segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Faltou "tudo"



Leitura Orante
Mc 10,17-27


Quando Jesus estava saindo de viagem, um homem veio correndo, ajoelhou-se na frente dele e perguntou:
- Bom Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna?
Jesus respondeu:
- Por que você me chama de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. Você conhece os mandamentos: "Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, não tire nada dos outros, respeite o seu pai e a sua mãe."
- Mestre, desde criança eu tenho obedecido a todos esses mandamentos! - respondeu o homem.
Jesus olhou para ele com amor e disse:
- Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.
Quando o homem ouviu isso, fechou a cara; e, porque era muito rico, foi embora triste. Jesus então olhou para os seus discípulos, que estavam em volta dele, e disse:
- Como é difícil os ricos entrarem no Reino de Deus!
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram espantados, mas Jesus continuou:
- Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram espantadíssimos e perguntavam uns aos outros:
- Então, quem é que pode se salvar?
Jesus olhou para eles e disse:
- Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, é. Pois, para Deus, tudo é possível.

Vida eterna é aspiração do ser humano

A superação da morte pela vida eterna é uma aspiração do ser humano em todos os tempos. Esta sempre foi a questão central em todas as religiões. Por outro lado, a ambição da riqueza também seduz homens e mulheres. É uma contradição. Em resposta àquele homem piedoso, Jesus, com amor, lhe apresenta os mandamentos que dizem respeito à observância da antiga tradição religiosa. Tudo, porém, ele já observava. Contudo o passo fundamental que leva à comunhão de vida com Deus, na eternidade, é o despojamento das riquezas e a partilha com os pobres. O piedoso apegado às riquezas, entristecido, rejeita o caminho da vida eterna. Contudo Deus, com seu amor, é perseverante em seduzir os corações levando todos à conversão.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Jesus e as crianças



Leitura Orante
Mc 10,13-16


Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse, mas os discípulos repreenderam aquelas pessoas. Quando viu isso, Jesus não gostou e disse:
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.
Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas.

Receber o Reino como criança

Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior, sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução pelas riquezas, dois problemas que afetam a família. Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por transmitir os traços humanos de Jesus. Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36.
A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e outros mais. Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Jesus fala sobre o divórcio


Leitura Orante
Mc 10,1-12


Jesus saiu daquele lugar e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão. Uma grande multidão se ajuntou outra vez em volta dele, e ele ensinava todos, como era o seu costume. Alguns fariseus, querendo conseguir uma prova contra ele, perguntaram:
- De acordo com a nossa Lei, um homem pode mandar a sua esposa embora?
Jesus respondeu com esta pergunta:
- O que foi que Moisés mandou?
Eles responderam:
- Moisés permitiu ao homem dar à sua esposa um documento de divórcio e mandá-la embora.
Então Jesus disse:
- Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês. Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: "Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa." Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.
Quando já estavam em casa, os discípulos tornaram a fazer perguntas sobre esse assunto. E Jesus respondeu:
- O homem que mandar a sua esposa embora e casar com outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa. E, se a mulher mandar o seu marido embora e casar com outro homem, ela também estará cometendo adultério.

O fundamento da união é o amor

A Lei de Moisés, marcadamente patriarcal, associava o casamento à posse de bens pelo marido e reconhecia ao mesmo o direito de repudiar sua mulher, relegando esta a uma posição de submissão. Jesus, descartando a casuística da Lei, argumenta a partir da criação. Homem e mulher foram feitos para formarem uma só carne, em condições de igualdade. Jesus, embora descartando-a, coloca a possibilidade da mulher também despedir o marido, o que era uma característica da cultura greco-romana, estranha ao mundo judaico.
O fundamento da união entre homem e mulher é o amor, e a fonte do amor é Deus.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Escândalo" contra os pequenos

Leitura Orante
Mc 9,41-50


Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem der um copo de água a vocês, porque vocês são de Cristo, com toda a certeza receberá a sua recompensa.
Jesus continuou:
- Quanto a estes pequeninos que crêem em mim, se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço. Se uma das suas mãos faz com que você peque, corte-a fora! Pois é melhor você entrar na vida eterna com uma só mão do que ter as duas e ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga. [Ali os vermes que devoram não morrem, e o fogo nunca se apaga.] Se um dos seus pés faz com que você peque, corte-o fora! Pois é melhor você entrar na vida eterna aleijado do que ter os dois pés e ser jogado no inferno. [Ali os vermes que devoram não morrem, e o fogo nunca se apaga.] Se um dos seus olhos faz com que você peque, arranque-o! Pois é melhor você entrar no Reino de Deus com um olho só do que ter os dois e ser jogado no inferno. Ali os vermes que devoram não morrem, e o fogo nunca se apaga.
- Pois todas as pessoas serão purificadas pelo fogo, assim como os sacrifícios são purificados pelo sal. O sal é uma coisa útil; mas, se perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros.

Exclusão dos que provocam escândalos

Podemos perceber neste texto uma compilação, feita por Marcos, de exortações catequéticas elaboradas nas primeiras comunidades. A frase inicial sugere que se trate de uma sentença vinculada à experiência da missão. É um estímulo ao acolhimento dos missionários. A alusão à queda dos pequenos é uma advertência àqueles que na comunidade buscam a vaidade e o poder e chocam aqueles que se aproximam com a esperança de encontrar amor e fraternidade. As alusões aos membros cortados são exageros literários (hipérboles) para induzir à disciplina pessoal. Contudo podem indicar também a exclusão de membros da comunidade (corpo) que provocam escândalos.
As frases finais visam a convivência harmoniosa na comunidade. O fruto é a paz, na vivência do amor fraterno, em Jesus.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Encontro das Viúvas de Santa Francisca Romana


Com a presença de 46 viúvas, nosso grupo de Viúvas de Santa Francisca Romana se encontrou mais uma vez no Centro de Convenções Pe. Mathias, para nosso  encontro de Oração, Reflexão e Convivência Fraterna.
Dª. Margaridinha e Dª Célia Soares fizeram a Oração inicial. Depois o Pe. Carlinhos Refletiu conosco sobre a Missão do Papa, na Igreja, para o mundo (a propósito da Festa Litúrgica celebrada ontem – Cátedra de São Pedro).
Na reflexão, o Padre expressou como o Papa se interessa pelo mundo, em todos os aspectos, apresentando-nos as últimas mensagens que ele enviou a propósito do dia 1º de janeiro, pelo dia Mundial da Paz; a do dia 11 de fevereiro, a propósito do dia mundial de oração pelos enfermos; a da quaresma, na beleza do tempo que nos conduz à Páscoa da Ressurreição do Senhor; e a do dia mundial de oração pelas vocações, proposta para o dia de Jesus Bom Pastor.
Para concluir o encontro, o Pe. Carlinhos nos convidou carinhosamente para participarmos da Santa Missa juntas,  quarta feira de cinzas, às 19:00 na Matriz, pois dia 09 de março é o dia de Santa Francisca Romana.
Convidou-nos também para nosso próximo encontro, que será dia 23 de março, quando celebraremos com intensa gratidão nosso PRIMEIRO ANO DE ENCONTRO.
Cantamos os parabéns para as aniversariantes do mês, sorteamos uma bíblia entre elas (3), fizemos o sorteio de mais duas bíblias entre todas, almoçamos e nos despedimos.
Confira nossas fotos...


 

Quem não é contra nós é por nós

Leitura Orante
Mc 9,38-40

João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Jesus respondeu:
- Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.

Busca da liberdade e da justiça

A tradição das três negações de Pedro, por ocasião da prisão de Jesus, transformou-o em exemplo daquele que tem seus momentos de fragilidade na fé. João também comete alguns deslizes. À sua atitude excludente, nesta passagem do evangelho, junta-se a sua aspiração aos privilégios quando espera ocupar posição de destaque ao lado de Jesus no caso dele conquistar o poder. É uma visão que nega o projeto de Jesus.Havia grupos de discípulos de Jesus, que agiam em seu nome (expulsavam demônios), diferenciados dos doze que circundavam Jesus. Poderiam ser discípulos originários da gentilidade. Os Doze, aqui representados por João, ainda estão apegados à esperança messiânica da tradição do judaísmo e rejeitam aqueles que "não andavam" com eles. Para Jesus, o caminho não é "proibir" mas valorizar todos os gestos e práticas libertadoras e promotoras da vida, mesmo fora da comunidade missionária. Há quem julgue que o missionário é aquele que tem a salvação e vai leva-la aos pecadores. É perito na doutrina e vai ensinar os que a ignoram. Recebe um poder com o qual vai dar eficiência à missão.Cabe à missão, a exemplo de Jesus, reconhecer e solidalizar-se com as manifestações de vida, de busca da liberdade e da justiça, onde quer que floresçam. Em qualquer povo, em qualquer cultura, em qualquer tempo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem vocês dizem que eu sou?

Leitura Orante
Mt 16,13-19


Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.



A profissão de fé de Pedro com o elogio de Jesus é própria de Mateus. Pedro professa a fé cristológica-messiânica, herdada da tradição davídica do rei poderoso. No evangelho de Marcos, Jesus descarta este messianismo. Mateus a valoriza diante da sua comunidade de discípulos oriundos do judaísmo. Há também um destaque para a Igreja, o qual sugere que o texto tenha uma redação tardia, quando a instituição eclesial já surgia e se consolidava. Mas a narrativa adquire uma contradição no texto que a segue (Mt 16,20-23), com o qual se articula (cf. 4 ago.). Quando Jesus mostra-se humano e frágil, ameaçado pelas perseguições, pelo sofrimento e morte em Jerusalém, Pedro o rejeita. Jesus lhe dirige uma tripla censura: satanás, pedra de tropeço e não pedra da Igreja, e ter em mente as coisas dos homens não as de Deus. Curiosamente, a tradição marcada pela concepção de uma igreja imperial procura ocultar esta contradição.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Encontro de Formação para a Juventude

Aconteceu neste sábado ( 19-02 ) em Nazário, o 1º Encontro de Formação para jovens do Regional IV. Foi um encontro de suma importância para cada um que estava presente. O Pe. José Moreira de Nazário conduziu a oração inicial com a passagem bíblica que São Paulo disse na Carta aos Tessalonicenses : " Por tudo dai graças". Logo após o Padre Carlos de Anicuns, acolheu a todos os jovens agradecendo-os pela participação neste encontro. Em seguida o Pe. Fernando de Aragarças, acessor da Pastoral da Juventude de nossa Diocese, apresentou o Documento 85 da CNBB, que tem como objetivo a Evangelização da Juventude (Desafios e Perspectivas Pastorais). Durante o encontro, ele também nos mostrou a realidade da juventude no Brasil, fazendo uma síntese geral de todo desenvolvimento juvenil nos últimos anos. Ele relatou também a grande importância da Juventude para a Igreja e para o anúncio do Evangelho. Tivemos no Encontro, a participação da Irmã Elfrida, que também está à frente do trabalho da juventude na Diocese. O encontro foi encerrado com um delicioso almoço, oferecido pela Paróquia de Nazário.


 

Reunião CPP

Na última quarta-feira ( 16-02 ) , realizamos a primeira reunião do Conselho Paroquial de Pastoral deste ano de 2011. Estavam presentes as lideranças dos grupos, pastorais e movimentos da nossa paróquia. Durante a reunião, foram tratados vários assuntos referentes à nossa comunidade, e foram feitos alguns encaminhamentos para este ano. O nosso próximo encontro ficou marcado para o dia 20 de abril, logo após a Santa Missa.



 

A oração vence o mal

Leitura Orante
Mc 9,14-29


Quando eles chegaram perto dos outros discípulos, viram uma grande multidão em volta deles e alguns mestres da Lei discutindo com eles. Quando o povo viu Jesus, todos ficaram admirados e correram logo para o cumprimentarem. Jesus perguntou aos discípulos:
- O que é que vocês estão discutindo com eles?
Um homem que estava na multidão respondeu:
- Mestre, eu trouxe o meu filho para o senhor, porque ele está dominado por um espírito mau e não pode falar. Sempre que o espírito ataca o meu filho, joga-o no chão, e ele começa a espumar e a ranger os dentes; e ele está ficando cada vez mais fraco. Já pedi aos discípulos do senhor que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram.
Jesus disse:
- Gente sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de agüentá-los? Tragam o menino aqui.
Quando o levaram, o espírito viu Jesus e sacudiu com força o menino. Ele caiu e começou a rolar no chão, espumando pela boca.
Aí Jesus perguntou ao pai:
- Quanto tempo faz que o seu filho está assim?
O pai respondeu:
- Ele está assim desde pequeno. Muitas vezes o espírito o joga no fogo e na água para matá-lo. Mas, se o senhor pode, então nos ajude. Tenha pena de nós!
Jesus respondeu:
- Se eu posso? Tudo é possível para quem tem fé.
Então o pai gritou:
- Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!
Quando Jesus viu que muita gente estava se juntando ao redor dele, ordenou ao espírito mau:
- Espírito surdo-mudo, saia desse menino e nunca mais entre nele!
O espírito gritou, sacudiu o menino e saiu dele, deixando-o como morto. Por isso todos diziam que ele havia morrido. Mas Jesus pegou o menino pela mão e o ajudou a ficar de pé.
Quando Jesus entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular:
- Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele espírito?
Jesus respondeu:
- Este tipo de espírito só pode ser expulso com oração.

"Ajuda-me na minha falta de fé"

Marcos reúne aqui fragmentos extraídos de várias outras narrativas de cura e exorcismo. Fica em destaque a fragilidade do entendimento dos discípulos, fica realçada a importância da fé e da oração. A fé expulsa o espírito mudo e surdo e a oração fortalece nossa fé. O espírito surdo e mudo é o espírito presente no mundo que nos aliena da acolhida e da prática da palavra de Deus. Os próprios discípulos ainda estavam sob a influência deste espírito. O pai do menino é alguém que já se aproxima da libertação. Aproxima-se de Jesus com dúvidas. Porém a observação de Jesus leva-o a dar o passo decisivo da oração: "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé".

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tranfiguração de Jesus


Leitura Orante
Mc 9,2-13


Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de deixar. E os três discípulos viram Elias e Moisés conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus:
- Mestre, como é bom estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu, e dela veio uma voz, que disse:
- Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz!
Aí os discípulos olharam em volta e viram somente Jesus com eles.
Quando estavam descendo do monte, Jesus mandou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse. Eles obedeceram à ordem, mas discutiram entre si sobre o que queria dizer essa ressurreição. Então perguntaram a Jesus:
- Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?
Ele respondeu:
- É verdade que Elias vem primeiro para preparar tudo. Mas por que é que as Escrituras Sagradas afirmam que o Filho do Homem vai sofrer muito e ser rejeitado? Eu afirmo a vocês que Elias já veio, e o maltrataram como quiseram, conforme as Escrituras dizem a respeito dele.

Jesus, Filho de Deus

Esta narrativa da transfiguração revela a dignidade e a glória já presentes na humanidade de Jesus, porém ainda não percebidas pelos discípulos. Ela tem o objetivo pedagógico de instrução das comunidades, as quais vão compreendendo-a progressivamente, o que é próprio ao amadurecimento da consciência. "O que significaria esse 'ressuscitar dos mortos'"? Nenhuma resposta teórica esgota o seu significado. O que os discípulos experimentaram foi o amor eterno de Jesus, Filho de Deus, que glorifica o Pai no cumprimento de sua missão. Envolver-se nos laços desse amor, nas relações humanas, na família, na comunidade, na sociedade, é entrar em comunhão com a vida e o amor eterno de Deus.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quem e Jesus para nós?

 Leitura Orante
Mc 8,27-33


Depois Jesus e os seus discípulos foram para os povoados que ficam perto de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele lhes perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Os discípulos responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
- O senhor é o Messias! - respondeu Pedro.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa.
Jesus começou a ensinar os discípulos, dizendo:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará.
Jesus dizia isso com toda a clareza. Então Pedro o levou para um lado e começou a repreendê-lo. Jesus virou-se, olhou para os discípulos e repreendeu Pedro, dizendo:
- Saia da minha frente, Satanás! Você está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.

Jesus deixa interrogações sobre sua identidade

Marcos coloca esta narrativa em um momento de virada no andamento do ministério de Jesus. Jesus exercera seu ministério na Galiléia e territórios gentílicos vizinhos. Agora, estando ao norte da Palestina, dispõe-se a ir para Jerusalém, ao sul, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel. Jesus, então, insiste em esclarecer os discípulos sobre sua missão. O surpreendente agir de Jesus deixava interrogações sobre a sua identidade. Alguns o identificavam com João Batista ou Elias, que eram profetas populares. Porém Pedro, em nome dos demais, o identifica como sendo o messias glorioso esperado pelas elites de Israel. Segue-se uma troca de repreensões: Jesus repreende Pedro por identificá-lo com o messias poderoso; depois Pedro repreende Jesus por se dispor a ir a Jerusalém, sujeitar-se à perseguição e ao sofrimento; finalmente Jesus repreende novamente e severamente Pedro por tal compreensão.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Comunidade de Boa Vista celebra o aniversário do Pe. Carlos!

A comunidade de Boa Vista, com grande alegria também celebrou o aniversário do nosso pároco Pe. Carlos. Foi um momento maravilhoso de confraternização, onde todos agradeceram a Deus pela sua vida!


 




DIÁCONOS PARA O SERVIÇO DO POVO DE DEUS


Com a presença expressiva do povo de Deus  na catedral São Luiz Gonzaga, neste último sábado (12 de fevereiro), os Seminaristas João Aurélio de Almeida Alves e Josimar José dos Santos deram o seu sim para Deus e para a Comunidade. Na diaconia irão servir os irmãos, especialmente os mais fragilizados e necessitados.
João Aurélio e Josimar foram acolhidos carinhosamente pelo clero diocesano , pelos religiosos e religiosas, diáconos , seminaristas e por  todo o povo ali presente.
Foi um rico momento espiritual para toda a Diocese de São Luís de Montes Belos que celebra o seu Ano Jubilar. Nesta igreja particular tão carente de vocações consagradas acreditamos que os dois neo diáconos é a resposta da providência divina às nossas orações e ao trabalho empenhado  do nosso bispo diocesano em prol dos seminários e das vocações.         
Aos Diáconos João Aurélio e Josimar, nossas orações e nosso obrigado pela consagração de suas vidas.


 

 
 

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELOS ENFERMOS


A todo 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja celebra o dia mundial de oração pelos enfermos. Neste ano celebramos a Eucaristia no Lar dos Idosos São Vicente de Paulo, aqui em Anicuns,  em comunhão com os todos os doentes e sofredores do mundo inteiro. Dom Carmelo, esteve em nossa Paróquia e deixou sua mensagem de encorajamento a todos os doentes e aqueles que se dedicam a eles. Pediu aos fiéis para dedicar mais tempo às visitas aos doentes. Cobrou também iniciativas do setor público para dar dignidade à vida humana, promovendo a Pastoral da Saúde.    
     O nosso muito obrigado a Rádio Ans Fm que em cadeia de transmissão com as rádios diocesanas, fizeram com que toda a Diocese participasse deste momento.     



 
 


Que Jesus nos tome pela mão



Leitura Orante
Mc 8,22-26


Depois Jesus e os discípulos chegaram ao povoado de Betsaida. Algumas pessoas trouxeram um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. Ele pegou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Então cuspiu, passou a saliva nos olhos do homem, pôs a mão sobre ele e perguntou:
- Você está vendo alguma coisa?
O homem olhou e disse:
- Vejo pessoas; elas parecem árvores, mas estão andando.
Jesus pôs outra vez as mãos sobre os olhos dele. Dessa vez o cego olhou firme e ficou curado; aí começou a ver tudo muito bem. Em seguida, Jesus mandou o homem para casa e ordenou:
- Não volte para o povoado!

A insistência de Jesus

Temos neste texto uma narrativa bem característica do evangelista Marcos, rica em detalhes, destacando os toques, particularmente no uso da saliva. Marcos a introduz como prefácio da caminhada de Jesus com os discípulos de Cesaréia de Filipe até Jerusalém. Nesta caminhada fica em destaque a falta de compreensão dos discípulos, principalmente por identificarem Jesus com o messias poderoso da doutrina do judaísmo. Betsaida é uma cidade no limite dos territórios gentílicos ao norte do Mar da Galiléia. O cego da narrativa é totalmente passivo e é lento em recuperar a visão. Primeiro começa a ver as pessoas, porém sem iniciativa, como árvores andando. É a insistência de Jesus que fará com que ele comece a enxergar perfeitamente, vendo tudo claramente. Jesus o tira do povoado e recomenda-lhe que não volte a ele. A referência ao povoado sugere que este signifique a doutrina do judaísmo, com sua expectativa messiânica de poder e glória nacionalista, com a qual Jesus decididamente não se identificava. Aqueles que passaram a ver a verdadeira missão libertadora de Jesus não devem retroceder a ver Jesus como um líder revestido de poder, distante do povo e opressor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O fermento dos fariseus

Leitura orante
Mc 8,14-21


Os discípulos haviam esquecido de levar pão e só tinham um pão no barco. Jesus chamou a atenção deles, dizendo:
- Fiquem alertas e tomem cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!
Aí os discípulos começaram a dizer uns aos outros:
- Ele está dizendo isso porque não temos pão.
Jesus ouviu o que eles estavam dizendo e perguntou:
- Por que vocês estão discutindo por não terem pão? Vocês não sabem e não entendem o que eu disse? Por que são tão duros para entender as coisas? Vocês têm olhos e não enxergam? Têm ouvidos e não escutam? Não lembram dos cinco pães que eu parti para cinco mil pessoas? Quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?
Eles responderam:
- Doze.
Jesus perguntou outra vez:
- E, quando eu parti os sete pães para quatro mil pessoas, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?
Eles responderam:
- Sete.
Então Jesus perguntou:
- Será que vocês ainda não entendem?

Os discípulos, desatentos em relação à observação de Jesus

O evangelho de Marcos, de maneira mais acentuada, insiste em registrar que os discípulos de Jesus não chegaram a compreender claramente a sua novidade durante os anos de convívio com ele. Nesta narrativa vemos os discípulos repreendidos severamente. Jesus adverte os discípulos contra a doutrina (fermento) dos fariseus e dos herodianos. Eles queriam um messias poderoso que se manifestasse com sinais portentosos (cf. 14 fev). Os discípulos, desatentos em relação à observação de Jesus, estão preocupados com a quantidade de pães. Jesus lembra os sinais das duas partilhas de pão, doze cestos que sobram na partilha acontecida na Galilléia e sete cestos em território gentílico. O único pão que os discípulos têm no barco é o próprio Jesus, que com sua prática diferenciada dos fariseus e herodianos traz vida em abundância para todos

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Coração duro não crê


Leitura Orante
Mc 8,11-13

Alguns fariseus chegaram e começaram a falar com Jesus. Eles queriam conseguir alguma prova contra ele e por isso pediram que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha mesmo de Deus. Jesus deu um grande suspiro e disse:
- Por que as pessoas de hoje pedem um milagre? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum milagre será feito para estas pessoas.
Então Jesus foi embora. Ele subiu no barco e voltou para o lado leste do lago.

As provocações dos fariseus

As provocações dos fariseus são insistentes. Já espionaram Jesus para ver se curava no sábado. A preocupação então não era o sinal da cura, mas a acusação da infração do sábado. Em casa, em Cafarnaúm, Jesus perdoou os pecados de um paralítico, e o cura, como sinal. Os que o espionavam não se preocupavam com o sinal, mas sim em acusá-lo de blasfêmia, por perdoar. Agora querem simplesmente um sinal vindo do céu. É para por Jesus à prova. Os sinais divinos no Antigo Testamento, eram os sinais de poder, tais como a destruição dos inimigos de Israel, tais como as pragas do Egito, culminando com a morte dos primogênitos das famílias egípcias, ou sinais de proteção do povo, tais como a abertura do mar Vermelho, o maná do deserto, ou o extermínio dos sete povos de Canaan, onde se instalou Israel. Jesus dá um suspiro profundo de mágoa. Os chefes judeus ("esta geração") estão fechados ao seu anúncio da universalidade e da misericórdia do Reino. O mais recente sinal, a partilha do pão, passou despercebida por eles. Esta partilha do pão exprime o compromisso concreto e histórico de Jesus com a implantação da justiça, com atitudes de compaixão e misericórdia, removendo a imagem do "inimigo" e descartando a violência, implantando a paz. Os sinais de Jesus, que são os sinais do Reino, são os atos em vista da libertação dos oprimidos e da promoção da vida.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fé sem fronteiras

Leitura Orante
Mc 7,24-30


Jesus saiu dali e foi para a região que fica perto da cidade de Tiro. Ele entrou numa casa e não queria que soubessem que estava ali, mas não pôde se esconder. Certa mulher, que tinha uma filha que estava dominada por um espírito mau, ouviu falar a respeito de Jesus. Ela veio e se ajoelhou aos pés dele. Era estrangeira, de nacionalidade siro-fenícia, e pediu que Jesus expulsasse da sua filha o demônio. Mas Jesus lhe disse:
- Deixe que os filhos comam primeiro. Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo para os cachorros.
- Mas, senhor, - respondeu a mulher - até mesmo os cachorrinhos que ficam debaixo da mesa comem as migalhas de pão que as crianças deixam cair.
Jesus disse:
- Por causa dessa resposta você pode voltar para casa; o demônio já saiu da sua filha.
Quando a mulher voltou para casa, encontrou a criança deitada na cama; de fato, o demônio tinha saído dela.

Deus acolhe iniciativas humildes a favor da vida

Com esta narrativa Marcos dá início a uma série de episódios em territórios gentílicos, região de Tiro, depois Decápolis e Betsáida, inserindo também uma narrativa da partilha do pão entre os gentios. Nestas regiões fica manifesta a acolhida de Jesus pelas populações locais. Fica assim bem caracterizada a dimensão universal da encarnação como a comunicação da vida divina a todos os povos e nações.
Nesta narrativa, com a linguagem e o estilo do evangelista Marcos, percebe-se como a confiança e a humildade da mulher siro-fenícia moveu Jesus a atendê-la. Jesus liberta não somente os corpos adoentados pela situação de exclusão mas também o espírito submisso às falsas ideologias dos opressores. A humanidade de Jesus é solidária e partilhada com a nossa humanidade. Deus respeita e acolhe nossas iniciativas humildes a favor da vida.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Romaria Vocacional ao Divino Pai Eterno - Trindade/ GO ( Fotos )

"Quem vos ouve, a mim ouve"

Conscientes da necessidade de oferecermos sempre mais orações a Deus pelas vocações, nossa paróquia ouviu o pedido de Dom Carmelo: " Façam uma Romaria Paroquial a Trindade e peçam ao Pai Eterno mais vocações". Pedido que nos fez na reunião ampliada do nosso Conselho Paroquial de Pastoral. Assim, neste último dia 30 de Janeiro fizemos esta Romaria. Foi uma bênção! Lotamos 5 ônibus. Eram participantes de todos os grupos, pastorais e movimentos. Com destaque ao Grupo das Viúvas de Santa Francisca Romana. O Pe. Carlinhos co-celebrou com Pe. Fábio, provincial dos Redentoristas.  Tivemos a graça de celebrar a Missa Vocacional dos Redentoristas, que estavam dando início ao ano formativo. 

Continuemos rezando pelas Vocações !


 

Parabéns Pe. Carlinhos!


No dia 03 de fevereiro foi aniversário do nosso querido Pe Carlinhos. Com muita alegria a paróquia São Francisco de Assis celebrou esta data muito especial. Cremos que a vida é o maior dom de Deus, por isso rendemos graças ao Criador pela beleza da criação e ao Pe Carlinhos agradecemos por sua vida doada e partilhada na comunidade. 


 

 

O que vem do coração é puro?

Leitura Orante
Mc 7,14-23

Jesus chamou outra vez a multidão e disse:
- Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura. [Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.]
Quando Jesus se afastou da multidão e entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram o que queria dizer essa comparação. Então ele disse:
- Vocês são como os outros; não entendem nada! Aquilo que entra pela boca da pessoa não pode fazê-la ficar impura, porque não vai para o coração, mas para o estômago, e depois sai do corpo.
Com isso Jesus quis dizer que todos os tipos de alimento podem ser comidos.
Ele continuou:
- O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

Jesus vem afirmar a bondade

A partir do fato de seus discípulos comerem sem praticar as lavagens rituais das mãos e braços, até o cotovelo, Jesus é censurado pelos escribas e fariseus. Em resposta Jesus os chama de hipócritas, apegados a suas tradições que vão contra a vontade de Deus. Então Jesus dirige-se à multidão e aos discípulos explicando: não é o que está fora que torna a pessoa impura, mas sim o que sai da pessoa. O choque se dá entre o dualismo, "sagrado" e "profano", criado pelas religiões, e muito presente na tradição do judaísmo. O mundo não se divide em duas zonas, uma, sagrada, onde se encontra tudo que goza do favor de Deus, e outra, profana, da qual Deus está ausente. Jesus vem afirmar a bondade fundamental da criação e o amor universal de Deus. Não é o espaço exterior que define a presença de Deus, mas sim nossas ações. Onde há o amor, Deus aí está.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jesus e a tradição dos judeus

 Leitura Orante
Mc 7,1-13


Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém reuniram-se em volta de Jesus. Eles viram que alguns dos discípulos dele estavam comendo com mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer.
(Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles só comem depois de lavar as mãos com bastante cuidado. E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas.)
Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus:
- Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos?
Jesus respondeu:
- Hipócritas! Como Isaías estava certo quando falou a respeito de vocês! Ele escreveu assim:
"Deus disse:
Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim.
A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus."
E continuou:
- Vocês abandonam o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos.
E Jesus terminou, dizendo:
- Vocês arranjam sempre um jeito de pôr de lado o mandamento de Deus, para seguir os seus próprios ensinamentos. Pois Moisés ordenou: "Respeite o seu pai e a sua mãe." E disse também: "Que seja morto aquele que amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe!" Mas vocês ensinam que, se alguém tem alguma coisa que poderia usar para ajudar os seus pais, mas diz: "Eu dediquei isto a Deus", então ele não precisa ajudar os seus pais. Assim vocês desprezam a palavra de Deus, trocando-a por ensinamentos que passam de pais para filhos. E vocês fazem muitas outras coisas como esta.

Tradição
Jesus está diante de "inquisidores" enviados por Jerusalém. Jesus revela a hipocrisia deles, pois se apegam às tradições humanas e abandonam o mandamento do amor de Deus. O povo humilde, em estado de carências várias, não tinha condições de observar os mais de seiscentos preceitos da Lei e, assim, eram taxados de "pecadores" pelos chefes religiosos de Israel. Jesus cita o exemplo do dever natural e querido por Deus, de prestar assistência aos pais em suas necessidades, particularmente na velhice. Contudo a tradição dos líderes religiosos do Templo e da sinagoga induz seus devotos a entregarem seus bens como "oferta" (corban) ao Templo, dispensando-os de atenderem às necessidades de seus pais. A tradição torna-se assim instrumento de acumulação de riqueza para os chefes religiosos, em sacrifício da vida.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Encontro com Jovens

Olhando a JUVENTUDE posso dizer que BELO HORIZONTE” – Papa João Paulo II
        Com muita propriedade a nossa comunidade pôde recordar esta belíssima frase do nosso saudoso Papa João Paulo II, no encontro com os jovens.
          A juventude respondeu ao chamado e de uma forma bastante expressiva compareceu a este encontro em nossa Paróquia. Com temas relevantes e atuais como tecnologia, drogas, família e vida em comunidade o encontro foi marcado também pela espiritualidade  e a mística cristã. Podemos afirmar que foi um KAIRÓS, desde a preparação até a realização deste. Houve um trabalho conjunto de todas as pastorais e movimentos, o que demonstrou que todos estão imbuídos do espírito desta prioridade diocesana que é o setor juventude.
         O encontro foi assessorado por vários palestrantes de nossa diocese, como o Sr Jairo e Renata,de Palmeiras;  Sr Willian de São Luis e o Pe Fernando Rosa, de Jandaia. E da nossa Paróquia tivemos a participação do Ministério de música, do testemunho do Gustavo, Júnior  e Cida Valadão e também do José Dorneles.
         O Pe Carlinhos esteve todo o tempo na organização,realização e animação do encontro. Celebrou a Missa de encerramento, convocando toda a juventude ali presente  e seus familiares a descobrir cada vez mais ao  Deus Amor.







 


 

O povo logo reconheceu Jesus


Leitura Orante
Mc 6,53-56


Jesus e os discípulos atravessaram o lago e chegaram à região de Genesaré, onde amarraram o barco na praia. Quando desceram do barco, o povo logo reconheceu Jesus. Então, eles saíram correndo por toda aquela região, começaram a trazer os doentes em camas e os levavam para o lugar onde sabiam que Jesus estava. Em todos os lugares aonde ele ia, isto é, nos povoados, nas cidades e nas fazendas, punham os doentes nas praças e pediam a Jesus que os deixasse pelo menos tocar na barra da sua roupa. E todos os que tocavam nela ficavam curados.

Jesus vem para libertar e restaurar a vida

Marcos nos apresenta um segundo "sumário" do ministério de Jesus (cf. 20 jan.) em plena atividade na Galiléia. A narrativa de Marcos coloca Jesus em relação com pessoas e locais não identificados, nomeando apenas o ponto onde atracaram, Genesaré, uma fértil planície ao sul de Cafarnaum. O sumário é apresentado após a partilha dos pães e a travessia do mar agitado. No início da narrativa da partilha dos pães é destacado o ensino dos apóstolos e de Jesus (cf. 4 dez). Agora o sumário destaca a "salvação" dos que o tocavam. "Salvar" (sôzô, no grego) significa libertar de um perigo e restaurar uma situação anterior de bem estar. Jesus vem para libertar e restaurar a vida. Durante a travessia do mar agitado os discípulos não reconhecem Jesus ao se aproximar sobre as águas (cf. Mc 6,49). Agora, em contraste, os habitantes de Genesaré o reconhecem logo ao desembarcar. Neste sumário percebemos que Jesus vem para conviver com todo o povo e não apenas para um pequeno resto de um povo eleito. É também notável a menção ao "toque" em Jesus, o que realça a sua presença física de Jesus, fator importante para a comunicação vital.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Jesus tem pena do povo

Leitura Orante
Mc 6,30-34


Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que tinham feito e ensinado. Havia ali tanta gente, chegando e saindo, que Jesus e os apóstolos não tinham tempo nem para comer. Então ele lhes disse:
- Venham! Vamos sozinhos para um lugar deserto a fim de descansarmos um pouco.
Então foram sozinhos de barco para um lugar deserto. Porém muitas pessoas os viram sair e os reconheceram. De todos os povoados, muitos correram pela margem e chegaram lá antes deles. Quando Jesus desceu do barco, viu a multidão e teve pena daquela gente porque pareciam ovelhas sem pastor. E começou a ensinar muitas coisas.

O sentimento de compaixão de Jesus

Jesus havia escolhido os doze apóstolos e os enviara em missão. Agora retornam e contam a Jesus o seu desempenho. Na missão o ensino é acompanhado da ação libertadora e vivificante, o que é simbolizado pelas curas e exorcismos. Já cercados pela multidão, "não tinham nem tempo para comer", isto é, para se alimentarem do pão, da palavra e da oração. Jesus chama os apóstolos e, em um barco, partem para um lugar retirado a fim de repousarem. Porém a multidão os acompanha pela margem do lago, vindo de vários lugares, chegando antes deles. São pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais. Marcos, como lhe é próprio, destaca o sentimento de compaixão de Jesus pelas multidões. Jesus passa então a ensinar-lhes muitas coisas. O ensino de Jesus é a revelação da vontade de Deus sobre nós, restaurando a vida onde ela é ameaçada. Com esta narrativa Marcos prepara a narrativa da partilha do pão com a multidão, que vem em seguida.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A verdade custa a vida


Leitura Orante
Mc 6,14-29


O rei Herodes ouviu falar de tudo isso porque a fama de Jesus se havia espalhado por toda parte. Alguns diziam:
- Esse homem é João Batista, que foi ressuscitado! Por isso esse homem tem poder para fazer milagres.
Outros diziam que ele era Elias. Mas alguns afirmavam:
- Ele é profeta, como um daqueles profetas antigos.
Quando Herodes ouviu isso, disse:
- Ele é João Batista! Eu mandei cortar a cabeça dele, e agora ele foi ressuscitado!
Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!"
Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça:
- Peça o que quiser, e eu lhe darei.
E jurou:
- Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu:
- Peça a cabeça de João Batista.
No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu:
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.

A identificação de Jesus com João Batista


A identificação de Jesus com João Batista mostra como a prática de Jesus se aproximava da prática do Batista, que permanecera viva na memória popular. Na narrativa do banquete de aniversário de Herodes percebe-se uma ironia sobre o ridículo das motivações de Herodes e dos grupos de poder que o cercam. Em forte contraste, um banquete de aniversário para comemorar a vida termina com a morte: uma cabeça degolada servida em um prato. Marcos faz também um contraste entre este banquete de Herodes com os poderosos e a partilha do pão de Jesus com o povo, que vem narrada a seguir. Pode-se ver aqui, também, uma prefiguração do julgamento e execução de Jesus.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A missão dos doze discípulos

Leitura Orante
Mc 6,7-13

Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus. Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro. Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais. Disse ainda:
- Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade. Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados. Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.

Escolhidos e enviados

Jesus não envia os apóstolos para pregar uma nova doutrina, mas para anunciar uma nova realidade e testemunhar uma nova prática: a manifestação do amor que liberta e restaura a vida. Os discípulos assemelham-se aos carismáticos errantes, que eram encontrados na época, inclusive entre filósofos do mundo helênico. Em Marcos é permitido aos Doze o uso de sandálias, o que não era comum entre os itinerantes carismáticos, que andavam descalços.
No evangelho de Lucas estas orientações são dadas tanto aos doze apóstolos como aos setenta e dois discípulos escolhidos e enviados por Jesus. Pode-se supor que, nas primeiras comunidades, já fosse uma regra de comportamento dos missionários. A menção à unção com óleo dos doentes já indica uma prática tardia em relação à prática de Jesus.
A casa é a base da missão. Aquelas em que os discípulos forem recebidos podem ser novos centros e missão, formando uma rede missionária. De uma maneira um tanto drástica é feita a referência àqueles que não derem atenção aos missionários.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jesus é apresentado no Templo

Leitura Orante
Lc 2,22-40


Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença
de todos os povos:
uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galiléia, para a casa deles na cidade de Nazaré.
O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus.

Luz das nações


Neste texto de Lucas encontramos o esboço do conflito latente entre a Lei e o menino que é trazido ao Templo de Jerusalém. Lucas repete por cinco vezes que os pais do menino estão empenhados em agir conforme a Lei do Senhor. Porém a profecia de Simeão é de que o menino será um sinal de contradição. O menino, crescendo, cheio de sabedoria e graça, se tornará aquele que denuncia a desumanidade da Lei e a corrupção que assola o Templo, e proclama a bem-aventurança e a libertação dos pobres. Ele vem para todos os povos, como luz das nações.