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó meu Jesus, vós completastes a redenção do mundo pregado na cruz; aceitai os meus sofrimentos como ajuda para a minha redenção.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Por meus crimes padecestes, Meu Jesus por mim morrestes, como é grande a minha dor.  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO: MARIA RECEBE JESUS MORTO, EM SEUS BRAÇOS.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.  
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.  
Ó Maria, Mãe de Jesus, que recebestes nos braços o corpo do vosso Filho, concedei-me a graça de receber sempre dignamente o Corpo de Cristo, na Santa Comunhão.   
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). Do madeiro Vos tiraram, e nos braços Vos deixaram, de Maria. Que aflição!  
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO: JESUS É DEPOSITADO NO SANTO SEPULCRO.  
V. Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.   
R. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo.   
Ó meu Jesus, que a vossa sepultura e ressurreição fortaleçam a minha fé na ressurreição dos mortos e na vida eterna.     
(Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...)  
V. Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e morte de Jesus Cristo Nosso Senhor.  
R. Que quis padecer e morrer na Cruz por nosso amor.  
(cant.). No sepulcro Vos deixaram, enterrado Vos choraram, magoado coração.   
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, perdoai-me, bom Jesus  
 
ORAÇÃO FINAL  
Pai Eterno que enviastes o vosso Filho Jesus para socorrer o mundo e ele o salvou morrendo na Cruz, fazei que, por esta Cruz e pelos sofrimentos de Cristo, a humanidade encontre sempre o auxílio e o socorro de que necessita. Amém. 

Quinta-feira Santa

Santos Óleos

Abençoar os santos óleos usados no ano inteiro nas paróquias da cidade é uma das cerimônias litúrgicas da Semana Santa. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a Arquidiocese. É um momento de reafirmar o nosso compromisso de servir a Jesus Cristo. São três os óleos abençoados nesta celebração:

Óleo do Crisma: uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no Sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no Sacramento do Ordem, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos Sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.

Óleo dos Catecúmenos: catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.

Óleo dos Enfermos: é usado no Sacramento da Unção dos Enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia

Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (cf. Jo 12,1). Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição.

Comecemos desde já a pedir ao Espírito Santo que nos prepare para podermos entender cada expressão e cada gesto de Jesus Cristo: porque queremos viver vida sobrenatural, porque o Senhor nos manifestou a sua vontade de se dar a cada um de nós em alimento da alma, e porque reconhecemos que só Ele tem palavras de vida eterna.

A fé leva-nos a confessar com Simão Pedro: Nós acreditamos e sabemos que tu és o Cristo, o Filho de Deus. E é essa mesma fé, fundida com a nossa devoção, que nesses momentos transcendentes nos incita a imitar a audácia de João, a aproximar-nos de Jesus e a reclinar a cabeça no peito do Mestre, que amava ardentemente os seus e, como acabamos de ouvir, iria amá-los até o fim.

Tenhamos em mente a experiência tão humana da despedida de duas pessoas que se amam. Desejariam permanecer sempre juntas, mas o dever – seja ele qual for – obriga-as a afastar-se uma da outra. Não podem continuar sem se separarem, como gostariam. Nessas situações, o amor humano, que, por maior que seja, é sempre limitado, recorre a um símbolo: as pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, possivelmente uma fotografia, com uma dedicatória tão ardente que é de admirar que o papel não se queime. Mas não conseguem muito mais, pois o poder das criaturas não vai tão longe quanto o seu querer.

Porém, o Senhor pode o que nós não podemos. Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não nos deixa um símbolo, mas a própria realidade: fica Ele mesmo. Irá para o Pai, mas permanecerá com os homens. Não nos deixará um simples presente que nos lembre a sua memória, uma imagem que se dilua com o tempo, como a fotografia que em breve se esvai, amarelece e perde sentido para os que não tenham sido protagonistas daquele momento amoroso. Sob as espécies do pão e do vinho encontra-se o próprio Cristo, realmente presente com seu Corpo, seu Sangue, sua Alma e sua Divindade.

Lava Pés - Jesus lava os pés de seus discípulos

Um momento solene


No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus.

Ele parecia ser um grande profeta, quem sabe até o Messias. O Deus do poder estava com Ele. Mais e mais pessoas estavam começando a segui-lo, esperavam que Ele os libertasse dos romanos, resgatando assim, a dignidade do povo escolhido. O tempo da páscoa estava próximo. A multidão e os amigos dele pensavam: "Será que Ele vai se revelar na páscoa? Então, todos acreditarão nele." Todos esperavam que algo extraordinário acontecesse. No entanto, em vez de fazer algo fantástico, Jesus tomou o caminho oposto, o da fraqueza, o da humilhação, deixando que os outros o vencessem. Este processo de humilhação teve início quando o Verbo se fez carne no seio da Virgem Maria, e continuou visível para os discípulos no lava-pés. Terminará com a agonia, paixão, crucifixão e morte.

O começo deste capítulo é muito solene: "Antes do dia da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. Começada a ceia, tendo já o demônio posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a determinação de o entregar, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto, e apegando uma toalha cingiu-se com ela." (Jo 13,1-4).

Estas palavras são muito fortes: "Jesus, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto..." Então, Ele se ajoelhou diante de cada um de seus discípulos e começou a lavar-lhes os pés, em uma atitude de humilhação, fraqueza, súplica e submissão. De joelhos ninguém pode se mover com facilidade nem se defender.

João Batista havia dito que ele não era digno nem de desatar as sandálias de Jesus (Mc 1,7). No entanto, Jesus se ajoelha em frente a cada um de seus discípulos.

Os primeiros cristãos devem ter cantado o mistério de Jesus, que se desfez da sua glória e se fez fraco, como encontramos nas palavras de S. Paulo aos Filipenses: "O qual, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens e sendo reconhecido por condição como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,6-8)

Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.

Transladação do Santíssimo

A transladação do Santíssimo tem notícias históricas desde o século II. Mas o rito da adoração, na quinta-feira santa entrou na Igreja a partir do século XIII e foi difundindo-se até o século XV.

O que mais impulsionou foi a devoção ao Santíssimo Sacramento, a partir da segunda metade do século XIII, época em que o Papa Urbano IV decretou a festa de Corpus Christi para toda a Igreja (em 11 de agosto de 1264). Após a oração depois da comunhão da Missa, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos altares laterais da igreja, devidamente preparado para receber o Santíssimo.

Antes da transladação, o sacerdote prepara o turíbulo e incensa o Santíssimo três vezes. Depois, realiza-se uma pequena procissão dentro da igreja. Durante a procissão, canta-se o "Pange Lingua", traduzido em português, exceto as duas últimas estrofes, que são cantadas depois da chegada da procissão na capela lateral, onde ficará o Santíssimo.

Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.

Desnudação do Altar

A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.

A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.

O sacerdote, ajudado por dois ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.

O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja.

Caso isso não seja possível, orienta o Missal que convém velar as cruzes e as imagens que não possam ser retiradas.(Cf. Missal Romano, p. 253, n. 19).

O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.

Quarta-feira Santa

Procissão do Encontro

Na quarta-feira Santa, à noite, existe uma tradição muito antiga e comovente que se faz na maior parte das cidades do interior do Brasil. É a procissão do encontro entre Nossa Senhora das Dores e o Bom Senhor Jesus dos Passos.

As Mulheres fazem uma procissão carregando a imagem de Nossa Senhora das Dores, com cantos penitenciais, com as figuras bíblicas das “mulheres piedosas”: Verônica, que teria enxugado o rosto ensangüentado de Jesus numa toalha, na qual ficou estampada a sua face; Maria Madalena e outras mulheres que acompanharam a caminhada de Jesus para o Calvário.

Outra procissão é feita só pelos homens, que carregam a imagem do Senhor dos Passos, figura de Jesus Cristo coroado de espinhos, ensangüentado, escarrado e carregando uma cruz às costas. Em determinado local se dá o encontro. Um pregador faz a dramatização da cena, recordando o que aconteceu na Sexta-feira Santa. Faz um apelo à conversão, recorrendo à dramaticidade da dor de Nossa Senhora e das Dores e sofrimentos de Jesus. O sermão tem o costume de ser mais exortativo. Após o sermão, a Verônica entoa um hino e mostra a toalha ensangüentada com a face esculpida no pano. 


Fonte: www.cancaonova.com

Judas trai Jesus


Leitura Orante
Mt 26,14-25

Então um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os chefes dos sacerdotes. Ele disse: - Quanto vocês me pagam para eu lhes entregar Jesus? E eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E daí em diante Judas ficou procurando uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: - Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Ele respondeu:- Vão até a cidade, procurem certo homem e digam: "O Mestre manda dizer: A minha hora chegou. Os meus discípulos e eu vamos comemorar a Páscoa na sua casa." Os discípulos fizeram como Jesus havia mandado e prepararam o jantar da Páscoa. Quando anoiteceu, Jesus e os doze discípulos sentaram para comer. Durante o jantar Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar: - O senhor não está achando que sou eu; está?Jesus respondeu:
- Quem vai me trair é aquele que come no mesmo prato que eu. Pois o Filho do Homem vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas; mas ai daquele que está traindo o Filho do Homem! Seria melhor para ele nunca ter nascido! Então Judas, o traidor, perguntou:- Mestre, o senhor não está achando que sou eu; está? Jesus respondeu: - Quem está dizendo isso é você mesmo.

O sofrimento é caminho necessário para a salvação.

O tom dramático e doloroso das narrativas dos últimos dias de Jesus, em Jerusalém, marca as celebrações da Semana Santa. Hoje temos o tema da traição de Judas na versão de Mateus.
A tradição da Paixão, elaborada na ótica da religião sacrifical do Primeiro Testamento, apresenta o sofrimento como caminho necessário para a salvação. Contudo, atentos à prática de Jesus, vemos que sua vida foi a plena manifestação do amor que liberta, removendo o sofrimento e promovendo a vida. Em consequência foi perseguido até a morte. Tanto o sofrimento das multidões de excluídos como de Jesus resultam do sistema opressor sob controle de minorias que cooptam pessoas como Judas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Jesus tem gesto de carinho ao traidor

Leitura Orante
Jo 13,21-33.36-38


Depois de dizer isso, Jesus ficou muito aflito e declarou abertamente aos discípulos: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair. Então eles olharam uns para os outros, sem saber de quem ele estava falando. Ao lado de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus amava. Simão Pedro fez um sinal para ele e disse: - Pergunte de quem o Mestre está falando. Então aquele discípulo chegou mais perto de Jesus e perguntou:- Senhor, quem é ele? - É aquele a quem vou dar um pedaço de pão passado no molho! - respondeu Jesus. Em seguida pegou um pedaço de pão, passou no molho e deu a Judas, filho de Simão Iscariotes. E assim que Judas recebeu o pão, Satanás entrou nele. Então Jesus disse a Judas: - O que você vai fazer faça logo! Nenhum dos que estavam à mesa entendeu por que Jesus disse isso. Como era Judas que tomava conta da bolsa do dinheiro, alguns pensaram que Jesus tinha mandado que ele comprasse alguma coisa para a festa ou desse alguma ajuda aos pobres. Judas recebeu o pão e saiu logo. E era noite. Quando Judas saiu, Jesus disse: - Agora a natureza divina do Filho do Homem é revelada, e por meio dele é revelada também a natureza gloriosa de Deus.2E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo. Meus filhos, não vou ficar com vocês por muito tempo. Vocês vão me procurar, mas eu digo agora o que já disse aos líderes judeus: vocês não podem ir para onde eu vou. Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos. Simão Pedro perguntou a Jesus: - Senhor, para onde é que o senhor vai? Jesus respondeu: - Você não pode ir agora para onde eu vou. Um dia você poderá me seguir! Pedro tornou a perguntar: - Senhor, por que eu não posso segui-lo agora? Eu estou pronto para morrer pelo senhor!
- Está mesmo? - perguntou Jesus. - Pois eu afirmo a você que isto é verdade: antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece.

O dom do amor de Jesus

O evangelho de João apresenta um longo discurso de Jesus, após ter lavado os pés dos discípulos. A sentença de morte contra ele já estava decretada pelo Sinédrio. Agora é um do círculo íntimo de Jesus que fará a traição fatal. Jesus ainda acena com um gesto acolhedor dando-lhe um pedaço de pão molhado. É em vão. Judas retira-se.
Jesus fala da sua morte como sendo a sua glorificação. Esta glorificação, tema característico do evangelho de João, é o dom de amor de Jesus, até o fim, sem recuar diante das ameaças de morte que pairavam sobre ele. É a manifestação e comunicação de sua divindade e de sua eternidade, transformando a humanidade. É em comunhão com sua vida e com seu amor que nos tornamos eternos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Domingo de Ramos








Um jantar em Betânia


Leitura Orante
Jo 12,1-11

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi ao povoado de Betânia, onde morava Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado. Prepararam ali um jantar para Jesus. Marta ajudava a servir, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria pegou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e toda a casa ficou perfumada. Mas Judas Iscariotes, o discípulo que ia trair Jesus, disse: - Este perfume vale mais de trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos pobres? Judas disse isso, não porque tivesse pena dos pobres, mas porque era ladrão. Ele tomava conta da bolsa de dinheiro e costumava tirar do que punham nela. Então Jesus respondeu: - Deixe Maria em paz! Que ela guarde isso para o dia do meu sepultamento. Os pobres estarão sempre com vocês, mas eu não estarei sempre com vocês. Muitas pessoas ficaram sabendo que Jesus estava em Betânia. Então foram até lá não só por causa dele, mas também para ver Lázaro, o homem que Jesus tinha ressuscitado. Então os chefes dos sacerdotes resolveram matar Lázaro também; pois, por causa dele, muitos judeus estavam abandonando os seus líderes e crendo em Jesus.

O lugar da vida

Em Betânia, a nova comunidade dos discípulos faz a ceia da celebração da vida que Jesus lhe comunicou. À "Jerusalém, que mata os profetas" (Lc 13,34), opõe-se Betânia, que é o lugar da vida, como a casa de Lázaro, Marta e Maria. Lázaro, ressuscitado por Jesus, é testemunha da vida que venceu a morte. Esta é a comunidade que serve e que ama. Judas é aquele que, apegado ao dinheiro, não compreende nem o serviço nem o amor.
O perfume com que Maria unge os pés de Jesus enche a casa inteira com seu aroma. Não mais o odor do túmulo de Lázaro. Maria unge os pés de Jesus com vida, e não o seu corpo morto, que será ungido por Nicodemos. Na iminência de sua morte em Jerusalém, seis dias depois, também com a ceia da vida, Jesus celebra com os discípulos o cumprimento fiel de seu ministério.