sexta-feira, 30 de setembro de 2011

As cidades que não creram


Leitura Orante
Lc 10,13-16

Jesus continuou: 
- Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam se assentado no chão, vestidos com roupa feita de pano grosseiro, e teriam jogado cinzas na cabeça. No Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Tiro e de Sidom do que de vocês, Corazim e Betsaida! E você, cidade de Cafarnaum, acha que vai subir até o céu? Pois será jogada no mundo dos mortos! 
Então disse aos discípulos: 
- Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou. 

Os "ais" de Jesus

Este texto, praticamente com as mesmas palavras, está também no evangelho de Mateus. Lucas inseriu-o no fim das orientações para a missão dos setenta e dois discípulos, na Samaria. Temos aqui um contundente texto de imprecação. É um estilo característico do Antigo Testamento, sendo também encontrado na literatura grega. São os "ai" como anúncio de desgraça. Têm origem em lamentações fúnebres, tendo passado ao uso literário como lamentações de advertência sobre pessoas ou cidades passíveis de condenação. No evangelho de Lucas encontramos quatro "ais" dirigidos aos ricos, em contraposição às quatro bem-aventuranças e, como em Mateus, sete "ais" dirigidos aos fariseus, censurando sua hipocrisia. As sentenças menos duras associadas às cidades gentílicas de Tiro e Sidônia em relação às cidade de influência do judaísmo, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, indicam que os gentios estavam mais abertos do que os judeus à acolhida da novidade de Jesus. A frase final encerra as orientações para a missão. O missionário representa o próprio Jesus, enviado do Pai. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu te vi

leitura Orante
Jo 1,47-51

Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. 


Natanael vem ao encontro de Jesus

Jesus, após ser batizado, começa a fazer seu discipulado dentre os discípulos de João Batista. Depois da adesão de André, Pedro e Filipe, quando Natanael vem ao seu encontro, Jesus elogia sua retidão e sinceridade, características favoráveis à sua conversão. Com uma alusão bíblica (a figueira) toca Natanael que manifesta sua crença em Jesus. Pode-se ver em Natanael a figura dos discípulos oriundos do judaísmo que esperavam um messias nacionalista poderoso e glorioso. Porém Jesus adianta que nele próprio se manifestará a plenitude do humano (o Filho do Homem), a plenitude de todos os homens e mulheres, aos quais se abrem as portas do céu. Os anjos "descendo e subindo sobre o Filho do Homem" é uma alusão ao sonho de Jacó (Gen 28,12). Agora exprime a presença de Deus entre os humanos, na pessoa de Jesus. Os anjos, como emissários ou representantes de Deus, integram as tradições persas e mesopotâmicas que foram assimiladas no Antigo Testamento. São, ainda hoje, fonte de devoções no cristianismo e em religiões exotéricas. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dificuldades para seguir Jesus


Leitura Orante
Lc 9,57-62


Quando Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.

Proposta para o seguimento de Jesus

Em Mateus, na passagem paralela a esta, Jesus e os discípulos preparavam-se para atravessar o mar em direção a Gadara. Aqui, em Lucas, estão a caminho de Jerusalém. Jesus vai disposto a fazer o anúncio da Boa Nova entre os peregrinos que acorrem a esta cidade, para a festa da Páscoa. Três novos discípulos surgem dispostos a seguir Jesus. Jesus lhes apresenta as propostas para seu seguimento. O primeiro se oferece com grande disponibilidade. Jesus o previne que deverá assumir a pobreza e insegurança à sua semelhança. O segundo, convidado por Jesus, queria dar um tempo para permanecer junto a seu pai até sua morte. Jesus lhe propõe uma responsabilidade maior: anunciar o Reino de Deus que é a vitória sobre a morte. O terceiro assemelha-se a Eliseu quando foi chamado por Elias. Eliseu estava arando e pediu para Elias um momento para despedir-se do pai e da mãe, obtendo consentimento dele (1Rs 19,20). Jesus é mais exigente: quem está com a mão no arado não deve olhar para trás, mas seguir em frente em resposta ao chamado para a missão.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Algumas pessoas não recebem Jesus


Leitura Orante
Lc 9,51-56


Como estava chegando o tempo de Jesus ir para o céu, ele resolveu ir para Jerusalém. Então mandou que alguns mensageiros fossem na frente. No caminho eles entraram em um povoado da região de Samaria a fim de prepararem um lugar para ele. Mas os moradores dali não quiseram receber Jesus porque viram que ele estava indo para Jerusalém. Quando os seus discípulos Tiago e João viram isso, disseram:
- O senhor quer que a gente mande descer fogo do céu para acabar com estas pessoas?
Porém Jesus, virando-se para eles, os repreendeu. Então ele e os seus discípulos foram para outro povoado.

Os samaritanos eram discriminados

Lucas menciona o "tempo para ser elevado ao céu", preparando sua narrativa da ascensão em At 1,11, exclusiva de sua obra Evangelho-Atos. Eram numerosos os peregrinos que se dirigiam para a festa da Páscoa em Jerusalém. Jesus envia discípulos como mensageiros para preparar hospedagem para seu grupo em um povoado de samaritanos. Os samaritanos eram discriminados pelos judeus. A rejeição dos samaritanos não foi especificamente a Jesus, mas ao fato de estarem indo para Jerusalém, para uma festa de judeus. Pode-se até supor que os discípulos lhes tenham apresentado Jesus como o messias poderoso dos judeus, o que reforçaria a rejeição dos samaritanos. Tiago e João revelam esta visão do messias poderoso, quando se julgam delgados para mandar o fogo do céu para destruir os samaritanos, como o profeta Elias tinha feito com os cinqüenta homens enviados por Acab para prendê-lo (2Rs 1,10). É característica de Lucas, como acontece também com o evangelho de João, destacar a valorização dos samaritanos por Jesus. Assim temos as narrativas do "bom samaritano" (Lc 10,30-37) e do leproso samaritano curado que volta para agradecer a Jesus (Lc 17,11-19).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Receber uma criança?

Leitura Orante
Lc 9,46-50

Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse: 
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante. 
João disse: 
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo. 
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos: 
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês. 

Na liberdade do Espírito

Os discípulos têm dificuldade em compreender a prática de Jesus, no desapego, na humildade e no serviço. Neles predomina a ideologia do messias que, com seu poder, restauraria o Reino de Israel. Eles discutem entre si quem seria o maior no reino que esperavam que Jesus instaurasse. Jesus, percebendo o que pensavam, colocou-se como uma criança que deveria ser recebida pelos discípulos. A alusão de Jesus às crianças está associada, nos sinóticos, ao seu anúncio da paixão. Quem se percebe frágil e vulnerável diante do sofrimento e da morte sente-se assemelhado às crianças na sua fragilidade. Destituídos de poder só contam com o Pai O exclusivismo do poder ainda está manifesto na observação de João, representando os doze. Qualquer ação em nome de Jesus tem que passar por sua aprovação. Não reconhecem a liberdade do Espírito, mas sim os vínculos do poder e da instituição que se esboça. Porém Jesus vive a anuncia a grande subversão: ao invés de um reino de poder, temos a comunidade e a sociedade de amor, misericórdia e serviço, que, na liberdade do Espírito, promove a vida. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Jesus fala da sua morte

Leitura Orante
Lc 9,43b-45

Todos estavam admirados com o que Jesus fazia, e ele disse aos discípulos: 
- Não esqueçam o que vou dizer a vocês: o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens. 
Mas eles não entenderam isso, pois o que essas palavras queriam dizer tinha sido escondido deles para que não as entendessem. E eles estavam com medo de fazer perguntas a Jesus sobre o assunto. 

Jesus apresenta-se como o Filho do Homem

Os três evangelistas sinóticos registram três "anúncios da paixão". São as falas de Jesus aos discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém, prevenindo-os sobre a previsível e fatal perseguição que sofreria nesta cidade. Os chefes das sinagogas e do Templo já vinham procurando uma ocasião de eliminar Jesus. Hoje temos o segundo "anúncio", no evangelho de Lucas. Lucas faz um contraste. De início registra a admiração de todos com tudo o que Jesus fazia. A seguir, o anúncio do sofrimento escapa da admiração e não é entendido. Lucas o exprime de maneira insistente: os discípulos "não compreendiam", "o sentido lhes ficava oculto", "não podiam entender" e "tinham medo de fazer perguntas"! Muitos dos discípulos foram formados na ideologia messiânica de poder do judaísmo, com a devoção a um deus poderoso que privilegia alguns e destrói seus inimigos. Esperavam um messias que restaurasse a glória e o poder de Israel. Para dissuadi-los, Jesus apresenta-se como o Filho do Homem, o "Humano", o comum dos homens, na fragilidade e na vulnerabilidade, no qual se manifesta a glória de Deus. É através de sua aceitação que se rompe com a ideologia de uma sociedade que busca sua segurança na acumulação do dinheiro e no poder opressor. Colocando-se a sua segurança em Deus encontra-se a felicidade e a liberdade para a construção da justiça e da paz. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como Jesus é identificado


Leitura Orante
Lc 9,18-22

Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou: 
- Quem o povo diz que eu sou? 
Eles responderam: 
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou. 
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus. 
Pedro respondeu: 
- O Messias que Deus enviou. 
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou: 
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado. 

Identidade de Jesus

Nos três evangelistas sinóticos encontramos esta narrativa sobre a identidade de Jesus. Contudo, cada evangelista lhe dá uma interpretação particular. Em Marcos, o primeiro a escrever seu evangelho, a narrativa é como que uma introdução à segunda parte de seu evangelho, caracterizada pelo caminho de Jesus em direção a Jerusalém. Nela temos o primeiro "anúncio da paixão", o qual seguido de mais outros dois, que virão, demarcarão este caminho cujo desfecho é a crucifixão e morte de Jesus. Enquanto que em Marcos o diálogo entre Jesus e Pedro é tenso, Lucas ameniza este diálogo, colocando-o em um momento de oração de Jesus e removendo a troca de repreensões entre Pedro e Jesus. Está em questão a identidade messiânica davídica de Jesus. Na narrativa de Marcos, e aqui, em Lucas, a identificação de Jesus como o messias davídico é rejeitada por Jesus. Porém, em Mateus esta identificação é exaltada. Pode-se perceber que Mateus se adapta às comunidades de cristãos judeus para as quais escreve seu evangelho. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Herodes procurava ver Jesus

Leitura Orante
Lc 9,7-9


Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse:
- Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas?
E Herodes procurava ver Jesus.

Herodes "ouve falar" de Jesus


A narrativa da execução de João Batista é feita com bastantes detalhes e simbolismos no evangelho de Marcos. Ela é apresentada mais brevemente em Mateus. E, aqui em Lucas, resume-se a uma simples frase de Herodes. Jesus por sua prática inovadora e libertadora é foco de atenção de todos. Alguém com tal destaque sempre desperta interrogações sobre sua identidade e suas origens. Assim seria também sobre o messias esperado em Israel. É visto como uma figura misteriosa, possuidora de algum segredo. Herodes "ouve falar" e procura "ver" Jesus. Contudo é mera curiosidade, depois transformada em condenação. Entre o povo eram diversas as opiniões sobre quem era Jesus. Uns o associavam a alguma figura libertadora da tradição de Israel, tais como Elias e os antigos profetas. E havia os que o associavam ao recente profeta, martirizado por Herodes, João Batista, com o qual o anúncio de Jesus tinha muita afinidade. Estas identificações apontam para o caráter libertador do anúncio de Jesus. Contudo, não existe grande segredo quanto a "quem é este". Jesus, em sua simplicidade, desorienta os sábios e entendidos, principalmente em Israel, que passam a considerá-lo cheio de mistérios e segredos. Porém entre os humildes e simples de coração ele é reconhecido.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PEREGRINAÇAO DO ANO JUBILAR – REGIÃO PASTORAL IV


             Foi uma linda experiência da nossa fé a peregrinação que fizemos neste Domingo         (18/09). Pela manhã a alegria já contagiava a nossa Paróquia quando nos preparávamos para acolher nossos irmãos e irmãs vindos das cidades do nosso regional.
            Já na acolhida podíamos perceber que era um encontro de irmãos, que fazíamos parte da mesma Igreja e que partilhávamos a mesma Missão.
           Para demonstrar a alegria dos 50 anos da nossa Diocese realizamos uma belíssima carreata e logo em seguida no Centro de Convenções Pe Mathias  tivemos colocações sobre confissões e indulgências, fizemos memória da história da nossa Igreja Particular e fizemos bastante festa através de vídeos, músicas e teatro.
          Muitos fiéis buscaram o Sacramento da Reconciliação. E na Santa Missa presidida por Dom Carmelo Scampa, foi concedida indulgências aos Penitentes.
         Foi um tempo de graça que vivemos. Um fato histórico inesquecível para todos nós.
        A Paróquia São Francisco de Assis agradece  a Deus pela graça de ser sede de tão importante evento neste ano jubilar.


 

 

Festa em louvor a São Francisco de Assis


Queremos agradecer a toda comunidade que participou da última Novena em Louvor a São Francisco de Assis nas fazendas, que aconteceu no último sábado ( 17-09 ), na Estância Rafael, residência do Sr. Divino Rafael e família. No próximo sábado ( 24-09 ), acontecerá mais uma novena, que será em frente a Casa Modelo , na qual os novenários serão o Sr. Júnior Valadão e Cida , juntamente com seus familiares. Lembramos que a partir do dia 27/09 iniciam-se as novenas na Igreja Matriz ( 19:30 – Santa Missa e logo após Leilões de Confraternização no Centro de Convenções Pe. Mathias). Vamos juntos celebrar essa Grande Festa em louvor ao nosso Santo Padroeiro. Todos estão convidados!


 

BOTE FÉ: INÍCIO DA JMJ 2013 NO BRASIL


No último dia 18 de setembro , mais de 100 mil JOVENS  lotaram o Campo de Marte (SP), para assistirem aos shows, pregações, e participar da Missa de acolhida da Cruz e Ícone de Nossa Senhora, da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013,  que fará sua peregrinação por dois anos pelas dioceses do país.
O evento, intitulado Bote Fé, aconteceu das 9h às 21h, e contou com a presença de cardeis, arcebispos, bispos, padres, representantes do Governo Federal, Estadual e Municipal, de paróquias, comunidades, grupos de jovens, além de grandes nomes da música católica, como: Padre Joãozinho, Zé Vicente, Adriana, DDD, Banda Dom, Padre Fábio de Melo, Padre Robson, Eliana Ribeiro, Dunga, Eugênio Jorge, Eros Biondini, Ministério Adoração e Vida ( Walmir Alencar ), Amor e Adoração, Banda Beatrix, Rosas de Saron, Cantores de Deus, Padre Reginaldo Manzotti, entre outros.
Depois de seguirem pela cidade no carro de Bombeiros, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora chegaram ao Campo de Marte, às 16h, no início da missa, ponto alto das festividades de acolhida dos símbolos. Após passar por um corredor, formado no meio da multidão, os símbolos foram colocados no altar, onde permaneceram até ao final do evento, antes de seguirem em Peregrinação.
A missa foi presidida pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri; pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário geral, respectivamente, cardeal Raymundo Damasceno Assis e Dom Leonardo Steiner; pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, e pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, além de outros bispos e padres de todo o país.
Dom Odilo, em sua homilia, afirmou que “A cruz é o símbolo de quem entrega a vida pelos que ama. Mesmo aqueles que não o conhecem ou rejeitam o Seu amor. No nosso batismo somos assinalados com o sinal da cruz, colocamos um crucifixo também nas nossas Igrejas, nas nossas casas, no trabalho. É o sinal da nossa pertença a Cristo”, disse.
O presidente da CNBB se disse “muito feliz” com a quantidade de jovens que atenderam ao chamado da Igreja e lotaram o Campo de Marte, escolhido para receber os símbolos da JMJ. “A CNBB fica muito feliz com o número tão significativo de jovens presentes neste primeiro ato da Jornada Mundial da Juventude, que é a acolhida da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora. A Conferência dos Bispos é grata ao Santo Padre por ter designado ao Brasil a honra de ser sede de mais um evento eclesial mundial, que é a JMJ. Nós desejamos que de fato o tema escolhido pelo papa, ‘Ide e fazeis discípulos em todos os povos’, seja de fato um compromisso, uma convocação para todos os jovens, para que eles sejam verdadeiramente apóstolos dos próprios jovens”, frisou o cardeal.
É bom ressaltarmos que mais de quatros milhões de jovens são esperados para a próxima Jornada Mundial da Juventude, um recorde das jornadas.
Jovens da nossa Diocese tiveram a graça de participar deste momento tão rico para todo o Brasil. Eles viajaram mais de 17 horas para estarem presentes, e com imensa alegria representaram não só a Diocese de São Luís de Montes Belos, mas todo o Estado de Goiás.  A nossa paróquia de Anicuns, esteve representada pelos jovens Anderson Gomes e Taymara Ferreira.
Agora todos voltam ás suas paróquias com um novo ardor para evangelizarem outros jovens. Juntos vamos Rumo à JMJ 2013, que sem dúvidas, será uma experiência e oportunidade única para nós brasileiros. Assim como disse, Dom Eduardo a JMJ 2013 começou neste Bote Fé, e agora precisamos mais do que nunca partirmos para nosso campo de Missão para levar essa mensagem de Cristo a todos os povos, assim como nos diz o tema desta próxima jornada.
O jovem Anderson Gomes de Anicuns- Go, esteve presente e disse:” Com toda certeza, esse foi um momento enriquecedor e agora começa um TEMPO FAVORÁVEL  para toda a Juventude Brasileira. Eu me emocionei muito, e este Bote Fé, ficará para sempre marcado na minha vida. Apesar do calor intenso, valeu a pena. É o ponto de partida para começarmos o nosso trabalho como jovens cristãos, pois em pleno século 21, nós jovens temos uma sede imensa de Deus. Agora ansioso quero me envolver o máximo  na Jornada de 2013 !”


 

 


 

Ordenação Sacerdotal :


Aconteceu em Indiara no último dia 10 de setembro a ordenação Presbiteral do Diácono Josimar. Em um Ginásio da cidade, com a presença das caravanas das paróquias, dos padres da Igreja particular de São Luís de Montes Belos, seminaristas, religiosas, diáconos e de muitos fieis,o Diácono Josimar foi ordenado sacerdote.
Uma celebração muito bonita e emocionante dentro deste Ano Jubilar, pois alegra a todos saber, que agora contamos com mais um presbítero na Diocese, para servir a Igreja anunciando Cristo.
No final da celebração Padre Josimar agradeceu aos presentes e aos que o ajudaram em sua caminhada como seminarista. O nosso Bispo Dom Carmelo disse que Padre Josimar é o mais novo pároco de Aurilândia, e com esta notícia toda comunidade da mesma que estava presente, se manifestou mostrando a alegria em recebê-lo como sacerdote na paróquia.
Após a celebração os fieis participaram de uma Grande festa preparada para a ocasião em um clube, onde foi servido um delicioso jantar.

 

O chamado de Mateus


Leitura Orante
Mt 9,9-13

Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse: 
- Venha comigo. 
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: 
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama? 
Jesus ouviu a pergunta e respondeu: 
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons. 

Jesus quer misericórdia

Vários eram os grupos sociais populares excluídos pelo sistema religioso em Israel: publicanos, prostitutas, gentios e doentes, enquadrados como impuros e pecadores, isto é, à margem da Lei de Moisés. O publicano, humilhado pelo sistema religioso-político, agindo como instrumento de coleta de impostos, na realidade era um explorado pelas elites abastadas, que o usavam como instrumento de enriquecimento. Os inúmeros critérios de exclusão servem para afirmar a superioridade e garantir privilégios de um grupo de poder. Jesus vem remover estas barreiras libertando e promovendo estes excluídos. Os impuros e pecadores eram absolutamente excluídos da mesa dos fariseus e demais chefes religiosos. O "estar à mesa", isto é, a refeição partilhada, é um gesto profundo de comunhão e intimidade entre as pessoas. Com a referência ao profeta Oséias, "misericórdia é que eu quero, e não sacrifícios" (Os 6,6), Jesus vai inaugurando e consolidando sua prática renovadora para um mundo novo onde a justiça, o amor e a paz prevaleçam. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Prática da Palavra

Leitura Orante
Lc 8,19-21

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática".

Fazer a vontade do Pai

Depois da instrução de Jesus às multidões e aos seus discípulos sob a forma de parábolas, Lucas introduz esta narrativa para que os discípulos compreendam que aquilo que ouviram deve ser posto em prática. O "ouvir a palavra de Deus e a por em prática" é expresso no evangelho de Mateus como o fazer "a vontade do Pai de Jesus, que está nos céus". Este tema já havia sido apresentado por Lucas na parábola do homem que constrói a casa sobre a rocha.
Freqüentemente se faz a leitura bíblica em uma perspectiva de devoção e elevação espiritual individual. Contudo o sentido mais consistente dos textos bíblicos é de nível comunitário e social. Particularmente os evangelhos com o anúncio do Reino de Deus e da conversão visam a formação de comunidades que se constituam em uma nova sociedade. A devoção pessoal só é conseqüente quando leva ao compromisso comunitário e social. Nesta narrativa de Lucas, presente também nos outros sinóticos, o foco não é as relações afetivas na família, mas o sentido sócio-religioso da mesma. A família não deve ser um elo de uma corrente genealógica que garanta a inclusão em um grupo privilegiado, como assim se consideravam os descendentes de Abraão, mas deve ser um foco de irradiação do amor universal de Deus. Assim a casa da família deve ser o núcleo das novas comunidades que vivem a experiência do Reino de Deus.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Acender", "ver", "iluminar"

Leitura Orante
Lc 8,16-18

"Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!"

"Luz do mundo"

Lucas, no contexto da explicação da parábola do semeador, apresenta algumas sentenças de Jesus, também encontradas no bloco de parábolas, em Marcos, e dispersas entre os vários discursos de Jesus, em Mateus. A primeira, com a imagem da lâmpada a ser colocada sobre o candelabro para iluminar, refere-se aos discípulos, que não devem se intimidar mas se tornar a "luz do mundo". A sentença seguinte tem duplo sentido: a malícia oculta dos fariseus será denunciada, e tudo aquilo que os discípulos conhecem, reservadamente, sobre Jesus deverá ser anunciado. As palavras que os discípulos ouvem de Jesus não devem permanecer estéreis ou relegadas ao esquecimento, mas devem alimentar a prática transformadora destes discípulos, através de seu testemunho vivo, fieis ao cumprimento da vontade do Pai. A sentença final soa estranha. Parece ser uma alusão à sociedade elitista exploradora, na qual quem tem fica cada vez mais rico, enquanto espolia os que pouco tem, empobrecendo-os cada vez mais. Pode-se pensar em uma aplicação semítica, na perspectiva da fé. Quem tem a fé em Jesus crescerá nela, enquanto que os escribas e fariseus que se limitam à fé na revelação do Primeiro Testamento acabarão perdendo-a. 

domingo, 18 de setembro de 2011

Grandiosa Peregrinação!


Indulgências ( Conforme o Catecismo da Igreja Católica, 1471-1479)

“A Igreja é dispensadora da redenção, ela distribui e aplica por sua autoridade o tesouro aos fiéis dos méritos de Cristo e dos Santos.
A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (remissão)que o fiel bem disposto obtêm.

As indulgências são adquiridas mediante a Igreja e ela a concede a todos os fiéis, desde que sejam batizados e tenham o desejo de adquiri-las para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos.

A conversão do pecador, através da confissão, da Eucaristia e de uma ardente caridade, pode chegar a total purificação do pecador de modo que não haja mais nenhuma pena.

Eis alguns passos para receber as indulgências:

1º - Fazer uma boa confissão;

2º - Participar da Missa do Dia e comungar nesta intenção;

3º - Rezar 1 Pai Nosso e 1 Ave Maria em intenção do Papa:

4º - Fazer uma destas atividades: Fazer 30 minutos de adoração ao Santíssimo sacramento ou 30 minutos de meditação da Palavra de Deus; Ou fazer uma Via Sacra na Igreja ou um terço em família ou na comunidade, diante da imagem de Nossa Senhora.

OBS: Cumprindo estas quatro exigências o fiel pode lucrar indulgências para si mesmo ou para os fiéis defuntos.

Caso você queira se confessar antes do Domingo ( 18/09), o Pe Carlos estará atendendo do dia 12 ao 15 de setembro, nos seguintes horários: das 8:30 hs – 11:00 hs e das 13:00 hs – 16:30 hs.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mulheres seguem Jesus

Leitura Orante
Lc 8,1-3

Depois disso, Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, chamada Madalena, de quem saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e muitas outras mulheres, que os ajudavam com seus bens. 

Um grupo de discípulos e discípulas

Lucas, no prólogo de seu evangelho, propõe-se a fazer um relato de modo ordenado dos acontecimentos relativos a Jesus. A ordem proposta não é no sentido de linearidade histórica, mas em uma perspectiva teológica da compreensão da Boa Nova de Jesus. A introdução "depois disso" não significa uma sucessão temporal, mas uma sucessão lógica das suas narrativas. Esta é a única vez que, nos evangelhos, ao longo do ministério de Jesus, se menciona um grupo de discípulos formado por homens e mulheres, sendo estas identificadas nominalmente. Na narrativa da paixão elas aparecerão, particularmente estas que acompanhavam Jesus desde a Galiléia (Lc 23,55). 
Sobre as mulheres é dito que tinham sido curadas. Isto é, tinham sofrido as conseqüências da exclusão social e de gênero, mas sentiam-se libertadas por Jesus. Seguiam Jesus e serviam o grupo. Elas já entenderam e praticavam o serviço, que é a característica fundamental do Reino. Sobre os doze não se diz nada. Mas mais adiante estarão discutindo sobre quem seria o maior. Estes estão ainda possuídos da ideologia davídica em vista de um messias poderoso.Em torno de Jesus, sob o seu fascínio, reúnem-se discípulos e discípulas que vão amadurecendo. Surgem relações novas entre homens e mulheres, caracterizadas pela liberdade, solidariedade e serviço.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nossa Senhora das Dores


Leitura Orante
Jo 19,25-27

Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela: 
- Este é o seu filho. 
Em seguida disse a ele: 
- Esta é a sua mãe. 
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele. 

A mãe de Jesus é acolhida por João

Nos evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) as mulheres, sem nomear a mãe de Jesus, no momento da crucifixão de Jesus permanecem olhando de longe. No evangelho de João, não mais à distância, mas junto à cruz, são nomeadas a mãe de Jesus e Maria Madalena, bem como o discípulo que Jesus amava. Com esta proximidade surge o diálogo entre eles. 
A mãe de Jesus, Maria, está presente no início e no fim do ministério de Jesus. No início, nas bodas de Cana, Jesus se dirige a ela dizendo: "Mulher, para que me dizes isso? A minha hora ainda não chegou" (Jo 2,4). Agora é chegada a hora da glória, com a missão, atribuída pelo Pai, cumprida. Com a proclamação "Mulher, eis o teu filho", a mãe de Jesus é acolhida por João. Maria, pela geração de seu filho, está associada ao ministério encarnado de Jesus. A partir da cruz, Maria Madalena e o discípulo que Jesus amava, que testemunharão o túmulo vazio, são a expressão das novas comunidades missionárias, nas quais a mãe de Jesus é acolhida. Estas comunidades darão continuidade ao ministério de Jesus, contando com sua presença real através do Espírito que lhes é dado. No coração de Maria certamente, mais duradoura do que a dor, pulsa a alegria de ver seu filho glorioso no cumprimento da missão que recebeu do Pai, com toda a fidelidade e amor. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Novenas em Louvor a Sao Francisco de Assis

Com grande alegria já realizamos mais três novenas em louvor ao nosso Santo Padroeiro. Elas foram celebradas em um clima festivo na Comunidade da Vila São Vicente, na Creche do Conjunto Rio dos Bois e na residência do Sr. Carlinhos do Zé da Nica e família. A próxima novena será na Estância Rafael na residência do Sr. Divino Rafael e Família,, neste sábado dia17-09!  Até lá!

Comunidade da Vila São Vicente!


 



Creche do Conjunto Rio dos Bois!





Carlinhos do Zé da Nica!


Exaltação da Santa Cruz

Leitura Orante
Jo 3,13-17

Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.
- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.

A plenitude da condição humana

Este texto do evangelho é parte do discurso de Jesus, em continuidade com o diálogo com Nicodemos, apresentado pelo evangelista João. Jesus revela que a plenitude da condição humana não resulta da observância da Lei, mas passa pelo renascer no Espírito, no dom do amor, pelo qual se chega à vida eterna. O Filho do Homem desceu do céu para revelar seu amor ao mundo e será "levantado". O Filho do Homem é Jesus solidário com a humanidade. "Levantado" significa a humanidade elevada em sua dignidade por Jesus, e, também, Jesus levantado na cruz. A serpente de bronze atribuída a Moisés tornou-se objeto de idolatria e foi destruída pelo rei Ezequias (2Rs 18,4). João a associa com a cruz de Jesus. A cruz é a expressão do poder da morte ao alcance dos chefes deste mundo. A lembrança de Jesus na cruz nos faz conscientes de que os chefes do mundo, ainda hoje, têm este poder de morte e o exercem, enlouquecidos por suas ambições. Na nossa América Latina temos a lembrança dos que foram sacrificados por suas lutas a favor dos pobres e oprimidos. A humanidade é exaltada pelo dom da vida eterna na encarnação de Jesus, comunicando a todos seu amor libertador, pelo que foi crucificado. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Jesus ressuscita o filho de uma viúva


Leitura Orante
Lc 7,11-17

Pouco tempo depois Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão foram com ele. Quando ele estava chegando perto do portão da cidade, ia saindo um enterro. O defunto era filho único de uma viúva, e muita gente da cidade ia com ela. Quando o Senhor a viu, ficou com muita pena dela e disse: 
- Não chore. 
Então ele chegou mais perto e tocou no caixão. E os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse: 
- Moço, eu ordeno a você: levante-se! 
O moço sentou-se no caixão e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe. Todos ficaram com muito medo e louvavam a Deus, dizendo: 
- Que grande profeta apareceu entre nós! Deus veio salvar o seu povo! 
Essas notícias a respeito de Jesus se espalharam por todo o país e pelas regiões vizinhas. 

Prática amorosa e misericordiosa de Jesus

Com a expressão "em seguida", Lucas articula a cura do servo do centurião com esta cura do filho da viúva. Uma grande multidão com Jesus e seus discípulos aproxima-se de uma cidade amuralhada. Ao chegarem à porta, encontram outra grande multidão que sai da cidade para enterrar um morto. É a corrente da vida que vem inundar a cidade dos mortos. Esta narrativa de milagre diferencia-se da cura do servo do centurião romano, que a antecede. No caso do centurião a cura do servo resultou da "tão grande fé" por ele manifestada. Neste caso do filho da viúva de Naim, é Jesus quem toma a iniciativa. Jesus se faz próximo da viúva, com um gesto de misericórdia característica nas narrativas de Lucas. É a prática inspirada pela parábola do samaritano que cuida do homem espancado à beira da estrada (cf. 3 out). É a prática amorosa e misericordiosa de Jesus que lança sementes de fé entre todos aqueles que passaram a glorificar a Deus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"Eu não sou digno"

Leitura Orante
Lc 7,1-10

Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência: 
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós. 
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus: 
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz. 
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia: 
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! 
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.

O amor vivificante faz germinar a fé

Os evangelistas sempre associam as cenas em que Jesus ensina a cenas em que ele exerce sua prática libertadora. Isto significa que o ensino é orientado para a prática amorosa e vivificante, sendo esta prática uma forma de ensino. Depois da proclamação das bem-aventuranças Lucas narra o episódio do testemunho de fé do centurião e da cura de seu servo por Jesus. O impacto principal da narrativa é a novidade da humildade e fé dos gentios que supera a fé de Israel. A narrativa é um paradigma para as missões, inspirando a sua universalidade. Todos os povos podem crer em Jesus, por sua ação vivificadora. A presença do amor vivificante faz germinar a fé, em qualquer povo ou nação, em qualquer época. 

sábado, 10 de setembro de 2011

Árvore boa dá bons frutos


Leitura Orante
Lc 6,43-49


- A árvore boa não dá frutas ruins, assim como a árvore que não presta não dá frutas boas. Pois cada árvore é conhecida pelas frutas que ela produz. Não é possível colher figos de espinheiros, nem colher uvas de pés de urtiga. A pessoa boa tira o bem do depósito de coisas boas que tem no seu coração. E a pessoa má tira o mal do seu depósito de coisas más. Pois a boca fala do que o coração está cheio.
- Por que vocês me chamam "Senhor, Senhor" e não fazem o que eu digo? Eu vou mostrar a vocês com quem se parece a pessoa que vem e ouve a minha mensagem e é obediente a ela. Essa pessoa é como um homem que, quando construiu uma casa, cavou bem fundo e pôs o alicerce na rocha. O rio ficou cheio, e as suas águas bateram contra aquela casa; porém ela não se abalou porque havia sido bem construída. Mas quem ouve a minha mensagem e não é obediente a ela é como o homem que construiu uma casa na terra, sem alicerce. Quando a água bateu contra aquela casa, ela caiu logo e ficou totalmente destruída.

Para que os frutos sejam bons


O "Sermão da Planície", no evangelho de Lucas, que corresponde ao "Sermão da Montanha", em Mateus, é encerrado com estas três parábolas sobre árvores e frutos e sobre o tesouro do coração. Elas apontam para a conversão, para a renovação da vida pessoal. Pela conversão a pessoa abandona falsos valores oferecidos pelo mundo dos poderosos e adere ao projeto de vida de Jesus. É a casa construída sobre a rocha. Uma vida colocada a serviço do próximo, com seus frutos de amor e de misericórdia permanece para toda a eternidade. A comparação com as árvores e seus frutos é facilmente compreendida e muito sugestiva. Contudo não se trata de chegar à conclusão dualista de que as pessoas separam-se em boas e más, mas, sim, concluir que cada um deve encher seu coração de coisas boas para que seus frutos sejam bons.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tirar primeiro a trave do próprio olho


Leitura Orante
Lc 6,39-42

E Jesus fez estas comparações: 
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor. 
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão. 

O cisco ou a trave no olho

Lucas reúne, na segunda metade do capítulo 6 de seu evangelho, após a proclamação das bem-aventuranças, várias sentenças de Jesus veiculadas na tradição das comunidades. Compõe, assim, um discurso, à semelhança do Sermão da Montanha, de Mateus. No texto de hoje temos duas sentenças correlacionadas entre si. A referência a "parábola", na introdução do texto parece vincular-se à parábola das duas casas, narrada mais adiante (vv. 43-49). 
Na primeira sentença temos as duas interrogações sobre o cego que guia outro cego. É possível que, originalmente, fosse dirigida aos fariseus tidos como guias de uma doutrina que desorientava o povo. Lucas, aqui, a estaria aplicando também aos discípulos, os quais deveriam entender melhor a missão de Jesus. Ao estarem bem formados não deverão pretender ser maior do que Jesus. A segunda interrogação é feita com uma comparação usando o exagero: o cisco ou a trave no olho. Em vez de ficar procurando defeitos nos irmãos, é importante que faça a sua própria autocrítica. Assim, com humildade, se está preparado para, com lucidez e amor, se fazer a correção fraterna do irmão. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Convite!


Convidamos a todos para a ordenação sacerdotal do diácono Josimar José dos Santos, que acontecerá na Cidade de Indiara no dia 10 de setembro de 2011, às 17:00 horas, no Ginásio de Esportes de Indiara. Saírá um ônibus da nossa paróquia às 14:00 hs.
Adquira sua passagem na Secretaria Paroquial!

A genealogia de Jesus

Leitura Orante
Mt 1,1-16.18-23

Esta é a lista dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi, que era descendente de Abraão. 
Abraão foi pai de Isaque, Isaque foi pai de Jacó, e Jacó foi pai de Judá e dos seus irmãos. Judá foi pai de Peres e de Zera, e a mãe deles foi Tamar. Peres foi pai de Esrom, que foi pai de Arão. Arão foi pai de Aminadabe, que foi pai de Nasom, que foi pai de Salmom. Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé, que foi pai do rei Davi. 
Davi e a mulher que tinha sido esposa de Urias foram os pais de Salomão. Salomão foi pai de Roboão, que foi pai de Abias, que foi pai de Asa. Asa foi pai de Josafá, que foi pai de Jorão, que foi pai de Uzias. Uzias foi pai de Jotão, que foi pai de Acaz, que foi pai de Ezequias. Ezequias foi pai de Manassés, que foi pai de Amom, que foi pai de Josias. Josias foi pai de Jeconias e dos seus irmãos, no tempo em que os israelitas foram levados como prisioneiros para a Babilônia. Depois que o povo foi levado para a Babilônia, Jeconias foi pai de Salatiel, que foi pai de Zorobabel. Zorobabel foi pai de Abiúde, que foi pai de Eliaquim, que foi pai de Azor. Azor foi pai de Sadoque, que foi pai de Aquim, que foi pai de Eliúde. Eliúde foi pai de Eleazar, que foi pai de Matã, que foi pai de Jacó. Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias. 
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse: 
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles. 
Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: 
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel." 
(Emanuel quer dizer "Deus está conosco".) 

Um novo Davi

Mateus elabora uma genealogia vinculando José à descendência davídica. Os discípulos oriundos do judaísmo tinham a expectativa da vinda de um messias poderoso, um novo Davi, que elevaria a Judéia a um reino de glória. As mulheres só aparecem nas genealogias algumas vezes, associadas ao marido. Com Maria é dito que era esposa de José, e que antes de conviverem, ela engravidou-se pela ação do Espírito Santo. Hoje, nove meses depois da festa da Imaculada Concepção, celebra-se o nascimento de Maria, a qual, na tenra juventude, cerca de quinze anos, conceberá o Filho de Deus. O projeto de Deus, com a encarnação de seu Filho, vem contemplar a aspiração de todos os povos em todos os tempos de serem participantes da natureza divina, na eternidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Jesus escolheu 12 apóstolos

Leitura Orante
Lc 6,12-19

Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze: Simão, em quem pôs o nome de Pedro, e o seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o nacionalista; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor. 
Jesus desceu do monte com eles e parou com muitos dos seus seguidores num lugar plano. Uma grande multidão estava ali. Era gente de toda a Judéia, de Jerusalém e das cidades de Tiro e Sidom, que ficam na beira do mar. Eles tinham vindo para ouvir Jesus e para serem curados das suas doenças. Os que estavam atormentados por espíritos maus também vieram e foram curados. Todos queriam tocar em Jesus porque dele saía um poder que curava todas as pessoas. 

Momentos de Oração de Jesus

Dentre os três evangelistas sinóticos, é apenas Lucas que, várias vezes destacando os momentos de oração de Jesus ao longo de seu ministério, faz preceder a escolha dos doze por uma noite toda de oração. Após a oração a Deus e a escolha dos doze, no alto da montanha, segue-se a descida a um lugar plano para o encontro com a multidão. Dentre esta multidão está presente gente de toda a Palestina e regiões vizinhas, reunindo judeus e gentios, caracterizando-se a dimensão universalista do anúncio de Jesus. E este anúncio é acompanhado do resgate da vida dos excluídos e marginalizados e da libertação dos atormentados, subjugados e oprimidos pelos espíritos impuros das diversas formas de ilusão da ideologia dos poderosos. E é neste lugar plano que, conforme Lucas, Jesus proclama, em seguida, suas quatro bem-aventuranças aos empobrecidos e seus quatro "ais" aos ricos. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Levanta-te e fica aqui no meio!"



Leitura Orante
Lc 6,6-11

Num outro sábado Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem que tinha a mão direita aleijada. Alguns mestres da Lei e alguns fariseus ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar alguém no sábado. Pois queriam arranjar algum motivo para o acusar de desobedecer à Lei. Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e por isso disse para o homem que tinha a mão aleijada: 
- Levante-se e fique em pé aqui na frente. 
O homem se levantou e ficou em pé. Então Jesus disse: 
- Eu pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer? 
Jesus olhou para todos os que estavam em volta dele e disse para o homem: 
- Estenda a mão! 
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Aí os mestres da Lei e os fariseus ficaram furiosos e começaram a conversar sobre o que poderiam fazer contra Jesus. 

Jesus opta pela vida

O ensino de Jesus se faz por palavras e por sua prática. Ensinando em uma sinagoga, ele cura o homem com a mão seca, no qual estão representados todos os excluídos pelo sistema das sinagogas e do Templo. Os escribas e os fariseus, sabedores da prática de Jesus infringindo vários preceitos legais, observam Jesus para acusá-lo. Embora não externem suas intenções, Lucas menciona que Jesus conhece-lhes o pensamento. Como provocação, mas também em atenção ao homem da mão seca, Jesus o chama bem para o meio. A pergunta de Jesus se relaciona com "os dois caminhos", o caminho da vida ou o caminho da morte, do livro do Deuteronômio (Dt 30,15-19). Jesus, curando o homem, opta pela vida, enquanto os chefes religiosos da Judéia, ambiciosos e raivosos, optam pela morte. 
Apesar de todas as ameaças e riscos, o caminho da vida, na solidariedade e na justiça, é o caminho do encontro com a vida eterna em Deus. 

sábado, 3 de setembro de 2011

"O Filho do Homem é Senhor do sábado"



Leitura Orante
Lc 6,1-5

Num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos começaram a colher e a debulhar espigas, e a comer os grãos de trigo. Então alguns fariseus perguntaram: 
- Por que é que vocês estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado? 
Jesus respondeu: 
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães oferecidos a Deus, comeu e deu também aos seus companheiros. No entanto é contra a nossa Lei alguém comer desses pães; somente os sacerdotes têm o direito de fazer isso. 
E Jesus terminou, dizendo: 
- O Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado.

A questão do sábado

Os diversos conflitos de Jesus com os fariseus e demais líderes religiosos de Israel refletem o distanciamento de Jesus em relação à instituição religiosa do judaísmo. A rigidez da observância do sábado se apoiava em um texto tardio do livro do Êxodo que afirmava: "todo aquele que trabalhar neste dia será punido com a morte" (Ex 31,15; 35,2). É a expressão do sagrado considerado como acima e contra a vida. O Templo e as observâncias legais estão superados por Jesus. A vontade de Deus é a prática da misericórdia que consolida o amor e fortalece os laços de fraternidade e gera a paz. Os discípulos de Jesus eram censurados por estarem arrancando as espigas e debulhando-as em um dia de sábado, o que os fariseus consideravam como realização de um trabalho, o que era proibido neste dia. Jesus desconsidera esta proibição, alegando que o mais importante era a necessidade dos discípulos se alimentarem. E, autodenominando-se como o Filho do Homem, o Filho de Deus encarnado, afirma sua autoridade para suprimir as exigências legais opressoras. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vinho novo em odres novos

Leitura Orante
Lc 5,33-39

Algumas pessoas disseram a Jesus: 
- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam. 
Jesus respondeu: 
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar! 
Jesus fez também esta comparação: 
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor." 

Não fragmentar a nova realidade

Os discípulos de João Batista originários do judaísmo retomaram as observâncias dos fariseus. Assim Jesus é questionado sobre a inobservância do jejum. Jesus afirma que sua presença, como que um noivo, significa um novo tempo, o tempo das bodas. É tempo de alegria, é a festa da vida que estava esmagada e sofrida e que é resgatada por Jesus. A parábolas que segue é bastante sugestiva: ninguém corta uma roupa nova para tirar um remendo para colocar em uma roupa velha! Perde-se a roupa nova e a velha fica desajustada. A parábola é bem clara. Não se deve fragmentar a nova realidade revelada por Jesus para adaptá-la às expectativas da velha tradição. Também, a velha tradição, desgastada e de uma cultura ultrapassada, não suporta a novidade de Jesus. Com sentido semelhante segue a parábola dos odres. A frase final é irônica: os fariseus apegados à letra do velho testamento rejeitam a novidade de Jesus.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Pela tua Palavra, Senhor, lançarei as redes!"


Leitura Orante
Lc 5,1-11

Certo dia Jesus estava na praia do lago da Galiléia, e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus. Ele viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, o de Simão, e pediu que ele o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e começou a ensinar a multidão. 
Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão: 
- Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar. 
Simão respondeu: 
- Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer. 
Quando eles jogaram as redes na água, pescaram tanto peixe, que as redes estavam se rebentando. Então fizeram um sinal para os companheiros que estavam no outro barco a fim de que viessem ajudá-los. Eles foram e encheram os dois barcos com tanto peixe, que os barcos quase afundaram. Quando Simão Pedro viu o que havia acontecido, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: 
- Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador! 
Simão e os outros que estavam com ele ficaram admirados com a quantidade de peixes que haviam apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, também ficaram muito admirados. Então Jesus disse a Simão: 
- Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente. 
Eles arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus. 

O sucesso da missão implica em docilidade à Palavra

O chamado de Jesus a seus primeiros discípulos é descrito de maneira diversa por cada evangelista. Em Marcos e Mateus, o chamado se dá quando Jesus caminhava à beira-mar e vê dois irmãos, Simão e André, que do barco lançavam a rede ao mar, e em seguida Tiago e João que consertavam as redes em seu barco. No evangelho de João, Jesus chama os seus discípulos dentre os discípulos de João Batista, na ocasião de seu batizado. Em Lucas o chamado acontece após uma prédica de Jesus às multidões, a beira mar, e uma pesca milagrosa. Esta pesca milagrosa se assemelha à pesca milagrosa com Jesus ressuscitado, no fim do evangelho de João (cf. 29 abr.).
Jesus chama os discípulos como cooperadores na sua missão, os quais, com desprendimento, põem-se a seguir Jesus. O sucesso da missão implica no abandono e na docilidade à palavra de Jesus.