quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Seguir Jesus é uma grande graça

Leitura Orante
Lc 10,1-12

Depois disso o Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir. Antes de os enviar, ele disse:
- A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias. E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa, façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma casa para outra.
- Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até vocês." Porém, quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, vão pelas ruas, dizendo: "Até a poeira desta cidade que grudou nos nossos pés nós sacudimos contra vocês! Mas lembrem disto: o Reino de Deus chegou até vocês."
E Jesus disse mais isto:
- Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que daquela cidade!
Jesus envia os setenta e dois

Jesus envia os setenta e dois com várias recomendações. São poucos, é preciso orar. A missão exige discernimento e dedicação. Não se deter pelo caminho, em longas saudações. Despojados, eles são mensageiros da paz. Vão anunciar a proximidade do Reino. O Reino "próximo" significa: ao seu alcance e já presente. Se rejeitados em uma cidade, deverão proclamá-lo nas ruas. Segue-se, no estilo tradicional judaico, a promessa do castigo. Mas a misericórdia de Jesus tudo supera.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desfile cavaleiros (algumas fotos)



Natanael vai a Jesus

Leitura Orante
Jo 1,47-51

Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Presença de Deus

Este diálogo de Jesus com Natanael faz parte da narrativa da adesão dos primeiros discípulos ao seguimento de Jesus (Jo 1,35-46), conforme o Evangelho de João. Jesus, ao aproximar-se de Natanael, elogia sua retidão e fidelidade às tradições do antigo Israel, antecedente do Judaísmo pós-exílico. Com uma alusão bíblica à figueira (Mq 4,4; Zc 3,10), toca Natanael, que manifesta sua crença em Jesus. Pode-se ver em Natanael a figura dos discípulos oriundos do Judaísmo que esperavam um messias nacionalista poderoso e glorioso. Porém Jesus adianta que nele próprio se manifestará a plenitude do humano (o Filho do homem), a plenitude de todos os homens e mulheres, aos quais se abrem as portas do céu. Os anjos "descendo e subindo" são uma alusão ao sonho de Jacó (Gn 28,12). Exprime a presença de Deus entre os humanos. Os anjos, como emissários ou representantes de Deus, integram as tradições persas e mesopotâmicas que foram assimiladas no Primeiro Testamento. São, ainda hoje, fonte de devoções no Cristianismo e em religiões exotéricas.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aguardar com paciência a conversão

Leitura Orante
Lc 9,51-56

Como estava chegando o tempo de Jesus ir para o céu, ele resolveu ir para Jerusalém. Então mandou que alguns mensageiros fossem na frente. No caminho eles entraram em um povoado da região de Samaria a fim de prepararem um lugar para ele. Mas os moradores dali não quiseram receber Jesus porque viram que ele estava indo para Jerusalém. Quando os seus discípulos Tiago e João viram isso, disseram:
- O senhor quer que a gente mande descer fogo do céu para acabar com estas pessoas?
Porém Jesus, virando-se para eles, os repreendeu. Então ele e os seus discípulos foram para outro povoado.

A missão de Jesus se faz na mansidão

Em seu ministério na Galileia e nos territórios gentílicos vizinhos, Jesus fez seu anúncio libertador nas cidades e povoados, entre os gentios e a minoria judaica aí presente. Jesus decide com firmeza, agora, dar o seu testemunho entre as multidões que acorriam ao centro do poder opressor, em Jerusalém. Sabia do risco que corria, pois os chefes do Templo e das sinagogas procuravam matá-lo, mas não temia enfrentá-los. A caminho de Jerusalém, envia alguns discípulos para preparar hospedagem em um povoado de samaritanos. Provavelmente os discípulos falaram de Jesus como um messias judeu, causando a rejeição dos samaritanos, desprezados pelos judeus. No Evangelho de João, Jesus, a partir da conversa com a samaritana, é bem acolhido pelos samaritanos. Os discípulos, imbuídos da ideologia do poder, propõem descer fogo do céu para destruí-los, como Elias, que degolou os profetas de Baal. São repreendidos por Jesus. Aqueles discípulos foram malsucedidos em sua missão impregnada da ideologia do poder. A missão de Jesus se faz na mansidão, na humildade, no serviço, com discípulos unidos em comunidades abertas e acolhedoras.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dinâmica de Jesus: acolhe os fracos


Leitura Orante
Lc 9,46-50
Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.

Comunhão de amor com o próximo

Marcados pela tradição cultural de dominação, característica das classes religiosas e latifundiárias da Judeia, os discípulos têm dificuldade em compreender a prática libertadora de Jesus, na humildade e no serviço às multidões dos empobrecidos e excluídos. Eles têm bem enraizada em suas mentes a tradição messiânica com a expectativa de um líder que com poder restauraria o antigo Reino de Israel e Judá, nos moldes épicos desta tradição. Discutem quem seria o maior no reino que esperavam que Jesus instaurasse. Em contraposição a esta expectativa, Jesus identifica-se com uma criança. É na humildade e na fragilidade, na esperança e no compromisso, que se entra em comunhão de amor com o próximo, com Jesus e com o Pai. À aspiração ao poder, soma-se a mentalidade discriminatória manifestada por João, em querer reprimir alguém que agia em nome de Jesus independentemente do grupo de discípulos que lhe era mais próximo. É a mentalidade da autoridade que coíbe a liberdade do Espírito. Jesus remove esta mentalidade, acolhendo todo o bem que é feito em seu nome.

domingo, 26 de setembro de 2010

Festa Paroquial

NA IGREJA MATRIZ:

* DIAS 22,23,24,25 E 26 de Setembro de 2010.
Santa Missa: 19:30 hs - Igreja Matriz
Leilões - Centro de Convenções Pe. Mathias

PROGRAMAÇÕES ESPECIAIS:

* DIA 25/09/2010 ás 10 horas - Desfile Carro de Bois
19:30 horas - Santa Missa com Carreiros e Queima de Fogos

* Dia 26/09/2010 ás 19:30 horas - Santa Missa de Encerramento Presidida
por nosso bispo Dom Carmelo




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pedro crê e testemunha

Leitura Orante
Lc 9,18-22

Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.

Jesus é o "Cristo de Deus"

Este episódio sobre a identidade de Jesus é narrado pelos três evangelistas sinóticos. Lucas o apresenta logo após a partilha dos pães. Em Marcos, o episódio situa-se por ocasião da última viagem de Jesus em território gentílico, em Cesareia de Filipe, ao norte da Galileia. Lucas não faz menção a ela no seu Evangelho. Ele opta por narrar as viagens aos gentios dentro do contexto das atividades missionárias dos apóstolos, em Atos. O diálogo entre Jesus e os discípulos é semelhante ao do Evangelho de Marcos. Jesus pergunta e os discípulos relatam as opiniões das multidões. Pedro apresenta sua opinião: Jesus é o "Cristo de Deus". Como em Marcos, tal resposta significa identificar Jesus com o messias-rei poderoso, da casta davídica. Isto é, significa alimentar as esperanças de que Jesus sublevaria as multidões para restaurar o Israel glorioso e hegemônico. Jesus proíbe severamente que digam isto. Uma falsa concepção da missão libertadora de Jesus favorece as concepções tradicionais que procuram manter o poder de elites religiosas ou políticas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Não basta ver. É preciso crer

Leitura Orante Lc 9,7-9
Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse:
- Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas?
E Herodes procurava ver Jesus.

O desejo de Herodes

A narrativa da decapitação de João Batista durante o banquete de aniversário de herodes é encontrada com muitos detalhes nos Evangelhos de Marcos e Mateus. Lucas, porém, retém apenas esta menção de herodes, na qual afirma que este último mandou cortar a cabeça de João. Entre os discípulos de Jesus havia algumas mulheres, inclusive Joana, esposa de Cuza, alto funcionário de Herodes. Este funcionário certamente teria informado herodes sobre o que estava acontecendo e causava confusão. O desejo de Herodes, que "procurava ver Jesus", conforme afirmado no texto, se realizará por ocasião da condução de Jesus à sua presença, no processo da paixão. A mera curiosidade de herodes se transforma em um instrumento de condenação de Jesus. Este, em seu ministério, identificava-se bastante com a pregação de João Batista, no anúncio da proximidade do Reino e no apelo à conversão. Daí as opiniões entre o povo de que ele seria João ressuscitado dos mortos, ou o próprio Elias, com o qual João Batista já tinha sido identificado. Esta narrativa sobre quem é Jesus prepara a outra narrativa que, no texto, vem logo a seguir, no qual a pergunta é feita pelo próprio Jesus aos seus discípulos (Mc 8,27-33).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A missão dos doze apóstolos

Leitura Orante
Lc 9,1-6

Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte.

Jesus envia seus discípulos

Os discípulos de Jesus, a partir de seu chamado, vão, progressivamente, sendo integrados por Jesus em seu ministério. A tarefa missionária desenvolve-se em três momentos: convocação (chamado), outorga de poder e envio para o anúncio. Jesus envia seus discípulos despojados de tudo. Semelhante despojamento podia ser encontrado entre os "carismáticos errantes", filósofos ou seus discípulos, que eram figuras conhecidas entre os gregos. Aí representavam a simples rejeição da maneira de viver da sociedade grega, acomodada e elitista. Para os discípulos de Jesus é diferente. Eles devem seguir despojados, entregues à providência daqueles que encontrarão nas casas, pelos caminhos. Pode-se considerar que se trata de um critério de seleção. Aqueles que se sensibilizarem e os acolherem estarão aptos para se integrarem, de imediato, no conjunto do discipulado, formando novas comunidades.
O sucesso da missão resulta da confiança e autoentrega dos enviados e da acolhida amorosa por parte dos destinatários, disponíveis para a solidariedade e para a comunhão.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fotos da Novena do dia 18-09-10

Abaixo estão as fotos da Novena do dia 18-09-10, na Chácara Barbosa, residência do Carlinhos do Zé da Nica e Família.






Fotos da Novena do dia 11-09-10

Abaixo estão as fotos da Novena realizada no dia 11-09-10 na Faz. Macacão, na residência do César Pimentel e Família.







Jesus transforma e inclui o pecador

Leitura Orante
Mt 9,9-13

Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.

Jesus chama um publicano

Os três Evangelhos sinóticos narram o chamado de um publicano por Jesus. Em Marcos e Lucas, o nome do publicano é Levi. Já no Evangelho de Mateus o nome do publicano é também Mateus. Este detalhe induziu à interpretação tradicional de que o autor do Evangelho seja este publicano. O nome "Mateus" só reaparecerá na relação dos "Doze apóstolos", nos três sinóticos. Os publicanos eram os coletores de impostos a serviço dos administradores romanos, que na Galileia estavam sob a autoridade de herodes. Nesta condição chegavam a alcançar uma posição econômica favorecida. Porém eram excluídos da sociedade religiosa judaica. Os fariseus fazem pressão sobre os discípulos de Jesus, procurando desacreditá-lo devido ao fato de comer com publicanos e pecadores. Jesus proclama a sua opção pelos excluídos e marginalizados sob formas diversas. A fidelidade a esta proclamação implica a denúncia da injustiça que reina na sociedade e na busca da construção de uma sociedade justa e fraterna, como compromisso de nossa fé.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Somos luz transmissores da grande Luz




Leitura Orante

Lc 8,16-18

Jesus continuou:
- Ninguém acende uma lamparina e depois a coloca debaixo de um cesto ou de uma cama. Pelo contrário, a lamparina é colocada no lugar próprio para que todos os que entram vejam a luz. Pois tudo o que está escondido será descoberto, e tudo o que está em segredo será conhecido e revelado.
- Portanto, tomem cuidado e vejam como vocês ouvem. Porque quem tem receberá mais; mas quem não tem, até o que pensa que tem será tirado dele.

A luz é a Palavra

Neste seu texto, Lucas segue de perto o Evangelho de Marcos, colocando este bloco de sentenças após a parábola do semeador e sua explicação. Estas sentenças estão dispersas no Evangelho de Mateus. A lâmpada acesa que ilumina, em Mateus , significa os discípulos que devem ser a luz do mundo na sua ação missionária. Em Marcos e em Lucas, a lâmpada é a Palavra, que vem revelar o oculto. Temos aqui dois sentidos: revelar a falsidade da doutrina dos fariseus, ou revelar amplamente os mistérios de Jesus, inicialmente comunicados aos discípulos.
Nesse sentido, segue-se a sentença sobre o que está escondido ou secreto, e que será descoberto e tornado público. A advertência, "olhai, portanto, a maneira como ouvis!", envolve-se em obscuridade. No Evangelho de Marcos encontra-se: "cuidado com o que ouvis!". Pode-se pensar que o Evangelho de Jesus deve ser ouvido com responsabilidade e compromisso, e não de maneira displicente e descomprometida. A sentença final é característica da sociedade que favorece a acumulação de riquezas e a exclusão. Ela pode ser adaptada àqueles que, com fé, acolhem o Reino, em oposição àqueles submissos à ideologia da Lei, que rejeitam a Palavra e perdem suas tradições abraâmicas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Boas sementes, bom terreno, bons frutos



Leitura Orante

Lc 8,4-15

Uma grande multidão, vinda de várias cidades, veio ver Jesus. Quando todos estavam reunidos, ele contou esta parábola:
- Certo homem saiu para semear. E, quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, onde foram pisadas pelas pessoas e comidas pelos passarinhos. Outras sementes caíram num lugar onde havia muitas pedras, e, quando começaram a brotar, as plantas secaram porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos, que cresceram junto com as plantas e as sufocaram. Mas algumas sementes caíram em terra boa. As plantas cresceram e produziram cem grãos para cada semente.
E Jesus terminou, dizendo:
- Quem quiser ouvir, que ouça!
Os discípulos de Jesus perguntaram o que ele queria dizer com essa parábola. Jesus respondeu:
- A vocês Deus mostra os segredos do seu Reino. Mas aos outros tudo é ensinado por meio de parábolas, para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam.
- O que essa parábola quer dizer é o seguinte: a semente é a mensagem de Deus. As sementes que caíram na beira do caminho são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém o Diabo chega e tira a mensagem do coração delas para que não creiam e não sejam salvas. As sementes que caíram onde havia muitas pedras são as pessoas que ouvem a mensagem e a recebem com muita alegria. Elas não têm raízes e por isso crêem somente por algum tempo; e, quando chega a tentação, abandonam tudo. As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem. E as sementes que caíram em terra boa são aquelas pessoas que ouvem e guardam a mensagem no seu coração bom e obediente; e, porque são fiéis, produzem frutos.


A Palavra é vida e comunicação de vida

Marcos e Mateus apresentam esta parábola e sua explicação dentro de uma coleção de várias parábolas. Lucas retira esta parábola da coleção e a coloca como preparação da cena que vem a seguir (Lc 8,19-21), na qual é mencionada a mãe de Jesus e seus irmãos. Aquele que ouve a Palavra e dá frutos pela perseverança, como a semente em terra boa, pertence à família de Jesus. A proclamação da Palavra e o ouvir não se limitam a simples emissão e recepção de sons. A Palavra é vida e comunicação de vida. Onde ela se faz presente há compaixão, solidariedade, partilha, suscitando a alegria de viver.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Atrair com a força do amor


Leitura Orante
Lc 7,36-50

Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi até a casa dele e sentou-se para comer. Naquela cidade morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Quando o fariseu viu isso, pensou assim: "Se este homem fosse, de fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a vida de pecado que ela leva."
Jesus então disse ao fariseu:
- Simão, tenho uma coisa para lhe dizer:
- Fale, Mestre! - respondeu Simão.
Jesus disse:
- Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinqüenta, mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
- Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! - respondeu Simão.
- Você está certo! - disse Jesus.
Então virou-se para a mulher e disse a Simão:
- Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei. Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés. Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.
Então Jesus disse à mulher:
- Os seus pecados estão perdoados.
Os que estavam sentados à mesa começaram a perguntar:
- Que homem é esse que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher:
- A sua fé salvou você. Vá em paz.
O "pecador", humilde, busca apoio e ajuda no irmão

Nos Evangelhos de Mateus (26,6-13), Marcos (14,3-9) e João (12,1-8) encontramos uma narrativa semelhante a esta de Lucas. Contudo, naquelas narrativas trata-se de uma mulher (Maria, irmã de Marta, em João) que simplesmente externa seu amor a Jesus. Aqui, trata-se de uma pecadora que é perdoada e, carinhosamente, manifesta seu reconhecimento. Já o fariseu, justo aos próprios olhos, não manifesta tanto amor. Enquanto o "justo" se julga autossuficiente, sendo mal-agradecido, o "pecador", humilde, busca apoio e ajuda no irmão, com sentimentos de gratidão.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Todos que crerem em Jesus serão salvos


Leitura Orante
Jo 3,13-17


Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.

Quem nele crer tem a vida eterna

O Filho do homem desceu do céu e será levantado. É o Verbo que se fez carne e vimos a sua glória. Temos aqui a dinâmica característica do Evangelho de João. Jesus desceu do céu para elevar o humano. João prima pela revelação da exaltação da condição humana a partir da encarnação do Filho de Deus, Jesus. A elevação do Filho do homem é a elevação do humano. No Livro dos Números, Moisés fez uma serpente de bronze e a levantou, para que todos a vissem. Quem recebesse a mordida mortal de uma serpente contemplava a serpente de bronze e não morria. Este antigo modelo da Lei de Moisés é substituído pela graça e verdade de Jesus (Jo 1,17). Quem nele crer tem a vida eterna. Na encarnação Deus deu seu Filho ao mundo. Jesus é dom de Deus, não para condenar, mas para comunicar a vida ao mundo. A glorificação de Jesus é fidelidade total à sua missão, sem recuar diante da morte programada pelos poderosos deste mundo. Jesus elevado na cruz é a consumação de uma vida de amor. A vida de Jesus é a glória de Deus no seu projeto de elevação da humanidade à participação de sua vida divina e eterna. Jesus cumpriu sua missão de misericórdia e amor, à qual todos somos chamados.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Eu não sou digno"


Leitura Orante
Lc 7,1-10

Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência:
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós.
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia:
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.

Todos os povos podem crer em Jesus

Encontramos esta narrativa do centurião nos Evangelhos de Mateus e Lucas (em João, em uma narrativa similar, o personagem é um funcionário real). Cada evangelista tem suas peculiaridades. Em Lucas, o centurião não vai pessoalmente a Jesus, mas envia alguns anciãos judeus. Estes testemunham que o centurião até construiu uma sinagoga para eles, porque amava seu povo. Não há no texto nenhuma palavra de Jesus anunciando a cura do doente. Embora Lucas aproxime o centurião da comunidade judaica, o destaque final é a fé deste gentio, que ultrapassa a fé do povo de Israel. A narrativa é um paradigma para as missões. Todos os povos podem crer em Jesus, por sua acolhida e por sua ação libertadora e vivificante.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reunião com Dom Carmelo

Anicuns, 10-09-10
Nossa paróquia recebeu ontem (Quinta-feira) a visita de nosso Pastor Dom Carmelo. Essa visita é um trabalho que ele está fazendo itinerante, encontrando com o padre da paróquia em participar, por primeiro e, depois, com o Conselho Pastoral Paroquial. Estiveram presentes todas as lideranças dos grupos, pastorais e movimentos, bem como lideranças das comunidades rurais e capelas. Éramos 47 participantes. Dom Carmelo apresentou o trabalho que a Diocese tem feito, registrados em nossos catálogos, diretórios, apostilas diocesanas, como também suas cartas pastorais. Deixou um carinhoso apelo para que a comunidade se reaviva e lute por fazer acontecer a EVANGELIZAÇÃO, em participar com as famílias, os jovens, na liturgia, não esquecendo - até mesmo priorizando a dimensão vocacional e a Social. * Pediu que celebremos a Liturgia Viva, e livre do" pode; não pode". E que saiamos da liturgia em missão. Por fim nos orientou para montarmos nosso plano de Pastoral Paroquial. A palavra que nos iluminou foi a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios I Cor 12, 12-21. Abençoou-nos e nos enviou! Partilhamos um lanche em confraternização.


Festa em Louvor a São Francisco de Assis

Abaixo estão as fotos da Novena do dia 04-09, na residencia do Divino Rafael e família.




Festa em Louvor a São Francisco de Assis

Abaixo estão as fotos da Novena do dia 03-09, na Comunidade da Vila São Vicente.


Cisco ou trave?


Leitura Orante Lc 6,39-42

E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
"Coração manso e humilde"
Temos aqui alguns ditos populares sobre os cegos, o discípulo e o mestre, e a trave no olho. A sabedoria popular reflete a sabedoria divina. A imagem do cego conduzindo outro cego, caindo ambos no buraco, é usada também por Mateus. Aí ela serve para indicar a impossibilidade de os fariseus, que não reconhecem Jesus, serem líderes do povo (Mt 15,14). Aqui Lucas usa a imagem no sentido de que o discípulo que não supera seu próprio limite em ver os fatos não pode ajudar o irmão. Era tradicional a fiel submissão dos discípulos a seus mestres, sem pretensões de sobrepujá-los. A alusão ao "discípulo bem formado [que] será como o mestre" diz respeito a Jesus, mestre, no qual se encontra o exemplo do serviço e do "coração manso e humilde". Deve ser superada a hipocrisia dos fariseus. Não se deve julgar superior aos irmãos e condená-los. A trave no olho é a cegueira de quem não quer ver. Ela deve ser removida para que se tenha uma sábia compreensão e avaliação de si mesmo e se reconheçam os valores e as qualidades dos irmãos, no sadio convívio comunitário.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amor x Lei de talião

Leitura Orante
Lc 6,27-38

- Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.
- Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as amam. E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso. E, se vocês emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama, para receber de volta o que emprestaram. Façam o contrário: amem os seus inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também para os ingratos e maus. Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês.
O hábito de julgar os outros
- Não julguem os outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.

Amor misericordioso sem limites

"A vós, que me escutais, eu digo." Com estas palavras somos movidos a acolher e praticar o preceito fundamental do Reino: o amor misericordioso sem limites. É uma prática nova, desconhecida entre gentios e judeus. De modo particular, Jesus remove a figura do "inimigo" tão presente e marcante no Primeiro Testamento. A história de Israel, desde suas origens, incorpora a violência, particularmente na ocupação da "terra prometida", quando os israelitas exterminaram os que aí habitavam, considerados como "inimigos". Jesus vem remover esta tradição enraizada no confronto com o "inimigo". Jesus traz a paz, fundada na reconciliação, na misericórdia e no amor.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

1ª Romaria dos Catequistas do Centro- Oeste

Foi inesquecível a nossa Romaria! A começar pelo entrosamento do nosso grupo aqui de Anicuns. Foi expressiva a participação dos Catequistas da nossa Paróquia e da nossa Diocese. Maravilhosa foi a presença e a Homilia de Dom Eugenio Rixer que presidiu a Missa no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Um presente muito belo foi a colocação do Pe. Joãozinho sobre Fé e Vida, sobre a transfiguração e a missão do Catequista no mundo. Parabéns a todos os catequistas pela missão e participação.



A verdadeira identidade de Jesus

Leitura Orante
Mt 1,1-16.18-23

Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão.
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi.
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão. Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como prisioneiros para a Babilônia.
Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel, que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim, que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó. Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta:
"A virgem ficará grávida
e terá um filho
que receberá o nome de Emanuel."

"Mãe de Deus"

O Evangelho de Mateus é minuciosamente redigido na perspectiva teológica de confirmar para as suas comunidades de judeo-cristãos que Jesus é o messias esperado por eles. Assim, Mateus elabora uma genealogia de José, inserido-o na linhagem davídica. A festa da Natividade de Maria, celebrada hoje, acontece nove meses após a sua concepção imaculada, celebrada no dia 8 de dezembro. É o nascimento da "mãe de Deus", que se insere no projeto de Deus de comunicar sua vida divina e eterna às suas criaturas, homem e mulher, transformando o mundo pelo amor, praticado na vida comum do dia a dia, trazendo a paz e a vida plena para todos.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A vida é mais importante do que o sábado

Leitura Orante
Lc 6,6-11

Num outro sábado Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita aleijada. Alguns mestres da Lei e alguns fariseus ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar alguém no sábado. Pois queriam arranjar algum motivo para o acusar de desobedecer à Lei. Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e por isso disse para o homem que tinha a mão aleijada:
- Levante-se e fique em pé aqui na frente.
O homem se levantou e ficou em pé. Então Jesus disse:
- Eu pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem:
- Estenda a mão!
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Aí os mestres da Lei e os fariseus ficaram furiosos e começaram a conversar sobre o que poderiam fazer contra Jesus.

Fazer o bem está acima da observância do sábado

Lucas, nesta sua narrativa, retoma e retoca uma narrativa anterior de Marcos (cf. 20 jan.). Com ela, os evangelistas realçam o conflito entre a prática de Jesus e a tradição dos escribas e fariseus, particularmente a observância sabática, ficando o aspecto milagroso em segundo plano. Jesus, entrando na sinagoga, sente o desafio do olhar observante daqueles chefes religiosos. Com ousadia, toma a iniciativa de chamar o homem da mão seca para o centro e o cura. Fazer o bem, promover a vida está acima da observância do sábado. O homem com a mão seca simboliza os excluídos pela sinagoga. Estão tolhidos em sua capacidade plena de agir. O olhar ostensivo de Jesus sobre os fariseus contrasta com a observação sorrateira com que espreitavam Jesus. A liberdade de Jesus é ameaçadora. Aqueles que ousam ser livres ameaçam o sistema de poder, e este só encontra uma resposta: dar um fim a estes que o ameaçam.

sábado, 4 de setembro de 2010

Jesus é o Senhor do sábado

Leitura Orante
Lc 6,1-5

Num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos começaram a colher e a debulhar espigas, e a comer os grãos de trigo. Então alguns fariseus perguntaram:
- Por que é que vocês estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado?
Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães oferecidos a Deus, comeu e deu também aos seus companheiros. No entanto é contra a nossa Lei alguém comer desses pães; somente os sacerdotes têm o direito de fazer isso.
E Jesus terminou, dizendo:
- O Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado.

Observância contra a vida?

Os Evangelhos são unânimes em registrar os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e os demais líderes religiosos, com o que indicam o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa das sinagogas e do Templo de Jerusalém, a qual estava a serviço das elites, desde o retorno da Babilônia. O povo sentia-se oprimido por ela e, rapidamente, voltou-se para Jesus. A observância do repouso sabático era, na sua inspiração original, uma defesa em relação à ambição desenfreada dos proprietários em acumular a produção, sacrificando escravos e animais. Com o rigorismo do Judaísmo, esta observância passou a ser instrumento de opressão, contra a vida. Esta narrativa, presente nos três Evangelhos sinóticos, apresenta às comunidades a justificativa para a superação da observância sabática. O argumento é a liberdade do agir de Davi e, ainda mais, a autoridade de Jesus, o "Filho do homem", que age com liberdade em relação aos vários preceitos da Lei. As comunidades devem se sentir livres e agir com criatividade na sua missão libertadora, empenhadas na restauração da vida neste mundo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vinho novo = vida nova

Leitura Orante
Lc 5,33-39

Algumas pessoas disseram a Jesus:
- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam.
Jesus respondeu:
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
Jesus fez também esta comparação:
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor."
A novidade de Jesus

Quem questiona Jesus são os fariseus e seus escribas, que já vinham murmurando contra ele (cf. Lc 5,30). Eles tinham o costume de jejuar ostensivamente duas vezes por semana. À observância do jejum, Lucas acrescenta as orações rituais, que, também, são cobradas de Jesus. Jesus sai do esquema do homem piedoso. Ele senta-se à mesa com companhias pouco recomendáveis. E não pratica aquela forma de ascese que caracteriza o homem religioso segregado: o jejum. Jesus e seus discípulos vivem a alegria das núpcias da Nova Aliança, anunciada pelos profetas. Para esta festa, vivida nas comunidades, todos estão convidados, sem discriminação, sem segregação. A novidade de Jesus está bem expressa nas duas simples parábolas que seguem. No último versículo, destoando do conjunto, Lucas faz alusão aos judeus que estão apegados à velha aliança e rejeitam a nova.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Festa em Louvor a São Francisco de Assis

Neste sábado (28-08), celebramos mais uma novena em louvor ao nosso Santo Padroeiro São Francisco de Assis. Desta vez, na residência do Idomar, Francielli e Família, na Chácara Boa Esperança. Fica o convite para você e sua família participarem neste sexta-feira (03-09), de mais uma novena na Comunidade da Vila São Vicente, na Praça Chico Loredo às 19 hs.
Abaixo estão as fotos da Novena do dia 28-08.




Jesus entra na barca de Simão e na nossa


Leitura Orante
Lc 5,1-11

Certo dia Jesus estava na praia do lago da Galiléia, e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus. Ele viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, o de Simão, e pediu que ele o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e começou a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão:
- Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar.
Simão respondeu:
- Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer.
Quando eles jogaram as redes na água, pescaram tanto peixe, que as redes estavam se rebentando. Então fizeram um sinal para os companheiros que estavam no outro barco a fim de que viessem ajudá-los. Eles foram e encheram os dois barcos com tanto peixe, que os barcos quase afundaram. Quando Simão Pedro viu o que havia acontecido, ajoelhou-se diante de Jesus e disse:
- Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!
Simão e os outros que estavam com ele ficaram admirados com a quantidade de peixes que haviam apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, também ficaram muito admirados. Então Jesus disse a Simão:
- Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente.
Eles arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus.

Anúncio da Palavra

O ministério de Jesus se inicia em contato com as multidões que a ele acorrem para ouvir a sua Palavra. Do anúncio da Palavra, Jesus passa à pesca: induz Pedro a lançar a rede e pegam grande quantidade de peixes. Diante da pregação de Jesus e de sua intuição surpreendente, Simão Pedro ajoelha-se perante ele, proclamando-se "pecador". Os trabalhadores, empobrecidos e excluídos, por exigências de suas profissões, frequentemente infringiam as centenas de observâncias da Lei, e por isso eram considerados "pecadores". Jesus remove a humilhação de Pedro, "não tenhas medo", e o convida para ser "pescador de homens" participando do anúncio da Palavra, sendo seguido pelos demais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

6º Encontro das Viúvas

Anicuns, 1º de Setembro 2010
Com a expressiva participação de 54 viíuvas celebramos nosso 6º Encontro das Viúvas de Santa Francisca Romana.Contando com a colaboração da Dª Eneuda e Dª Maria Aparecida Gerônima, meditamos a Palavra de Deus em I Cor 3,1-9 como oração inicial.Depois, lembrando de quando se rezava o terço pedindo chuva, o rezemos nesta intenção e pelas vocações..Após o Santo Terço fizemos uma partilha de nossas alegrias em grupos. Partilhamos todos juntos.
O padre fez a oração final, almoçamos em confraternização e voltamos para nossas casas.
* Não esqueçamos: Dia 21 próximo nosso Grupo das Viúvas de Santa Francisca Romana é novenário com o Jr. Valadão e a Cida na Festa de São Francisco em frente à Casa Modelo.
* Nosso próximo Encontro no Centro de Convenções Pe. Mathias será dia 13 de outubro.
Deus abençoe a todas nós!




Boas Notícias para todos

Leitura Orante Lc 4,38-44

Jesus saiu da sinagoga e foi até a casa de Simão. A sogra de Simão estava doente, com febre alta; e contaram isso a Jesus. Aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles.
Depois de anoitecer, todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou. Os demônios saíram de muitas pessoas, gritando:
- Você é o Filho de Deus!
Eles sabiam que Jesus era o Messias, e por isso ele os repreendia e não deixava que falassem.
Quando amanheceu, Jesus saiu da cidade e foi para um lugar deserto. Mas a multidão começou a procurá-lo, e, quando o encontrou, as pessoas não queriam deixá-lo ir embora. Mas Jesus disse: - Eu preciso anunciar também em outras cidades a boa notícia do Reino de Deus, pois foi para fazer isso que Deus me enviou. E ele anunciava a mensagem nas sinagogas de todo o país.

Jesus permanece firme e fiel

Na sinagoga Jesus libertara um homem possuído pelo espírito da doutrina dos fariseus. Agora liberta uma mulher, a sogra de Pedro, tomada pela febre da exclusão de gênero. Libertada, ela assume a prática característica do discipulado: o serviço. "Ao pôr do sol" termina o sábado. O povo, livre da observância sabática, acorre a Jesus transportando diversos tipos de doentes. Os excluídos, sem condições saudáveis de vida, são tomados pelas doenças, inclusive pelas doenças mentais, e ainda são possuídos e subjugados pela ideologia dos poderosos. Jesus os liberta. Pela manhã Jesus vai a um lugar deserto, certamente para orar (cf. Mc 1,35). É procurado pelas multidões que queriam retê-lo, no que se percebe a intenção de consagrá-lo como um messias. Contudo, Jesus parte, permanecendo firme e fiel à sua missão do anúncio da Boa-Nova do Reino de Deus, a ser feito a todos os povos.