terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jesus chama os quatro primeiros apóstolos



Leitura Orante
Mt 4,18-22


Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.

Chamados para a missão

Nesta narrativa de Mateus, os primeiros discípulos são chamados aos pares de irmãos: Pedro e André, Tiago e João. Pedro e André eram originários de Betsaida, cidade gentílica ao norte do Lago de Genesaré. André é um nome de origem grega. Jesus passa, chama, e os discípulos o seguem. Esta narrativa esquemática sugere a disponibilidade que todos os fiéis devem ter em aderir ao chamado de Jesus. A imagem da "pesca de homens" aparece na tradição do Primeiro Testamento como indicando o momento do juízo final. Não se trata de um proselitismo, arregimentar seguidores para engrossar as fileiras do líder. O anúncio da proximidade do Reino e o apelo à conversão indicam que é chegado o momento decisivo da adesão a Deus. Os discípulos são chamados para a missão de proclamarem este anúncio. São as palavras de Jesus e sua própria presença que comunicam ternura aos corações. A adesão a Deus se dá pela adesão ao irmão. Perceber a presença de Deus nele e entrar em comunhão com ele valorizando-o em tudo que tem de positivo. São estes os laços que fundamentam a vida na comunidade e o estabelecimento de uma sociedade justa e digna.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fé sem fronteiras

Leitura Orante
Mt 8,5-11


Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse:
- Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais.
- Eu vou lá curá-lo! - disse Jesus.
O oficial romano respondeu:
- Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó.

Jesus cura o servo do centurião


Esta narrativa envolvendo a fé de um centurião é encontrada, com pequenas diferenças, no Evangelho de Lucas. Contudo é também encontrada no Evangelho de João, com vários pontos divergentes. Porém podemos perceber que todas têm uma origem comum na tradição surgida dentre as primeiras comunidades cristãs. A centralidade do episódio está em dois aspectos: o primeiro e principal aspecto é a grande fé de um gentio e o outro, a cura a distância.
A fé do gentio opõe-se à incredulidade dos israelitas, e o gentio passa a tomar lugar na mesa do Reino. Jesus chama e acolhe a todos, sem eleitos nem excluídos. Jesus cura o servo sem ir à casa do centurião. A cura a distância soma-se à cura pelo toque, tão presente em várias outras narrativas. Esta fé operante, pela simples palavra de Jesus, supre a sua ausência sensível nas comunidades ao longo da história.

sábado, 27 de novembro de 2010

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS


A necessidade de vigiar

Leitura Orante
Lc 21,34-36


E Jesus terminou, dizendo:
- Fiquem alertas! Não deixem que as festas, ou as bebedeiras, ou os problemas desta vida façam vocês ficarem tão ocupados, que aquele dia pegue vocês de surpresa, como se fosse uma armadilha. Pois ele cairá sobre todos no mundo inteiro. Portanto, fiquem vigiando e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier.

Comunicar a liberdade e a vida

O ano litúrgico encerra-se hoje com o incitamento à vigilância e à oração, no fim do "discurso escatológico", conforme o Evangelho de Lucas. Vivemos o dia da presença do Reino de Deus no mundo, que vem sobre nós como uma armadilha. Mas no mundo também estão presentes os seus poderosos "donos" que combatem o Reino, bem como combatem entre si mesmos, em um processo autodestrutivo. Eles procuram apanhar a todos com outras armadilhas, que não vêm de Deus. Têm como meta suprema a acumulação de riqueza, que é feita a partir da exploração dos empobrecidos. Sua principal armadilha é a ideologia que infundem, incutindo nos empobrecidos a esperança de que um dia alguns deles poderão tornar-se ricos também. Os iludidos, mesmo vivendo em condições de carência e exclusão, são tomados pela ansiedade do enriquecimento, tornando-se indiferentes à solidariedade fraterna que leva à comunhão de vida. A atenção à Palavra de Deus e a oração libertam os discípulos destas armadilhas. De pé, unidos em comunidades, libertam-se da apatia e se dedicam, com entusiasmo, à construção de um mundo novo possível.
hoje é o tempo de amar, é o dia de comunicar a liberdade e a vida, semeando a paz, na alegria da fraternidade dos filhos de Deus.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Missa em Ação de Graças pelos 50 anos do CERTA

A direção do Colégio Estadual Rosa Turisco de Araújo ( CERTA ), veio celebrar conosco a vida de família que esta instituição se propõe a 50 anos. Foi uma celebração muito linda; bastante movimentada. Ressaltou-se o ensino como prioridade de instruir o cidadão, a cidadã como protagonista de uma sociedade mais justa e fraterna. Na homilia o Pe. Carlinhos, partilhou a Carta Pastoral de nosso Bispo, o qual apresenta a Carta Pastoral de D. Stanislau
( de 1965 ), onde é expressa uma profunda gratidão aos professores, por formarem os novos homens e mulheres, não semente nas ciências exatas, mas também na religião; na reverência ao Deus da Vida, no compromisso com a dignidade da vida de cada próximo. Ao final, fez-se uma breve adoração ao santíssimo. Recebemos D´Ele a bênção; Cantamos os parabéns e fizemos algums fotos ao lado de alunos, direção, ex-alunos, ex-professores, etc. 

Equipe Celebrativa



 

O sinal da figueira

 
Leitura Orante
Lc 21,29-33

Em seguida Jesus fez esta comparação:
- Vejam o exemplo da figueira ou de qualquer outra árvore. Quando vocês vêem que as suas folhas começam a brotar, vocês já sabem que está chegando o verão. Assim também, quando virem acontecer aquelas coisas, fiquem sabendo que o Reino de Deus está para chegar. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: essas coisas vão acontecer antes de morrerem todos os que agora estão vivos. O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre.

A parábola da figueira

Esta curta parábola está inserida no "discurso escatológico". O escatológico-apocalíptico, que é a expectativa de um fim glorioso para Israel, tem sua origem na tradição do Dia de Javé, o dia da vingança sobre os seus inimigos e de glória e poder para o "povo eleito". Os discípulos originários do judaísmo, com sua visão messiânico-escatológica ainda não compreendiam as palavras de Jesus. Jesus os adverte: "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo...". Na parábola as árvores que brotam indicam a proximidade do verão que é tempo de frutos e colheita. Jesus refere-se à chegada do Reino de Deus.
A encarnação é a nova criação e a salvação, que acontece hoje. É o Reino entre nós. "Nasceu-vos hoje um Salvador... hoje se cumpriu esta escritura que estais ouvindo... é preciso que eu permaneça em tua casa hoje... hoje a salvação chegou a esta casa... hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". A tensão que se estabelece é a tensão da esperança. A esperança é o desejo ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite à participar do banquete da Vida.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Haverá sinais


Lc 21,20-28

Jesus disse ainda:
- Quando vocês virem a cidade de Jerusalém cercada por exércitos, fiquem sabendo que logo ela será destruída. Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes. Quem estiver na cidade, que saia logo. E quem estiver no campo, que não entre na cidade. Porque aqueles dias serão os "Dias do Castigo", e neles acontecerá tudo o que as Escrituras Sagradas dizem. Ai das mulheres grávidas e das mães que ainda estiverem amamentando naqueles dias! Porque virá sobre a terra uma grande aflição, e cairá sobre esta gente um terrível castigo de Deus. Muitos serão mortos à espada, e outros serão levados como prisioneiros para todos os países do mundo. E os não-judeus conquistarão Jerusalém, até que termine o tempo de eles fazerem isso.
E Jesus continuou:
- Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas. Em todo o mundo muitas pessoas desmaiarão de terror ao pensarem no que vai acontecer, pois os poderes do espaço serão abalados. Então o Filho do Homem aparecerá descendo numa nuvem, com poder e grande glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos.

Humanidade libertada

O prenúncio inicial sobre a destruição do Templo é completado, agora, com o prenúncio da destruição da própria cidade de Jerusalém. Lucas escreve seu Evangelho na década de 80, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída pelas tropas do general romano Tito, e seu texto reflete o fato já acontecido. O fim de Jerusalém, na visão dos cristãos convertidos do Judaísmo, tinha o caráter escatológico da inauguração dos novos tempos, com a manifestação plena do Filho do homem, no desabrochar da nova em Jesus.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Acesso ao Blog: Mês de Novembro/10

Fiquem firmes!

Leitura Orante
Lc 21,12-19


- Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos.

Discurso escatológico

O Evangelho de hoje é uma parte do "discurso escatológico", que vem em seguida ao anúncio de Jesus sobre a destruição do Templo, reproduzido nos três Evangelhos sinóticos. Os evangelistas devem tê-lo coletado em fontes comuns que circulavam nas primeiras comunidades. Nas décadas após a morte de Jesus, aguçou-se o conflito entre os cristãos e os judeus. Ainda mais, na década de 80, após a destruição do Templo, os cristãos oriundos do Judaísmo que mantiveram firmemente sua fé foram expulsos das sinagogas e perseguidos pelos judeus que os denunciavam ao Império Romano. Estes textos escatológicos devem ter em sua origem ensinamentos de Jesus, os quais depois foram ampliados pelas comunidades que enfrentavam o novo contexto de perseguições, sentindo-se isoladas. Os discípulos de Jesus, ao longo da história, comprometidos com a libertação e o reerguimento dos pobres oprimidos, têm vivido, de diversas maneiras, a repressão e até a morte impostas pelos poderosos. É na perseverança que, unidos a Jesus, entram na vida eterna.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Encontro da Juventude Missionária

Neste domingo ( dia 21) nossa paróquia recebeu uma bênção toda especial: celebramos uma tarde com a juventude missionária. Sob o tema: " Ainda é possível acreditar, mesmo sendo jovem, éramos 76 participantes - Palmeiras, Nazário, Choupana e Anicuns. Fizemos uma oração orientada pela palavra de Deus em Apocalipse 3,20-22; Tivemos uma apresentação do Ministério de Teatro "Anjos de Deus", numa encenação de valorização e resgate à dignidadeda vida jovem; Assistimos aos clipes dos últimos 03 Congressos da Juventude ( CONJOCA ); Meditamos o vídeo da Beata Chiara Luce Baldano - Uma jovem que tem conquistado o mundo com seu jeito determinado de viver o Evangelho. Por fim, meditamos o Evangelho ( LC 10,29ss ) - A prática do "Bom Samaritano" , acolhendo a fala de Jesus: " Vai, e faça você também o mesmo!" Daí saímos numa caminhada missionária pelas ruas até a Capela Sagrado Coração de Jesus, onde concluímos com a celebração da Santa Missa e uma lanche comunitário.

* Impressões:

- " Para mim um momento muito forte foi quando o Pe. Carlinhos nos consagrou ao Sagrado Coração de Jesus." ( Gustavo de Palmeiras )

- " Para mim o Evangelho expresso no rosto de Chiara Luce, me fala que eu também posso viver o Evangelho hoje". ( Eloara de Nazário)

- " Eu entendi que o que eu posso fazer ao meu próximo devo fazer hoje, como o Bom Samaritano". ( Mariana - Anicuns)

- " Concerteza este momento com a Juventude, acrescentou muito na vida de cada um que estava presente. Pudemos compreender que precisamos sair do nosso comodismo para ir ao encontro daquele que está precisando de nós, e assim ainda acreditar que podemos transformar o mundo com o pouco que fizermos."
( Anderson - Anicuns)


 



As aparências desaparecerão

 Leitura Orante
Lc 21,5-11


Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias.

A vinda do Filho do Homem

Nos Evangelhos sinóticos encontramos conjuntos de textos escatológicos sobre a vinda do referências à destruição de Jerusalém. Eles integram os "discursos escatológicos" de Mateus (caps. 24-25) e Marcos (cap. 13), e dois discursos em Lucas: o primeiro (Lc 17,22-37) destaca a vinda do Filho do homem, e o segundo (Lc 21,5-11) destaca o prenúncio da destruição de Jerusalém e do Templo. Neste, Jesus inicia sua fala aludindo à destruição do Templo, passando, em seguida, aos sinais que a precederão: guerras e perseguições. Há um consenso de que estes textos são uma profecia ex eventu, isto é, escrita após os acontecimentos, tendo sua origem nas primeiras comunidades, após a destruição de Jerusalém e do Templo no ano 70. Seu sentido é induzir as comunidades oriundas do Judaísmo a abandonarem a antiga doutrina emanada do Templo e acolherem a novidade de Jesus.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Que fez a maior oferta?

Leitura Orante
Lc 21,1-4


Jesus estava no pátio do Templo, olhando o que estava acontecendo, e viu os ricos pondo dinheiro na caixa das ofertas. Viu também uma viúva pobre, que pôs ali duas moedinhas de pouco valor. Então ele disse:
- Eu afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque os outros deram do que estava sobrando. Porém ela, que é tão pobre, deu tudo o que tinha para viver.

Pobre viúva

Jesus, em Jerusalém, nos últimos dias do seu ministério, circulava pelo Templo, ensinando. O ambiente é imponente por seu luxo. Muralhas de pedra, grandes pátios com arcadas e a grande construção central do Templo, com pedras e ornatos com placas de ouro. Uma dependência do Templo, o Tesouro, guardava as riquezas acumuladas das ofertas. Aí circulam os escribas e os sacerdotes, com roupas ostentando prestígio, e os ricos que faziam polpudas ofertas. A ostentação de riqueza é um instrumento de dominação pela humilhação do pobre. Desfilavam, também, multidões de populares e camponeses, tímidos e humilhados que, com grandes sacrifícios, traziam suas ofertas de obrigação ao Templo. Certamente o montante de suas ofertas, somadas, superava as ofertas dos ricos, bem menos numerosos. Jesus chama a atenção sobre o contraste entre a oferta do rico e a oferta da pobre viúva. Aliados e beneficiados pelo sistema do Templo, os ricos davam, certamente, uma parte do supérfluo de suas riquezas, acumuladas a partir da exploração sobre os pobres. O pobre dava sacrificando tudo que tinha, compelido pela ideologia religiosa de um sistema desumano de domínio e exploração. Destacando o gesto da pobre viúva, Jesus chama a atenção para a desumanidade deste Templo, sede da teocracia de Israel.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Mestre purifica o Templo

Leitura Orante
Lc 19,45-48


Jesus entrou no pátio do Templo e começou a expulsar dali os vendedores. Ele lhes disse:
- Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será uma 'Casa de oração'." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões.
Jesus ensinava no pátio do Templo todos os dias. Os chefes dos sacerdotes, os mestres da Lei e os líderes do povo queriam matá-lo. Mas não achavam jeito de fazer isso, pois todos o escutavam com muita atenção.

Denúncia do Templo

Nesta ação simbólica de Jesus e em sua fala, temos a denúncia do Templo, com o seu comércio, como sendo a corrupção da expressão religiosa da presença de Deus. Os Evangelhos sinóticos situam este fato no final do ministério de Jesus, em sua visita a Jerusalém, por ocasião da festa da Páscoa dos judeus, quando ele será crucificado pelos chefes religiosos. O Evangelho de João situa a denúncia no início do ministério de Jesus (Jo 2,13-17). O Templo de Jerusalém era o núcleo do poder do Judaísmo. Este era uma teocracia que englobava os poderes religioso, econômico e político. O Templo tinha um anexo, o Tesouro, onde eram depositadas as riquezas acumuladas a partir dos diversos tributos prescritos pela Lei, conforme as interpretações rabínicas. As grandes festas religiosas na cidade contribuíam para este enriquecimento, particularmente porque cada devoto era obrigado a gastar em Jerusalém uma parte de sua renda anual. A denúncia do Templo, por parte de Jesus, visa à libertação do povo oprimido sob o jugo de uma instituição que, em nome de Deus, favorecia o enriquecimento das elites e excluía as maiorias empobrecidas. Com Jesus o Templo é a comunidade dos discípulos que oram e recebem o Espírito Santo, fazendo a vontade do Pai.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Jesus chora sobre Jerusalém

Leitura Orante
Lc 19,41-44


Quando Jesus chegou perto de Jerusalém e viu a cidade, chorou com pena dela e disse:
- Ah! Jerusalém! Se hoje mesmo você soubesse o que é preciso para conseguir a paz! Mas agora você não pode ver isso. Pois chegarão os dias em que os inimigos vão cercá-la com rampas de ataque, e vão rodeá-la, e apertá-la de todos os lados. Eles destruirão completamente você e todos os seus moradores. Não ficará uma pedra em cima da outra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para salvá-la.

Jerusalém

Após caminhar cerca de cento e trinta quilômetros, vindo da Galileia e atravessando a Samaria, Jesus com seus discípulos aproximam-se de Jerusalém. Ao longo do caminho, sabendo que seus discípulos ainda não entenderam a sua missão, fixados na expectativa de um messias glorioso, Jesus tentou esclarecê-los várias vezes, falando sobre as provações que o aguardavam nesta cidade. Jerusalém é uma cidade fundada por Davi, que aí centralizou seu poder. Este poder se assentava sobre três pilares: a burocracia, o exército e o culto religioso. Com a elaborada teologia da eleição divina da casa de Davi à frente de Israel, a cidade e o Templo adquiriram um caráter de santidade. Porém já os profetas do Primeiro Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção que aí reinavam. Com a invasão da Babilônia, cidade e templo tiveram sua primeira destruição. Os mitos não resistem para sempre, diante da realidade. Já perto da cidade de Jerusalém, Jesus chora sobre ela. A cidade está entregue nas mãos de ambiciosos e cegos de poder que rejeitam a paz e, ao pretenderem fazer a guerra, serão destruídos. Jesus visita Jerusalém, porém é rejeitado e morto. A próxima visita será do imperador romano Tito com suas tropas, que incendiarão a cidade com o Templo.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Encontro das Viúvas

Celebrando o dia de Santa Isabel da Hungria, outra exemplar viúva, fizemos mais um momento de convivência no Grupo das Viúvas de Santa Francisca Romana. Éramos 50 viúvas, com o Pe. Carlinhos. Tivemos a grata visita do Professor Jairo, o qual mesmo sendo evangélico, dirigiu-nos uma palavra incentivadora. Nosso próximo encontro será 08/12, com uma confraternização de natal. Somos gratas a Deus por mais esta convivência!



 

As dez moedas de ouro



Lc 19,11-28

Jesus contou uma parábola para os que ouviram o que ele tinha dito. Agora ele estava perto de Jerusalém, e por isso eles estavam pensando que o Reino de Deus ia aparecer logo. Então Jesus disse:
- Certo homem de uma família importante foi para um país que ficava bem longe, para lá ser feito rei e depois voltar. Antes de viajar, chamou dez dos seus empregados, deu a cada um uma moeda de ouro e disse: "Vejam o que vocês conseguem ganhar com este dinheiro, até a minha volta."
- Acontece que o povo do seu país o odiava e por isso mandou atrás dele uma comissão para dizer que não queriam que aquele homem fosse feito rei deles.
- O homem foi feito rei e voltou para casa. Aí mandou chamar os empregados a quem tinha dado o dinheiro, para saber quanto haviam conseguido ganhar. O primeiro chegou e disse: "Patrão, com aquela moeda de ouro que o senhor me deu, eu ganhei dez."
- "Muito bem!" - respondeu ele. - "Você é um bom empregado! E, porque foi fiel em coisas pequenas, você vai ser o governador de dez cidades."
- O segundo empregado veio e disse: "Patrão, com aquela moeda de ouro que o senhor me deu, eu ganhei cinco."
- "Você vai ser o governador de cinco cidades!" - disse o patrão.
- O outro empregado chegou e disse: "Patrão, aqui está a sua moeda. Eu a embrulhei num lenço e a escondi. Tive medo do senhor, porque sei que é um homem duro, que tira dos outros o que não é seu e colhe o que não plantou."
- Ele respondeu: "Você é um mau empregado! Vou usar as suas próprias palavras para julgá-lo. Você sabia que sou um homem duro, que tiro dos outros o que não é meu e colho o que não plantei. Então por que você não pôs o meu dinheiro no banco? Assim, quando eu voltasse da viagem, receberia o dinheiro com juros."
- E disse para os que estavam ali: "Tirem dele a moeda e dêem ao que tem dez."
Eles responderam:
- "Mas ele já tem dez moedas, patrão!"
- E o patrão disse:
- "Eu afirmo a vocês que aquele que tem muito receberá ainda mais; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E agora tragam aqui os meus inimigos, que não queriam que eu fosse o rei deles, e os matem na minha frente."
Depois de dizer isso, Jesus foi adiante deles para Jerusalém.

Louvai a Deus

Lucas adapta uma parábola, já sutil e estranha, utilizada por Mateus (cf. 28 ago.). Ela usa imagens da teologia imperial messiânicodavídica, pouco condizentes com a índole de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos. A estrutura da parábola, gerada na cultura semítica, envolve a crueldade do poder e a ambição do dinheiro. O Reino de Deus é o reino dos pobres, mansos, pacíficos e misericordiosos, com Louvai a Deus fome e sede de justiça e partilha.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jesus e Zaqueu

Leitura Orante
Lc 19,1-10


Jesus entrou em Jericó e estava atravessando a cidade. Morava ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos. Ele estava tentando ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, pois Zaqueu era muito baixo. Então correu adiante da multidão e subiu numa figueira brava para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse a Zaqueu:
- Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.
Zaqueu desceu depressa e o recebeu na sua casa, com muita alegria. Todos os que viram isso começaram a resmungar:
- Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!
Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:
- Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais.
Então Jesus disse:
- Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido.

Zaqueu
Em uma narrativa anterior, Lucas descreve o episódio do homem rico que procura Jesus em busca da vida eterna (Lc 18,18-27). Jesus lhe propõe abrir mão de sua riqueza e seguilo. O homem então se entristece e Jesus fala sobre a dificuldade de um rico entrar no Reino de Deus. Agora Zaqueu, muito rico, é acolhido por ele, mesmo sendo um publicano excluído. Zaqueu, cheio de alegria, dispõe-se a partilhar suas riquezas com os pobres e reparar as injustiças através das quais enriqueceu. Jesus revela o amor do Pai, que a ninguém exclui. Os ricos é que excluem a si mesmos se permanecerem apegados a sua riqueza. Todos são chamados por Jesus à conversão à bemaventurança da pobreza, a deixar de acumular riquezas para si e a partilhar, com os pobres e excluídos, as que possuem.

sábado, 13 de novembro de 2010

A justiça de Deus é amor para todos

Leitura Orante
Lc 18,1-8


Jesus contou a seguinte parábola, mostrando aos discípulos que deviam orar sempre e nunca desanimar:
- Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava ninguém. Nessa cidade morava uma viúva que sempre o procurava para pedir justiça, dizendo: "Ajude-me e julgue o meu caso contra o meu adversário!"
- Durante muito tempo o juiz não quis julgar o caso da viúva, mas afinal pensou assim: "É verdade que eu não temo a Deus e também não respeito ninguém. Porém, como esta viúva continua me aborrecendo, vou dar a sentença a favor dela. Se eu não fizer isso, ela não vai parar de vir me amolar até acabar comigo."
E o Senhor continuou:
- Prestem atenção naquilo que aquele juiz desonesto disse. Será, então, que Deus não vai fazer justiça a favor do seu próprio povo, que grita por socorro dia e noite? Será que ele vai demorar para ajudá-lo? Eu afirmo a vocês que ele julgará a favor do seu povo e fará isso bem depressa. Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?

Importância da oração

Lucas, em seu Evangelho, dá um destaque especial a três temas: a revelação da misericórdia de Deus, a denúncia do escândalo da divisão da sociedade em ricos e pobres, e a importância da oração. Em relação a este último tema, várias vezes ele narra momentos de oração de Jesus e apresenta duas singelas parábolas que revelam a importância da oração. Nesta parábola de hoje, de compreensão simples, os personagens são uma viúva e um juiz iníquo que não respeitava homem algum. Ela mostra como os pequenos e excluídos, injustiçados, devem clamar a Deus por seus direitos, lutando pela implantação da verdadeira justiça. A oração é uma prática presente em todas as religiões. É um dos momentos de encontro com Deus. Com Jesus aprendemos, de maneira simples, como orar. A sentença final nos desafia a mantermos viva a nossa fé.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desenho Animado: "A arca de Noé!"

1ª Parte

2ª Parte

Tudo tem reflexo na eternidade


LeituraOrante
Lc 17,26-37

Como foi no tempo de Noé, assim também será nos dias de antes da vinda do Filho do Homem. Todos comiam e bebiam, e os homens e as mulheres casavam, até o dia em que Noé entrou na barca. Depois veio o dilúvio e matou todos. A mesma coisa aconteceu no tempo de Ló. Todos comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. No dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e matou todos. Assim será o dia em que o Filho do Homem aparecer. Aí quem estiver em cima da sua casa, no terraço, desça, e fuja logo, e não perca tempo entrando na casa para pegar as suas coisas. E quem estiver no campo não volte para casa. Lembrem da mulher de Ló. A pessoa que procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo terá a vida verdadeira. Naquela noite duas pessoas estarão dormindo numa mesma cama. Eu afirmo a vocês que uma será levada, e a outra, deixada. Duas mulheres estarão moendo trigo juntas: uma será levada, e a outra, deixada. [Naquele dia, dois homens estarão trabalhando na fazenda: um será levado, e o outro, deixado.]
Então os discípulos perguntaram:
- Senhor, onde vai ser isso?
Ele respondeu:
- Onde estiver o corpo de um morto, aí se ajuntarão os urubus.

Reino de acolhida


Lucas reúne, neste texto, fragmentos da tradição escatológica, elaborados pelas comunidades originárias do Judaísmo, inspiradas nas imagens violentas frequentes no Primeiro Testamento. Estes fragmentos podem ser encontrados no "discurso escatológico", em Mateus (cap. 24) e em Marcos (cap. 13). O fim trágico seria semelhante ao dilúvio, nos dias de Noé, ou à destruição de Sodoma, nos dias de Ló. Algumas passagens podem ser acréscimos, aludindo à destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70. Com o passar do tempo, a expectativa escatológica de um trágico fim iminente foi cedendo lugar à compreensão da presença, já, do Reino de acolhida, amor e paz, entre nós. Os discípulos empenhados na implantação da justiça, hoje, em vista de um novo mundo, preservam sua
vida na comunhão com Jesus e o Pai.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

1ª Eucaristia _ Comunidade São Vicente de Paula


Sob as copiosas bênçãos de Deus, pela intercessão de São Vicente de Paula, nossa comunidade Capela São Vicente de Paula na Vila São Vicente celebrou a Primeira Comunhão para nossos adolescentes orientados pela catequista “Linda”.
Foi um dia muito especial, pois era o dia da celebração litúrgica de todos os santos e santas de Deus. E a Eucaristia é o alimento, por excelência, para a Santidade.
Parabéns a toda a comunidade, e rezemos pela santidade de todos!


 

Entre dez, apenas um foi grato

Leitura Orante
Lc 17,11-19
Jesus continuava viajando para Jerusalém e passou entre as regiões da Samaria e da Galiléia. Quando estava entrando num povoado, dez leprosos foram se encontrar com ele. Eles pararam de longe e gritaram:
- Jesus, Mestre, tenha pena de nós!
Jesus os viu e disse:
- Vão e peçam aos sacerdotes que examinem vocês.
Quando iam pelo caminho, eles foram curados. E, quando um deles, que era samaritano, viu que estava curado, voltou louvando a Deus em voz alta. Ajoelhou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Jesus disse:
- Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove? Por que somente este estrangeiro voltou para louvar a Deus?
E Jesus disse a ele:
- Levante-se e vá. Você está curado porque teve fé.
Tua fé te salvou

Lucas realça como os samaritanos antecedem aos judeus na adesão a Jesus. O leproso era um excluído pela religião do Judaísmo. A sua cura significa a libertação desta ideologia religiosa excludente e a sua integração social. Dez leprosos foram ao encontro de Jesus, permanecendo a distância, conforme a Lei exigia, e imploraram-lhe sua misericórdia. O leproso curado devia apresentar-se ao sacerdote, conforme a Lei. Jesus, ao enviá-los para se apresentarem, indicava que já lhes havia concedido a cura. Uma vez curados, nove continuam o caminho no cumprimento do legalismo religioso. Só um, samaritano, entende que deve voltar a Jesus para agradecer-lhe e louvar a Deus. A fé dos outros nove não foi suficiente para entenderem que Jesus queria libertá-los da ideologia opressora do sistema do Templo. Só o samaritano o percebe. Este está livre: "Levanta-te e vai! Tua fé te salvou!".

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jesus manifesta seu amor à Igreja

Leitura Orante
Jo 2,13-22

Alguns dias antes da Páscoa dos judeus, Jesus foi até a cidade de Jerusalém. No pátio do Templo encontrou pessoas vendendo bois, ovelhas e pombas; e viu também os que, sentados às suas mesas, trocavam dinheiro para o povo. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou toda aquela gente dali e também as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos que trocavam dinheiro, e as moedas se espalharam pelo chão. E disse aos que vendiam pombas:
- Tirem tudo isto daqui! Parem de fazer da casa do meu Pai um mercado!
Então os discípulos dele lembraram das palavras das Escrituras Sagradas que dizem: "O meu amor pela tua casa, ó Deus, queima dentro de mim como fogo."
Aí os líderes judeus perguntaram:
- Que milagre você pode fazer para nos provar que tem autoridade para fazer isso?
Jesus respondeu:
- Derrubem este Templo, e eu o construirei de novo em três dias!
Eles disseram:
- A construção deste Templo levou quarenta e seis anos, e você diz que vai construí-lo de novo em três dias?
Porém o templo do qual Jesus estava falando era o seu próprio corpo. Quando Jesus foi ressuscitado, os seus discípulos lembraram que ele tinha dito isso e então creram nas Escrituras Sagradas e nas palavras dele.


Presença de Deus entre nós

O Evangelho de João refere-se à festa da Páscoa, no Templo de Jerusalém, como sendo "dos judeus", situando Jesus à parte. De fato, as celebrações do Templo ocorrem em um contexto de opressão e exploração do povo, contradizendo a tradição de libertação, associada ao êxodo. O Templo tornou-se sede do poder religioso e político da teocracia religiosa. Conjugado ao Templo havia o Tesouro, um anexo onde era acumulada a riqueza resultante das ofertas de multidões vindas de várias regiões e usufruída pela casta religiosa. Jesus não só denuncia estas distorções, mas revela-se como o verdadeiro Templo. Ele é a "tenda" da presença de Deus entre nós (Jo 1,14). O templo do seu corpo permanece eternamente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Convite - Comunidade Vila São Vicente

CONVITE

A Comunidade da Vila São Vicente juntamente com o Pe. Carlos e os novenarios convidam a você e sua famiília para Participar das Novenas em Louvor a São Vicente de Paula:


  • 06/11/2010 - José Rosa & Família
  • 13/11/2010 - Silvio & Família
  • 20/11/2010 - Seleone & Família
  • 04/12/2010 - David e Família
  • 11/12/2010 - Dona Ev e Família
Todos os dias haverá a celebração e em seguida confraternizações com Leilões.




Jesus fala de escândalo e fé

Leitura Orante
Lc 17,1-6

Jesus disse aos seus discípulos:
- Sempre vão acontecer coisas que fazem com que as pessoas caiam em pecado, mas ai do culpado! Seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar com uma grande pedra de moinho amarrada no pescoço do que fazer com que um destes pequeninos peque. Tenham cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se arrepender, perdoe. Se pecar contra você sete vezes num dia e cada vez vier e disser: "Me arrependo", então perdoe.
Os apóstolos pediram ao Senhor:
- Aumente a nossa fé.
E ele respondeu:
- Se a fé que vocês têm fosse do tamanho de uma semente de mostarda, vocês poderiam dizer a esta figueira brava: "Arranque-se pelas raízes e vá se plantar no mar!" E ela obedeceria.

A fé pode operar grandes coisas

Lucas reúne aqui três unidades de texto que aparecem em locais diferentes nos Evangelhos de Marcos e Mateus. São três advertências, uma sobre o escândalo, outra sobre o perdão e a terceira sobre a fé, endereçadas à comunidade em vista do bom convívio e da missão. As ocasiões de pecado (skandala) ameaçam a comunidade dos "pequenos" (discípulos). São maus exemplos que podem vir tanto de dentro da própria comunidade como de fora. Um contundente exagero literário ilustra o triste fim destinado a estas pessoas. Em caso de ofensas ou desvios de algum irmão, ele receberá a correção fraterna. Caso se arrependa, será perdoado. A manifestação sincera do arrependimento torna o perdão sem limites; o irmão certamente sofre por algum problema que procura superar e necessita de ajuda. Os apóstolos, com pouca fé, são repreendidos por Jesus. Sua visão ainda atrelada ao Judaísmo não lhes permite ver com clareza os grandes horizontes que a fé lhes abre. Uma pequenina fé pode operar grandes coisas.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A parábola do administrador

Leitura Orante
Lc 16,1-8


Jesus disse aos seus discípulos:
- Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador."
- Aí o administrador pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas."
- Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
- "Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O administrador disse:
- "Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta."
- Para o outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
- "Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
- "Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
- As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.

O Reino de Deus é o reino da partilha

Temos aqui uma parábola exclusiva de Lucas. Ela é estruturada com muitos detalhes, a partir da imagem de um administrador que procura fazer amigos lesando a fortuna de seu patrão. Ele não rouba para si, mas dispõe da riqueza do patrão em favor de terceiros. A mensagem da parábola está em fazer o bom uso da riqueza. Toda acumulação de riqueza é injusta. Esta acumulação sempre resulta da exploração de terceiros. O Reino de Deus é o reino da partilha. A sua justiça implica o empenho de que esta riqueza esteja a serviço de todos, particularmente dos mais necessitados.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Alegria do reencontro

Leitura Orante
Lc 15,1-10

Certa ocasião, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram perto de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo:
- Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles.
Então Jesus contou esta parábola:
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.
Jesus continuou:
- Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida."
- Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados.

Alegria

Nestas duas parábolas o núcleo é a contraposição entre justo e pecador. A ovelha extraviada, ou a moeda perdida, não é o mau ou perverso, mas sim o "pecador" colocado à margem pelas castas religiosas. O justo é o hipócrita que se julga superior aos demais, sendo minucioso observante da Lei, considerando-se justificado no usufruto de privilégios e riquezas. O "pecador" é o excluído pelo sistema religioso do Templo, considerado impuro e pecador, sendo-lhe exigidas ofertas e tributos para os cofres do Templo. Jesus descarta estes critérios religiosos excludentes e opressores e, com amor misericordioso, reergue as pessoas e as integra, com alegria, na vida comunitária.

Encontre a ovelhinha perdida!

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Condições seguir Jesus

Leitura Orante
Lc 14,25-33

Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.
O seguimento de Jesus

O seguimento de Jesus, com sua proposta de vida plena para todos, se faz com liberdade em relação às tradições vinculadas aos laços de parentesco, particularmente a tradição segregativa e elitista, de "povo eleito". O "carregar a cruz" de Jesus foi o auge da repressão sofrida, articulada pelos poderosos da teocracia do Templo de Jerusalém. O discípulo também deve estar disposto a enfrentar a repressão ao exercer o serviço da palavra e sua ação libertadora, sem medo da morte. Duas curtas parábolas mostram a necessidade de tomar consciência das consequências ao decidir-se pelo seguimento de Jesus, para não vacilar diante das dificuldades que advirão. Em conclusão, o discípulo é chamado a uma renúncia total.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A morte de Jesus


Lc 23,44-46.50.52-53;24,1-6a

Mais ou menos ao meio-dia o sol parou de brilhar, e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. E a cortina do Templo se rasgou pelo meio. Aí Jesus gritou bem alto:
- Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!
Depois de dizer isso, ele morreu. Havia um homem chamado José, da cidade de Arimatéia, na região da Judéia. Ele era bom e correto e esperava a vinda do Reino de Deus. Fazia parte do Conselho Superior. José foi e pediu a Pilatos o corpo de Jesus. Então tirou o corpo da cruz e o enrolou num lençol de linho. Depois o colocou num túmulo cavado na rocha, que nunca havia sido usado.