quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - A Palavra da vida

Ano C - Dia: 31/12/2009

Jo 1,1-18

No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.
João disse o seguinte a respeito de Jesus:
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia."
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.

Comentário do Evangelho

Um ano novo que chega é a esperança da luz da aurora que inaugura um mundo novo.

Um ano novo que chega é a esperança da luz da aurora que inaugura um mundo novo. É a luz da vida transbordante que se comunica a homens e mulheres no amor e na misericórdia. É a luz que dissipa as trevas dos poderosos que, com seus projetos ambiciosos e seu mercado macabro, são executivos da fome e da guerra e fabricam a morte.
A encarnação do Verbo, em Jesus, é a semente do mundo novo possível. Como a luz que inunda as trevas, as comunidades vivas da Igreja, solidárias com aqueles que têm fome e sede de justiça entre todos os povos do mundo, já se empenham em construir um projeto mundial de libertação, promoção da vida e consolidação da paz.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Apresentação de Jesus no Templo

Ano C - Dia: 30/12/2009

Lc 2,36-40

Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galiléia, para a casa deles na cidade de Nazaré.
O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus.
Jesus

Comentário do Evangelho

Tanto Simeão como Ana compreendem quem era o Menino: O Messias. Eles entederam que na sua humanidade estava também sua condição de Filho de Deus.

Mateus e Lucas, no início de seus Evangelhos, apresentam as "narrativas de infância" de Jesus. Em Lucas, no Evangelho da infância, o templo de Jerusalém é colocado em destaque, com o anúncio a Zacarias, a apresentação e o episódio do menino Jesus entre os doutores. No seu desenvolvimento, o texto segue a seguinte trajetória: Galiléia - Jerusalém - Galiléia - Jerusalém. E, em continuidade, em Atos, a trajetória: Jerusalém - Roma. Por ocasião da circuncisão do menino Jesus, após a profecia de Simeão, Lucas apresenta agora uma profetisa, Ana. A fala deAna é sumária: louva a Deus e faz referências ao menino, sem maiores esclarecimentos. Ela dirige-se a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Se havia opressão do Império Romano, havia também opressão do sistema religioso ofi cial do templo. Ela profetizava sobre aquele menino que, crescendo forte e cheio de sabedoria e graça, viria nos comunicar a prática libertadora do Reino de Deus, revelando o Deus de amor que deseja vida plena para todos os povos.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Nossos olhos viram a salvação


Leitura Orante

Lc 2,22-35

Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa
que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença
de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus
e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.

Comentário do Evangelho

O menino será um sinal de contradição

Lucas, neste seu texto, faz um esboço do confl ito latente entre a Lei e o menino que é trazido ao templo de Jerusalém. Ele repete por cinco vezes que os pais do menino estão empenhados em agir conforme a Lei do Senhor. Porém, a profecia de Simeão é de que o menino será um sinal de contradição. Crescendo cheio de sabedoria e graça, vai se tornar aquele que denuncia a desumanidade da Lei e a corrupção que assola o templo, e proclama a bem-aventurança e a libertação dos pobres. Ele vem para todos os povos, como luz das nações.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - A primeira viagem missionária



Leitura Orante

Mt 2,13-18

Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse:
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la.
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: "Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito."
Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito: "Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos."


Comentário do Evangelho

O poder do amor salva

Esta narrativa de Mateus expressa um êxodo às avessas. O Egito não é mais o lugar da opressão, mas o lugar da proteção. O opressor não é mais o faraó, mas o rei idumeu-judeu que reina sobre a Judéia e toda a Palestina. Em lugar dos primogênitos das famílias oprimidas do Egito mortos pelo anjo exterminador, as vítimas agora são os meninos de Belém, e o exterminador é o próprio Herodes. Como é marcante em Mateus, a narrativa é pontuada com menções de cumprimento das Escrituras, com reinterpretações próprias dele. O perigo não está mais no Egito, mas sim em toda a Palestina, sob o controle do Império Romano, e, particularmente, na própria Judéia, sob o poder consentido dos chefes religiosos judeus sediados em Jerusalém. Já nos primeiros dias do menino prefigura-se o embate de seu futuro ministério. Nos novos tempos, todos os perseguidos encontrarão abrigo no Reino de Deus.



sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Missão profeta




Leitura Orante

Lc 1,67-79

Zacarias, o pai de João, cheio do Espírito Santo, começou a profetizar. Ele disse:
- Louvemos o Senhor, o Deus de Israel, pois ele veio ajudar o seu povo e lhe dar a liberdade.
Enviou para nós um poderoso Salvador, aquele que é descendente do seu servo Davi.
Faz muito tempo que Deus disse isso por meio dos seus santos profetas.
Ele prometeu nos salvar dos nossos inimigos e nos livrar do poder de todos os que nos odeiam.
Disse que ia mostrar a sua bondade aos nossos antepassados e lembrar da sua santa aliança.
Ele fez um juramento ao nosso antepassado Abraão; prometeu que nos livraria dos nossos inimigos
e que ia nos deixar servi-lo sem medo, para que sejamos somente dele e façamos o que ele quer em todos os dias da nossa vida.
E você, menino, será chamado de profeta do Deus Altíssimo e irá adiante do Senhor a fim de preparar o caminho para ele.
Você anunciará ao povo de Deus a salvação que virá por meio do perdão dos pecados deles.
Pois o nosso Deus é misericordioso e bondoso.
Ele fará brilhar sobre nós a sua luz e do céu iluminará todos os que vivem na escuridão da sombra da morte, para guiar os nossos passos no caminho da paz.

Comentário do Evangelho

João Batista abre caminho para um Deus

No Primeiro Testamento, prevalece o caráter nacionalista na concepção do Deus de Israel, que elege um povo, o qual se confronta com os demais povos como sendo "inimigos". E no interior deste próprio povo eleito prevalece a discriminação do "pecado", caracterizado a partir das inobservâncias da Lei controlada pelos chefes religiosos de Israel. João Batista, rompendo com a tradição sacerdotal paterna e com o templo de Jerusalém, abre caminho para um Deus universalista. Com Jesus dar-se-á a revelação do Deus amoroso e misericordioso que remove os critérios de exclusão e condenação pela Lei e elimina a prevenção contra o "inimigo", proclamando a reconciliação.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - O nascimento de João Batista


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Leitura Orante

Lc 1,57-66

Chegou o tempo de Isabel ter a criança, e ela deu à luz um menino. Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela. Quando o menino estava com oito dias, vieram circuncidá-lo e queriam lhe dar o nome do pai, isto é, Zacarias. Mas a sua mãe disse:
- Não. O nome dele vai ser João.
Então disseram:
- Mas você não tem nenhum parente com esse nome!
Aí fizeram sinais ao pai, perguntando que nome ele queria pôr no menino. Zacarias pediu uma tabuinha de escrever e escreveu: "O nome dele é João." E todos ficaram muito admirados. Nesse momento Zacarias pôde falar novamente e começou a louvar a Deus. Os vizinhos ficaram com muito medo, e as notícias dessas coisas se espalharam por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviam essas coisas e pensavam nelas perguntavam:
- O que será que esse menino vai ser?
Pois, de fato, o poder do Senhor estava com ele.

Comentário do Evangelho

Chega João

Entre os vários textos lidos que evocam e exaltam o ministério de João, neste tempo do Advento, temos particularmente o Evangelho de Lucas com o paralelismo da anunciação, nascimento e circuncisão com atribuição do nome, de João e de Jesus. Se por um lado os evangelistas destacam a figura de João, por outro a colocam como subalterna à pessoa de Jesus. Esta hierarquia não tem o sentido de anular a fi gura de João, mas de mostrar o caráter transcendente com que, por Jesus, é assumida a sua proposta pioneira. O anúncio feito por João, do batismo da conversão à justiça ante a iminência da chegada do Reino de Deus, é confi rmado por Jesus como o Reino
atualmente presente entre nós, revestido de imortalidade e eternidade, no amor e na misericórdia.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - O canto da bondade de Deus


Leitura Orante

Lc 1,46-56

Então Maria disse:
- A minha alma anuncia a grandeza do Senhor.
O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador.
Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva!
De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações.
Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles.
Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições.
Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias.
Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo.
Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.
Maria ficou mais ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.

Comentário do Evangelho

Maria pronuncia seu cântico

Respondendo à saudação de Isabel, Maria pronuncia seu cântico, no qual,com brevidade, apresenta a obra salvífica de Deus, em relação a ela, à humanidade em geral e aos remanescentes de Israel. Em relação a Maria, Deus fez grandes coisas. Ela, serva humilde, foi escolhida para ser mãe do Filho de Deus, o Salvador. Ela é a primeira bem-aventurada do Reino. Em relação à humanidade, Deus, pela encarnação e vida de Jesus, subverte as sociedades e as religiões: liberta e promove os pobres e humildes, derruba os poderosos e distribui os bens dos ricos. E, aos descendentes do arameu Abraão, em Israel, vem confi rmar sua misericórdia, em face das suas infidelidades históricas, oferecendo-lhes também a salvação. A fé de Maria é uma fé humilde, consciente e comprometida
com a causa dos pobres.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Encontro dos dois Meninos por nascer



Lc 1,39-45

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
- Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.

Comentário do Evangelho

Novos tempos

Lucas narra a anunciação e o nascimento tanto de Jesus como de João Batista. Ele esboça um paralelismo entre a missão de João Batista e a missão de Jesus. João Batista significa a ruptura com a religião do templo e da Lei. O perdão dos pecados é obtido pela conversão à prática da justiça, assumida no batismo de João, e não pelas ofertas no templo de Jerusalém. Jesus, em continuidade ao movimento de João Batista, inaugura os novos tempos da manifestação da misericórdia e do amor de Deus, expressos na prática da justiça, que leva à comunhão de vida com o Pai. Na narrativa de Lucas, na visitação de Maria a Isabel, o menino no ventre de Isabel é subordinado ao menino no ventre de Maria. Jesus assumiu e deu continuidade ao movimento de João Batista, inovando com o dom da vida eterna através da prática do amor. As primeiras comunidades cristãs primitivas acentuam a ascendência de Jesus sobre João Batista a fim de atrair para si os discípulos de João, que mantinham um movimento paralelo a estas comunidades.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Um especial nascimento


Leitura Orante

Lc 1,5-25

Quando Herodes era o rei da terra de Israel, havia um sacerdote chamado Zacarias, que era do grupo dos sacerdotes de Abias. A esposa dele se chamava Isabel e também era de uma família de sacerdotes. Esse casal vivia a vida que para Deus é correta, obedecendo fielmente a todas as leis e mandamentos do Senhor. Mas não tinham filhos porque Isabel não podia ter filhos e porque os dois já eram muito velhos.
Certo dia no Templo de Jerusalém, Zacarias estava fazendo o seu trabalho de sacerdote, pois era a sua vez de fazer aquele trabalho diário. Conforme o costume dos sacerdotes, ele havia sido escolhido por sorteio para queimar o incenso no altar e por isso entrou no Templo do Senhor. Durante o tempo em que o incenso queimava, o povo lá fora fazia orações. Então um anjo do Senhor apareceu em frente de Zacarias, de pé, do lado direito do altar. Quando Zacarias o viu, ficou com medo e não sabia o que fazer. Mas o anjo lhe disse:
- Não tenha medo, Zacarias, pois Deus ouviu a sua oração! A sua esposa vai ter um filho, e você porá nele o nome de João. O nascimento dele vai trazer alegria e felicidade para você e para muita gente, pois para o Senhor Deus ele será um grande homem. Ele não deverá beber vinho nem cerveja. Ele será cheio do Espírito Santo desde o nascimento e levará muitos israelitas ao Senhor, o Deus de Israel. Ele será mandado por Deus como mensageiro e será forte e poderoso como o profeta Elias. Ele fará com que pais e filhos façam as pazes e que os desobedientes voltem a andar no caminho direito. E conseguirá preparar o povo de Israel para a vinda do Senhor.
Então Zacarias perguntou ao anjo:
- Como é que eu vou saber que isso é verdade? Estou muito velho, e a minha mulher também.
O anjo respondeu:
- Eu sou Gabriel, servo de Deus, e ele me mandou falar com você para lhe dar essa boa notícia. Você não está acreditando no que eu disse, mas isso acontecerá no tempo certo. E, porque você não acreditou, você ficará mudo e não poderá falar até o dia em que o seu filho nascer.
Enquanto isso, o povo estava esperando Zacarias, e todos estavam admirados com a demora dele no Templo. Quando saiu, Zacarias não podia falar. Então perceberam que ele havia tido uma visão no Templo. Sem poder falar, ele fazia sinais com as mãos para o povo.
Quando terminaram os seus dias de serviço no Templo, Zacarias voltou para casa. Pouco tempo depois Isabel, a sua esposa, ficou grávida e durante cinco meses não saiu de casa. E ela disse:
- Agora que o Senhor me ajudou, ninguém mais vai me desprezar por eu não ter filhos.

Comentário do Evangelho

O anúncio do nascimento de João Batista

Enquanto Marcos inicia seu Evangelho com a pregação e o batismo de João, Mateus e Lucas iniciam com as narrativas de infância de Jesus. João Evangelista, por sua vez, começa seu Evangelho com o prólogo do Verbo que se faz carne. Lucas apresenta uma originalidade. Após uma curta introdução em que justifica seu trabalho redacional do Evangelho, narra, no texto de hoje, o anúncio do nascimento de João (Batista) e, em seguida, o anúncio deJesus, ambos feitos pelo anjo Gabriel; primeiro a Zacarias e, depois, a Maria. Assim, João e Jesus estão associados desde suas concepções extraordinárias. O nascituro terá um nome, João, que indica a ruptura do sacerdócio hereditário, pois não conserva o nome do pai. Mais tarde, dirigindo-se ao deserto, rompe com o templo, no que será confi rmado por Jesus, que vai ao seu encontro.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - José, modelo de compromisso com Deus




Mt 1,18-24

O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta:
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel." (Emanuel quer dizer "Deus está conosco".) Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e casou com Maria.

Comentário do Evangelho

José, israelita sincero

O nascimento de Jesus é precedido da anunciação, em Mateus e em Lucas. Neste, a anunciação é feita a Maria. Em Mateus, o anjo aparece em sonho a José, "fi lho de Davi", com a intenção teológica de demonstrar a origem davídica de Jesus, através da genealogia inicial. Jesus é o messias (cristo) dos judeo-cristãos para quem Mateus escreve.
Temos aqui uma tipologia: o justo José é o protótipo dos israelitas sinceros. Em Maria vemos as comunidades fora do judaísmo nas quais Jesus é gerado. Para aqueles israelitas surge a suspeita de infi delidade destas comunidades. A situação é esclarecida pelo anjo: o novo que é gerado é obra de Deus. Os israelitas são convidados a aderir a estas novas comunidades para receberem Jesus Deus terá piedade salvador.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

13 ANOS DE VIDA CONSAGRADA



No último dia 08 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, o Pe Carlinhos completou 13 anos de Ordenação Sacerdotal.

A Deus, a nossa gratidão pelo chamado e escolha.

Ao Pe Carlinhos, o nosso agradecimento pela resposta generosa.

A Paróquia São Francisco de Assis deixa aqui registrado todo o nosso carinho, a nossa amizade e oração.

Que neste Ano Sacerdotal, o Espírito Santo possa renovar o seu ministério e cumule de benefícios a sua vida, para que o senhor seja cada vez mais um Pastor, segundo o coração de Deus.

RETIRO DOS CRISMANDOS



No dia 13 de Dezembro pp, aconteceu mais um retiro para os crismandos.

Com bastante entusiasmo encerramos mais uma etapa, com o compromisso de voltarmos com os encontros no ano que vem.

O encerramento das atividades deste dia ocorreu com a Santa Missa.

E no 3º Domingo do Advento, o domingo da alegria, os alunos de violão fizeram uma belíssima apresentação com as músicas: Noite feliz, sino de Belém e Então é Natal.


Clube das Mães - Santa Missa


No dia 15 passado, o Pe. Carlinhos celebrou a missa em ação de graças por todos os funcionários, voluntários e associados da entidade Clube das Mães.

ROMARIA DA TERRA E DAS ÁGUAS


No dia 05 de Junho de 2010 acontecerá aqui em Anicuns a XIV Romaria da Terra e das Águas.

Em preparação a esta romaria está acontecendo na Diocese de São Luis de Montes Belos os Encontros de formação, com temas referentes à Romaria.

Neste Sábado (dia 12) o tema abordado foi: O Agronegócio e o Cerrado que queremos. Refletimos a realidade do Cerrado Brasileiro frente as industrias de grande porte instaladas no Brasil e à luz da Palavra de Deus percebemos que todos nós devemos nos comprometer com a criação de Deus.

Evangelho do dia - Genealogia de Jesus


Leitura Orante

Mt 1,1-17

Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão.
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi.
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão. Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como prisioneiros para a Babilônia.
Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel, que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim, que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó. Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.
Assim, houve quatorze gerações desde Abraão até Davi, e quatorze, desde Davi até que os israelitas foram levados para a Babilônia. Daí até o nascimento do Messias, também houve quatorze gerações.

Comentário do Evangelho

Jesus é o messias esperado

As genealogias eram uma forma literária usada no Primeiro Testamento para confirmar a vinculação de uma ou mais personagens de destaque a uma linhagem que recebeu as promessas divinas. Estas promessas, no texto bíblico, foram feitas aos patriarcas e a Davi. Esta última aparece na profecia de Natã, elaborada entre teólogos da corte real.
A genealogia de Mateus, tratada teologicamente, divide-se em três períodos da história de Israel e de Judá: período dos patriarcas e dos clãs tribais, de Abraão até Davi; período da realeza e dinastia davídica, em Judá, de Davi até o exílio; e período do surgimento e consolidação do judaísmo, do exílio até Jesus. Por sua genealogia, Mateus quer demonstrar aos judeo-cristãos que, através de José que o acolhe, Jesus é o messias esperado pelo judaísmo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Qual a identidade de Jesus?


Leitura Orante

Lc 7,19-23

Aí João chamou dois deles e os enviou ao Senhor Jesus para perguntarem: "O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?" Então eles foram até o lugar onde Jesus estava e disseram:
- João Batista nos mandou perguntar o seguinte: o senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?
Naquele momento Jesus curou muitas pessoas das suas doenças e dos seus sofrimentos, expulsou espíritos maus e também curou muitos cegos. Depois respondeu aos discípulos de João:
- Voltem e contem a João o que vocês viram e ouviram. Digam a ele que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e os pobres recebem o evangelho. E felizes são as pessoas que não duvidam de mim!

Comentário do Evangelho

Obras que promovem a vida

João Batista não pretendia criar um discipulado em comunidades isoladas. A conversão à prática da justiça, assumida no seu batismo, era para ser vivida por todos em seus próprios ambientes de vida, no seu dia-a-dia. Porém, acontece que um projeto de vida passa a ser uma regra ou estatuto comunitário para grupos, institucionalizando-se. Após a morte de João, grupos de seus discípulos permaneceram à parte do movimento de Jesus, chegando até a questioná-lo. Jesus aderiu ao movimento profético de João, assumindo-o com particularidades próprias da sua natureza divina e comunicadora da vida eterna. As obras de Jesus são obras libertadoras que promovem a vida e iluminam os pobres submissos à ideologia exploradora e opressora dos poderosos. São os sinais da chegada do Reino, com o sinal maior: os pobres são evangelizados. A continuidade do Reino na história é sinalizada pelo testemunho de nossas comunidades no empenho da construção de um mundo melhor.


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Coerência entre o dizer e o fazer

Leitura Orante

Mt 21,28-32

Jesus continuou:
- E o que é que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi falar com o mais velho e disse: "Filho, hoje você vai trabalhar na minha plantação de uvas."
- Ele respondeu: "Eu não quero ir." Mas depois mudou de idéia e foi.
- O pai foi e deu ao outro filho a mesma ordem. E este disse: "Sim, senhor." Mas depois não foi.
- Qual deles fez o que o pai queria? - perguntou Jesus.
E eles responderam:
- O filho mais velho.
Então Jesus disse a eles:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus antes de vocês. Pois João Batista veio para mostrar a vocês o caminho certo, e vocês não creram nele; mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram. Porém, mesmo tendo visto isso, vocês não se arrependeram e não creram nele.

Comentário do Evangelho

Fazer a vontade do Pai

No primeiro dia de sua chegada a Jerusalém, Jesus expulsa do templo os que aí comerciavam em conivência com os sacerdotes. No dia seguinte, voltando ao templo, Jesus é questionado por eles sobre com que autoridade age; Jesus devolve a questão com uma interrogação sobre João Batista e os confunde. Dirige-lhes, então, esta simples parábola dos dois fi lhos, dos quais, mudando de atitude, um faz a vontade do pai e o outro não. Assim, Jesus volta a mencionar a pregação de João Batista em vista da conversão e da prática da justiça, conforme a vontade de Deus. O destaque são os publicanos e as prostitutas que acreditaram em João e depois acolheram Jesus. Os chefes religiosos do judaísmo, que se afirmavam como fiéis a Deus, porém, os rejeitaram. Não fizeram a vontade do Pai. Daí a precedência destes excluídos, publicanos e prostitutas, no Reino de Deus, em relação às elites daquele sistema religioso.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Colocar Deus "entre parêntesis"?!


Leitura Orante

Mt 21,23-27

Jesus chegou ao Templo, e, quando já estava ensinando, alguns chefes dos sacerdotes e alguns líderes judeus chegaram perto dele e perguntaram:
- Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu essa autoridade?
Jesus respondeu:
- Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me derem a resposta certa, eu direi com que autoridade faço essas coisas. Respondam: quem deu autoridade a João para batizar? Foi Deus ou foram pessoas?
Aí eles começaram a dizer uns aos outros:
- Se dissermos que foi Deus, ele vai perguntar: "Então por que vocês não creram em João?" Mas, se dissermos que foram pessoas, temos medo do que o povo pode fazer, pois todos acham que João era profeta.
Por isso responderam:
- Não sabemos.

Comentário do Evangelho

Jesus da continuidade ao anúncio de João

Jesus, ao chegar a Jerusalém, na ocasião da festa da Páscoa dos judeus, havia denunciado o comércio no templo, controlado pelos dirigentes religiosos. E diariamente ensinava no espaço deste templo. Agora tais dirigentes, membros do sinédrio, autoridade máxima do judaísmo, vêm interpelá-lo: "Com que autoridade fazes estas coisas?". Esta pergunta indica que querem ignorar o caráter profético e divino de Jesus. Jesus responde com uma pergunta insinuante: o batismo de João era do céu ou dos homens? Na pergunta, revela três aspectos: era grande a aceitação de João Batista entre o povo, João Batista era um homem de Deus e Jesus coloca-se em continuidade do anúncio original de João Batista, levando-o à plenitude do Reino dos Céus. Os dirigentes judeus, que rejeitaram João Batista, temiam o povo, que acreditava nele; então, não respondem. Jesus também não responde, mas prepara-lhes uma parábola.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Deus visita seu povo

Leitura orante Lc 1,39-47

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
- Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.
Então Maria disse:
- A minha alma anuncia
a grandeza do Senhor.
O meu espírito está alegre
por causa de Deus, o meu Salvador.
Comentário do Evangelho

Maria canta as glórias de Deus

Tendo sido advertida pelo anjo sobre a gestação de Isabel em seu sexto mês, Maria sai em sua ajuda. Ao saudar Isabel, tanto esta, inspirada pelo Espírito Santo, como o menino, que pula de alegria no seu ventre, confi rmam a presença do Senhor no ventre, de Maria. Lucas é o único evangelista a mencionar o ventre feminino como fonte de vida, e o faz por sete vezes. E destaca-se mais a grandiosidade deste ventre feminino por ser fonte de vida divina. É a sublime realidade da encarnação, da presença do Deus eterno entre nós! Maria entoa seu hino de agradecimento a Deus por ser a escolhida neste projeto da encarnação. E exalta, na seqüência do hino, o projeto libertador de Deus que "depõe os poderosos de seus tronos e eleva os humildes, despede de mãos vazias os ricos e enche de bens os famintos". Maria de Guadalupe é a inspiração das comunidades que procuram na nossa América Latina libertar-se do poder imperial cruel do Norte.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Resultados e não, brincadeiras


Leitura Orante

Mt 11,16-19

- Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? São como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro:

"Nós tocamos músicas de casamento,
mas vocês não dançaram!
Cantamos músicas de sepultamento,
mas vocês não choraram!"

João Batista jejua e não bebe vinho, e todos dizem: "Ele está dominado por um demônio." O Filho do Homem come e bebe, e todos dizem: "Vejam! Este homem é comilão e beberrão! É amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama." Porém é pelos seus resultados que a sabedoria de Deus mostra que é verdadeira.

Comentário do Evangelho

Os pequenos reconhecem a sabedoria de Jesus

Neste texto do Evangelho de Mateus, temos a conclusão da fala de Jesus exaltandoJoão Batista. No início de sua fala, a afi rmação de Jesus de que "desde o dia de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele...", é uma alusão à ruptura de João com os pilares do judaísmo: o sacerdócio, o templo e a Lei que excluía os seus inadimplentes (pecadores). João descarta a linhagem sacerdotal do pai, troca o templo de Jerusalém pelo deserto (periferia) e anuncia a libertação dos oprimidos pela Lei através da prática da justiça. Comparando com algumas crianças que se excluem do jogo das demais, Jesus denuncia a rejeição dos chefes do judaísmo. João, austero no seu vestir, no seu hábitat e em sua alimentação, inicia o anúncio do Reino. A seguir Jesus, o Filho do Homem (o Humano), veste-se e alimenta-se normalmente e vive nos espaços comuns das cidades e dos campos. Tanto João, na sua austeridade, como Jesus, na sua naturalidade e alegria de vida, foram rejeitados e difamados pelos chefes religiosos e políticos de Israel. Porém, os pequenos e humildes, dentro e fora do judaísmo, pelas obras de Jesus reconheceram sua sabedoria.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Pequenos para entrar no Reino


Leitura Orante

Mt 11,11-15

Eu afirmo a vocês que isto é verdade: de todos os homens que já nasceram, João Batista é o maior. Porém quem é menor no Reino do Céu é maior do que ele. Desde os dias em que João anunciava a sua mensagem, até hoje, o Reino do Céu tem sido atacado com violência, e as pessoas violentas tentam conquistá-lo. Até o tempo de João, todos os Profetas e a Lei de Moisés falaram a respeito do Reino. E, se vocês querem crer na mensagem deles, João é Elias, que estava para vir. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.

Comentário do Evangelho

João Batista foi o precursor de Jesus.

João Batista foi o precursor de Jesus. No tempo do Advento, que precede a celebração do mistério da encarnação do Filho de Deus, na liturgia se faz com insistência a sua memória. João Batista foi uma personalidade extremamente forte e marcante. Conclamando o povo ao batismo da conversão à justiça que remove o pecado, João suscitou a ira de Herodes, tetrarca da Galiléia, e dos chefes religiosos de Israel. Ele, filho de sacerdote, rompeu com a linhagem sacerdotal e com o templo, expressão máxima do judaísmo, para fazer seu anúncio profético no deserto. Afastando-se de Jerusalém, dirigiuse ao deserto proclamando sua mensagem tão original e forte, que atraiu Jesus. Seu batismo da conversão à justiça que remove o pecado está na origem do batismo, que é o sacramento básico da Igreja. Jesus se fez discípulo de João Batista e, em Jesus, o batismo de João foi assumido pelo Espírito Santo. Como João, Jesus faz o anúncio da conversão à justiça e da chegada do Reino dos Céus, com a novidade da participação na própria vida de Deus, a ser arrebatado pelos "menores", através da violência da ruptura com a ideologia dos poderosos deste mundo e, também, sofrendo violência por parte destes poderosos

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

I Gincana Católica de Anicuns

No dia 6 de Dezembro, foi realizado aqui em Anicuns a I Gincana Católica.
Visando dinamizar a evangelização entre a juventude, o evento foi organizado pelo Movimento de Cursilhos.
Com a Participação de 80 Jovens o Evento iniciou com a Santa Missa e depois na Estância Rafael foi realizado os jogos e o teatro com o Tema do DNJ: Exterminio da Juventude.
Como Gesto concreto o valor da inscrição foi 1Kg de alimento que será destinado aos mais necessitados.
A equipe Organizadore agradece a Participação de todos e Já Pensa em Agendar a II Gincana no Ano de 2010.







Evangelho do dia - O jugo de Jesus é suave


Leitura Orante

Mt 11,28-30

- Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.

Comentário do Evangelho

No coração de Jesus um abrigo

Depois de uma efusiva ação de graças com alegria, Jesus convida todos ao seu seguimento. É ele quem recebeu do
Pai as palavras de libertação e vida, e disto toda a sua vida foi um testemunho. Jesus manso e humilde de coração é a expressão da bem-aventurança dos mansos e de coração puro. Por sua auto-inclusão nas bem-aventuranças, vê-se que o jugo suave e leve de Jesus é a adesão às propostas do Sermão da Montanha, como realização da vontade do Pai aqui no mundo. O mundo cansa a todos pelos carregados fardos que lhes são impostos. Jesus oferece o descanso, o alívio, como um convincente motivo ao seu seguimento: os discípulos suportavam o fardo da religião do templo e da sinagoga. Era uma religião de observâncias que oprimiam e excluíam. Pela adesão à novidade de Jesus, no seu convívio, na amizade, na fraternidade e na prática do serviço, os discípulos encontram a alegria. No mundo também vigora o pesado fardo da ideologia do poder e do sucesso, mantida pelos donos do poder em vista da submissão dos oprimidos. O mundo oferece a todos a sedução da riqueza e do poder. Correndo atrás destas ofertas, as pessoas se isolam e seu coração é tomado de ansiedade e angústia. No coração de Jesus encontra-se o abrigo para as jornadas ao encontro da vida, tecendo-se laços de fraternidade e construindo-se a paz.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Imaculada: "vínculo do amor com a Trindade"



Leitura Orante

Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.

Comentário do Evangelho

O Divino e o humano se encontram

Deus manifesta seu amor no próprio ato da criação. O desabrochar da vida entre os humanos é fruto do transbordamento da vida e do amor de Deus. A concepção de Maria, a partir da união de amor de Ana e Joaquim, insere-se de modo particular nesta comunicação de amor de Deus. É o amor fecundo de seus pais que gera a vida, como tantos e tantos casais, à semelhança do Deus criador. A vida em Maria tem uma dimensão particularmente
sublime, pois nela será gerado o Filho de Deus, que abre para todos as portas da eternidade. O Divino e o humano se encontram, em uma comunhão de amor.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Jesus cura por fora e por dentro



Leitura Orante

Lc 5,17-26

Um dia Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e alguns mestres da Lei estavam sentados perto dele. Eles tinham vindo de todas as cidades da Galiléia e da Judéia e também de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes. Alguns homens trouxeram um paralítico deitado numa cama e estavam querendo entrar na casa e colocá-lo diante de Jesus. Porém, por causa da multidão, não conseguiram entrar com o paralítico. Então o carregaram para cima do telhado. Fizeram uma abertura nas telhas e o desceram na sua cama em frente de Jesus, no meio das pessoas que estavam ali. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
- Meu amigo, os seus pecados estão perdoados!
Os mestres da Lei e os fariseus começaram a pensar:
- Quem é este homem que blasfema contra Deus desta maneira? Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder.
Porém Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse:
- Por que vocês estão pensando assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os seus pecados estão perdoados" ou "Levante-se e ande"? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
- Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
No mesmo instante o homem se levantou diante de todos, pegou a cama e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram muito admirados; e, cheios de medo, louvaram a Deus, dizendo:
- Que coisa maravilhosa nós vimos hoje!

Comentário do Evangelho

Reintegração da pessoa

Os escribas e fariseus ensinavam que os doentes e aleijados eram pecadores e impuros. Nos casos em que houvesse cura, os curados deviam se apresentar ao sacerdote, no templo, com ofertas e sacrifícios. Jesus, com seu ensinamento e com sua prática, revela a falsidade de tal juízo. Ao declarar o perdão dos pecados daquele paralítico, Jesus remove a sua qualifi cação de pecador. O fato de o homem que era paralítico levantar-se e ir para casa expressa a reintegração daquele que era humilhado e excluído da religião e da sociedade. Enquanto os escribas e fariseus murmuravam pelo fato de Jesus perdoar os pecados, o povo se admirava da autenticidade e liberdade de seu agir.


sábado, 5 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Missionários na equipe de Jesus


Leitura Orante

Mt 9,35-10.1.6-8

Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos:
- A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita.
Jesus chamou os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar todas as enfermidades e doenças graves.
Pelo contrário, procurem as ovelhas perdidas do povo de Israel. Vão e anunciem isto: "O Reino do Céu está perto." Curem os leprosos e outros doentes, ressuscitem os mortos e expulsem os demônios. Vocês receberam sem pagar; portanto, dêem sem cobrar.

Comentário do Evangelho

A missão da Boa-Nova

Mateus, no seu Evangelho, após caracterizar o messianismo de Jesus com a narrativa de dez milagres, faz um sumário do seu ministério, seguindo-se o chamado dos Doze e o envio missionário. A missão distingue-se pelo ensino, com a proclamação da Boa-Nova, e pela cura dos inúmeros doentes dentre as multidões. A doença é fruto da exclusão social. Jesus tem compaixão destas multidões e se empenha em que elas sejam libertadas de seus males. Os pastores que não cuidavam das ovelhas eram os chefes religiosos de Israel, que retinham também o poder político.
Diante da necessidade de trabalhadores para a colheita, Jesus chama os Doze. Eles são enviados para exercer o ministério semelhante ao de Jesus: a proclamação da Boa-Nova do Reino.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Luz para discernir


Leitura Orante

Mt 9,27-31

Jesus saiu daquele lugar, e no caminho dois cegos começaram a segui-lo, gritando:
- Filho de Davi, tenha pena de nós!
Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Vocês crêem que eu posso curar vocês?
- Sim, senhor! Nós cremos! - responderam eles.
Jesus tocou nos olhos deles e disse:
- Então que seja feito como vocês crêem!
E os olhos deles ficaram curados. Aí Jesus ordenou com severidade:
- Não contem isso a ninguém!
Porém eles foram embora e espalharam as notícias a respeito de Jesus por toda aquela região.

Comentário do Evangelho

Enxergar para compreender Jesus

Mateus narra a cura de dois cegos na passagem de Jesus por Jericó, a caminhode Jerusalém. Este episódio também é narrado por Marcos e Lucas, com a cura de apenas um cego. Mateus, com pequenas diferenças, repete aqui esta narrativa da cura inserida no bloco de dez milagres que ele reúne como afi rmação do caráter messiânico de Jesus. Fundamenta, assim, a autoridade que Jesus confere aos doze apóstolos em fazer exorcismos e curas em sua missão. O messianismo judaico no tempo de Jesus significava a expectativa de um novo Davi (rei ungido = messias) que libertasse os judeus, firmando um reino de poder. Esta era uma expectativa favorável às elites, pois o povo estaria sempre submisso a elas. A ideologia messiânica de poder era assimilada pelo próprio povo oprimido. Os dois cegos chamam Jesus de "filho de Davi", e ele descarta este messianismo. A cura dos cegos significa que agora começam a compreendê-lo melhor. Quando os discípulos oriundos do judaísmo se desiludem do messianismo terreno de Jesus, passam a atribuir-lhe um messianismo celeste. Jesus, manso e humilde de coração na terra, passa a ser um poderoso rei no céu.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Não basta dizer "Senhor"



Mt 7,21.24-27

Não é toda pessoa que me chama de "Senhor, Senhor" que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu.
- Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha.
- Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída.

Comentário do Evangelho

Não basta ouvir a Palavra

O Sermão da Montanha, do Evangelho de Mateus, é encerrado com esta parábola. Após a proclamação do programa a ser vivido, como realização do Reino dos Céus aqui na terra, temos a advertência de Jesus de que não basta ouvir suas palavras, mas é fundamental que sejam colocadas em prática. Ele descarta os gestos espantosos de louvores ou profecias sem frutos, expulsão dos demônios e operação de milagres. Permanecendo gestos vazios, tornam- se iníquos; é como a casa sobre a areia. Construir sobre a rocha é pôr em prática a vontade do Pai, expressa nas bem-aventuranças. Muitas vezes as pessoas se julgam piedosas e satisfeitas por invocarem e louvarem o nome do Senhor em cultos e celebrações. Contudo, Jesus pede mais. O fundamental é colocar em prática as palavras de Jesus, formando comunidades consolidadas por laços de amor e paz, abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Agradecer ao Pai e partilhar com os irmãos



Leitura Orante

Mt 15,29-37

Jesus saiu dali e foi até o lago da Galiléia. Depois subiu um monte e sentou-se ali. E foram até Jesus grandes multidões levando coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros doentes, que eram colocados aos seus pés. E ele curou todos. O povo ficou admirado quando viu que os mudos falavam, os aleijados estavam curados, os coxos andavam e os cegos enxergavam. E todo o povo louvou ao Deus de Israel. Jesus chamou os seus discípulos e disse:
- Estou com pena dessa gente porque já faz três dias que eles estão comigo e não têm nada para comer. Não quero mandá-los embora com fome, pois poderiam cair de fraqueza pelo caminho.
Os discípulos perguntaram:
- Como vamos encontrar, neste lugar deserto, comida que dê para toda essa gente?
- Quantos pães vocês têm? - perguntou Jesus.
- Sete pães e alguns peixinhos! - responderam eles.
Aí Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e os peixes e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram satisfeitos; e os discípulos ainda encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.

Comentário do Evangelho

Jesus partilha o pão com a multidão

Jesus, vindo da região gentílica de Tiro, chega às margens do mar da Galiléia. Aí, com as multidões, se dá a segunda partilha dos pães, agora em território dos gentios. A narrativa segue a mesma estrutura da primeira partilha. Mateus realça a situação de exclusão destas multidões: coxos, cegos, aleijados, mudos, às quais Jesus se consagra. Na primeira partilha, na Galiléia, com a presença também de judeus, Jesus "abençoa" os pães, conforme o uso hebraico. Agora, entre os gentios, toma os pães e "dá graças", conforme o uso entre gregos. A presença de Jesus entre os gentios e a partilha do pão com eles indica seu distanciamento do sistema religioso de Israel.


Feliz Natal!



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Evangelho do dia - Alegria e gratidão a Deus vêm juntas



Lc 10,21-24

Naquele momento, pelo poder do Espírito Santo, Jesus ficou muito alegre e disse:
- Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso.
- O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é.
Então Jesus virou-se para os discípulos e disse só para eles:
- Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Eu afirmo a vocês que muitos profetas e reis gostariam de ter visto o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ter ouvido o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram.

Comentário do Evangelho

Uma bela oração de louvor

Esta bela oração de louvor tem um estilo literário que a diferencia dos demais textos dos Evangelhos sinóticos. Ela é encontrada, também, no Evangelho de Mateus e se assemelha ao estilo do Evangelho de João. Nela temos a expressão da intimidade e do conhecimento entre Jesus e Deus Pai. Esta união entre Jesus e o Pai, e o mútuo conhecimento, que em Lucas só aparece aqui, é um tema dominante no Evangelho de João, particularmente nos capítulos 14 a 17. Neste louvor, se revela uma subversão dos valores tradicionais das sociedades que promovem o individualismo, o sucesso e o enriquecimento. Não são os sábios e entendidos, fechados em si mesmos, visando a sua promoção pessoal e seu prestígio, que entenderão a simplicidade e o despojamento vivido no Reino de Deus. O Reino é o espaço de convívio dos pequeninos, que, conhecedores de seus limites e de sua fragilidade, solidarizam- se com os irmãos no serviço recíproco e empenham-se em resgatar e promover a vida neste mundo.