segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Jesus divino e humano



Lc 4,16-30

Jesus foi para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou o lugar onde está escrito assim:
"O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo
em que o Senhor salvará o seu povo."
Jesus fechou o livro, entregou-o para o ajudante da sinagoga e sentou-se. Todas as pessoas ali presentes olhavam para Jesus sem desviar os olhos. Então ele começou a falar. Ele disse:
- Hoje se cumpriu o trecho das Escrituras Sagradas que vocês acabam de ouvir.
Todos começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de falar, e diziam:
- Ele não é o filho de José?
Então Jesus disse:
- Sem dúvida vocês vão repetir para mim o ditado: "Médico, cure-se a você mesmo." E também vão dizer: "Nós sabemos de tudo o que você fez em Cafarnaum; faça as mesmas coisas aqui, na sua própria cidade." E continuou:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Eu digo a vocês que, de fato, havia muitas viúvas em Israel no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e meio, e houve uma grande fome em toda aquela terra. Porém Deus não enviou Elias a nenhuma das viúvas que viviam em Israel, mas somente a uma viúva que morava em Sarepta, perto de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi curado. Só Naamã, o sírio, foi curado.
Quando ouviram isso, todos os que estavam na sinagoga ficaram com muita raiva. Então se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo. Mas ele passou pelo meio da multidão e foi embora.

Comentário do Evangelho

"Escolhido para levar boas notícias"

Jesus proclama-se profeta para anunciar a Boa-Nova aos pobres. Ele é uma pessoa comum da comunidade, "o filho de José". Não é valorizado pelos seus conterrâneos, que se enchem de fúria. O texto, na realidade, é uma advertência a todo Israel. Foram dois gentios que acreditaram no profeta Eliseu, e não os israelitas. Em vez de um messias glorioso, esperado pelos judeus e, muitas vezes, por nós, Jesus é o homem manso e humilde de coração que vem para nos comunicar a sua Vida Divina.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Evangelho do dia - A vigilância


Mt 25,1-13

Jesus disse:
- Naquele dia o Reino do Céu será como dez moças que pegaram as suas lamparinas e saíram para se encontrar com o noivo. Cinco eram sem juízo, e cinco eram ajuizadas. As moças sem juízo pegaram as suas lamparinas, mas não levaram óleo de reserva. As ajuizadas levaram vasilhas com óleo para as suas lamparinas. Como o noivo estava demorando, as dez moças começaram a cochilar e pegaram no sono.
- À meia-noite se ouviu este grito: "O noivo está chegando! Venham se encontrar com ele!"
- Então as dez moças acordaram e acenderam as suas lamparinas. Aí as moças sem juízo disseram às outras: "Dêem um pouco de óleo para nós, pois as nossas lamparinas estão se apagando."
- "De jeito nenhum", responderam as moças ajuizadas. "O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!"
- Então as moças sem juízo saíram para comprar óleo, e, enquanto estavam fora, o noivo chegou. As cinco moças que estavam com as lamparinas prontas entraram com ele para a festa do casamento, e a porta foi trancada.
- Mais tarde as outras chegaram e começaram a gritar: "Senhor, senhor, nos deixe entrar!"
- O noivo respondeu: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês!"
E Jesus terminou, dizendo:
- Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora.

Comentário do Evangelho

Uma parábola sobre o Reino dos céus

Várias parábolas narradas pelos evangelistas, coletadas entre a tradição das primeiras comunidades, não são exemplares em seu todo, mas apenas em detalhes particulares. Como aquela do administrador que adultera
os débitos de seu patrão para ficar bem com os devedores (Lc 16,1-8), ou a do rei que convidou para um banquete e acabou mandando destruir os que não se interessaram em vir (Mt 22,1-14). Nesta parábola das moças com
as lamparinas, própria de Mateus, vigora o espírito da concorrência excludente e da intolerância, muito característico do Primeiro Testamento. A vigilância não significa esperarmos a vinda futura de Jesus, mas sim percebê-lo
já, presente nos pobres e excluídos, e o acolhermos e entrarmos em comunhão de amor com ele.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O empregado fiel e o empregado infiel


Mt 24,42-51

Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que vocês não estiverem esperando.
Jesus disse ainda:
- Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas, se o empregado for mau, pensará assim: "O meu patrão está demorando muito para voltar." Então começará a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.

Comentário do Evangelho

Fim dos tempos

Temos aqui um texto típico de Mateus sobre o fim dos tempos. Nele encontramos os temas da vigilância e do
julgamento final, com a condenação de alguns em contraposição à salvação de outros. Esta visão escatológica
tem origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo. O estímulo à ação é o temor. Com a revelação do Deus de amor, em Jesus, predomina a perspectiva da sedução pela ternura e mansidão do coração. Com a encarnação, realiza-se a presença do Deus de amor no tempo presente.
A vigilância tem um novo sentido. É estar atento às necessidades dos irmãos, particularmente os mais carentes, na busca da justiça. No serviço e na partilha da vida, entra-se em comunhão com o próprio Jesus, hoje presente entre os irmãos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O que esperam os hipócritas


Leitura Orante

Mt 23,27-32

- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram! Cobras venenosas, ninhada de cobras! Como esperam escapar da condenação.

Comentário do Evangelho

A expressão "ai de vós"

Por sete vezes Mateus usa a expressão "ai de vós" para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho de hoje, temos os dois últimos "ai de vós" da seqüência. A repetição explícita, "ai de vós, escribas e fariseus hipócritas...", mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
A comparação com o sepulcro tem duplo sentido: a contradição entre a aparência e o interior, e o foco de contaminação. Os escribas e fariseus aparentam justiça, mas por dentro estão cheios de injustiça, e sua doutrina é
contaminadora. No sétimo "ai", quando os escribas e fariseus enfeitam os túmulos afirmando que, se tivessem vivido no tempo de seus pais, não teriam cumplicidade na morte dos profetas, eles estão reconhecendo que são filhos dos assassinos. E atingem o auge da hipocrisia, pois querem fazer o que negam: matar Jesus.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Advertências contra os escribas e fariseus


Mt 23,23-26

- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos! Coam um mosquito, mas engolem um camelo!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa!

Comentário do Evangelho

Jesus condena o farisaismo

O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a
atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas. Com uma seqüência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as
aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante. As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nunca Julgue!



Padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, mais conhecido como Padre Léo, (Delfim Moreira, 9 de outubro de 1961 — São Paulo, 4 de janeiro de 2007) foi um sacerdote da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, (dehoniano).
Era cantor, compositor, apresentador, pregador e escritor.
Filho de Joaquim Mendes e Maria Nazaré.
Entrou para a Renovação Carismática Católica (RCC) em 1973.
Em 12 de outubro de 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que, hoje, conta com mais de 30 membros e 5 casas espalhadas pelo Brasil, que têm como objetivos acolher e oferecer tratamento a dependentes químicos, alcoólatras e portadores do vírus HIV, além de menores abandonados.
Em abril de 2006, padre Léo começou um tratamento contra o câncer que teve e, mesmo debilitado, esteve presente no evento "Hosana Brasil 2006", da Comunidade Canção Nova, em dezembro, muito abatido pelo tratamento.
Têm 23 livros publicados, a maioria editados pela Editora Canção Nova e pela Loyola. O último intitula-se “Buscai as Coisas do Alto”, escrito durante o tratamento contra o câncer. Outros títulos: "Viver com HIV", "A Cura do Ressentimento", "Rezando a Vida", "Famílias Restauradas", etc.
Morreu no Hospital das Clínicas em São Paulo de infecção generalizada em conseqüência de um câncer incurado.

Evangelho do dia - Procuravam Jesus e o encontraram


Jo 1,45-51

Filipe foi procurar Natanael e disse:
- Achamos aquele a respeito de quem Moisés escreveu no Livro da Lei e sobre quem os profetas também escreveram. É Jesus, filho de José, da cidade de Nazaré.
Natanael perguntou:
- E será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré?
- Venha ver! - respondeu Filipe.
Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Comentário do Evangelho

Filipe e Natanael

Jesus escolhe seus primeiros discípulos dentre os discípulos de João Batista. André, chamado por Jesus, chama Pedro e Filipe, e este chama Natanael. Natanael, diante da origem humilde de Jesus, manifesta sua incredulidade. Porém, ao primeiro contato com ele, Natanael o aclama como Filho de Deus e Rei de Israel. Jesus descarta este título de poder, identificando-se com o Filho do Homem, a presença divina no simplesmente humano que abre as portas do céu. O título "Filho de Deus" tem duplo sentido: título de realeza, comum nos reinos e impérios, e título específico de Jesus, enquanto presença divina, amorosa, encarnada. Natanael o usa no primeiro sentido. Jesus insinua que sua realidade é outra: por ele, o Filho do Homem, serão abertas as portas do céu aos humanos. Jesus vem realizar o projeto de Deus, que é levar o humano à plenitude pela comunhão com o amor divino.

domingo, 23 de agosto de 2009

Evangelho do dia - As palavras de vida eterna


Jo 6,60-69

Muitos seguidores de Jesus ouviram isso e reclamaram:
- O que ele ensina é muito difícil! Quem pode aceitar esses ensinamentos?
Não disseram nada a Jesus, mas ele sabia que eles estavam resmungando contra ele. Por isso perguntou:
- Vocês querem me abandonar por causa disso? E o que aconteceria se vocês vissem o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, mas mesmo assim
alguns de vocês não crêem. Jesus disse isso porque já sabia desde o começo quem eram os que não iam crer nele e sabia também quem ia traí-lo. Jesus continuou:
- Foi por esse motivo que eu disse a vocês que só pode vir a mim a pessoa que for trazida pelo Pai.
Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais. Então ele perguntou aos doze discípulos:
- Será que vocês também querem ir embora?
Simão Pedro respondeu:
- Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.

Comentário do Evangelho

Os discipulos não
compreendem Jesus

Após um debate com os judeus que se escandalizavam com as palavras de Jesus sobre o "pão descido do céu", são os próprios discípulos que murmuram por causa destas palavras. No prólogo do Evangelho, temos o anúncio de que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Agora Jesus associa a "carne" às suas palavras, que são Espírito e vida. A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida que vem do Pai e leva ao Pai. O tema da incompreensão de Jesus por parte dos discípulos é uma constante nos Evangelhos. Agora, alguns abandonam Jesus. São os que esperam dele sinais de poder e
mostram-se insensíveis aos seus sinais de amor e compaixão. Escandalizam-se com as palavras de Jesus ao se apresentar como enviado pelo Pai do céu para comunicar a vida eterna. Porém Pedro, em nome dos demais, confirma
sua fé e perseverança: "Tu tens palavras de vida eterna". Ir a Jesus é viver o amor e a unidade em todas as situações de nossa vida, em comunhão com todos, principalmente com os mais fracos e excluídos, conscientes de que somos todos membros do corpo de Cristo (cf. segunda leitura). Na primeira leitura, temos a proclamação da
fidelidade das tribos de Israel em servir o Senhor, sob o comando de Josué.

sábado, 22 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Anunciação


Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada.
O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.

Comentário do Evangelho

Maria, Mãe e Rainha dos discípulos e missionários

Nesta narrativa da anunciação, exclusiva de Lucas, Jesus já é apresentado como Filho de Deus. Tal afirmativa dá margem a uma dupla interpretação. O título de Filho de Deus, associado à ostentação de poder, foi atribuído
aos faraós e reis, inclusive ao próprio rei Davi. Muitos discípulos de Jesus se inclinaram a esta interpretação. Jesus, contudo, sempre se colocou em relação com seu Deus como a um Pai, misericordioso e todo amoroso. Filho de
uma jovem pobre e de um carpinteiro, Jesus revela-se como o Filho de Deus humilde e solidário com os pobres e excluídos, aos quais deseja comunicar a vida divina, descartando qualquer título de realeza.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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Evangelho do dia - O mandamento mais importante


Mt 22,34-40

Os fariseus se reuniram quando souberam que Jesus tinha feito os saduceus calarem a boca. E um deles, que era mestre da Lei, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, perguntou:
- Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?
Jesus respondeu:
- "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente." Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: "Ame os outros como você ama a você mesmo." Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos

Comentário do Evangelho

O maior mandamento da Lei

Os saduceus não acreditavam na ressurreição. Em uma disputa anterior, Jesus com sua revelação sobre a ressurreição os silenciara. Os fariseus, ao contrário, acreditavam nela. Um doutor da Lei vem a Jesus, com espírito
de intriga, questioná-lo sobre o maior mandamento da Lei. Esta era uma questão discutida entre os rabinos, diante dos 613 mandamentos que constavam na Lei. Predominava a opinião de que a observância do sábado seria o principal.
O doutor da Lei, simulando deferência, dirige-se a Jesus chamando-o de Mestre, título que era atribuído a ele mesmo por seus alunos. Jesus não entra no debate casuístico do emaranhado da Lei. Extraindo dois mandamentos
de fontes distintas - um do livro do Deuteronômio e outro do livro do Levítico -, ele remete a resposta à realidade concreta do compromisso de amor com Deus e com o próximo, igualando o amor ao próximo ao amor de Deus. Em complemento a esta síntese fundamental, Jesus já apresentara outra, no Sermão da Montanha: "Tudo quanto desejais
que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Evangelho do dia - São muitos os convidados


Mt 22,1-14

De novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:
- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!"
- Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem."
- Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?"
- Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."
E Jesus terminou, dizendo:
- Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos.

Comentário do Evangelho

As três parábolas de Mateus

Esta é uma das três parábolas que Mateus apresenta no contexto de um intenso confronto dos chefes dos sacerdotes e dos fariseus com Jesus. Lucas a apresenta durante uma refeição de Jesus em casa de um fariseu. Mateus amplia a parábola, carregando-a de violência. O núcleo das três parábolas é a rejeição de Israel à proposta do Reino dos Céus anunciado por Jesus, e a acolhida que Jesus teve entre os gentios, com seu anúncio.
Na parte final da parábola, temos um estranho apêndice que sugere a exclusão daqueles que não seguem as normas adotadas nas comunidades de Mateus.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Os trabalhadores da plantação de uvas



Leitura Orante

Mt 20,1-16a

Jesus disse:
- O Reino do Céu é como o dono de uma plantação de uvas que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação. Ele combinou com eles o salário de costume, isto é, uma moeda de prata por dia, e mandou que fossem trabalhar na sua plantação. Às nove horas, saiu outra vez, foi até a praça do mercado e viu ali alguns homens que não estavam fazendo nada. Então disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação de uvas, e eu pagarei o que for justo."
- E eles foram. Ao meio-dia e às três horas da tarde o dono da plantação fez a mesma coisa com outros trabalhadores. Eram quase cinco horas da tarde quando ele voltou à praça. Viu outros homens que ainda estavam ali e perguntou: "Por que vocês estão o dia todo aqui sem fazer nada?"
- "É porque ninguém nos contratou!" - responderam eles.
- Então ele disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação."
- No fim do dia, ele disse ao administrador: "Chame os trabalhadores e faça o pagamento, começando com os que foram contratados por último e terminando pelos primeiros."
- Os homens que começaram a trabalhar às cinco horas da tarde receberam uma moeda de prata cada um. Então os primeiros que tinham sido contratados pensaram que iam receber mais; porém eles também receberam uma moeda de prata cada um. Pegaram o dinheiro e começaram a resmungar contra o patrão, dizendo: "Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto, o pagamento deles foi igual ao nosso!" - Aí o dono disse a um deles: "Escute, amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?"
E Jesus terminou, dizendo:
- Assim, aqueles que são os primeiros serão os últimos(...).

Comentário do Evangelho

Deus não se limita
ao exclusivismo

Após abordar o tema do desprendimento diante da ambição das riquezas, Mateus insere uma parábola que lhe é própria, dentro do lema: "Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos", o qual não se adapta bem à parábola. No Reino dos Céus, os últimos são tão bem acolhidos quanto os primeiros. Pode-se perceber que Mateus insere a parábola em seu Evangelho a fim de orientar suas comunidades, predominantemente de judeo-cristãos,
para acolherem os novos convertidos do mundo pagão. Deus, no seu amor abrangente, não se limita ao exclusivismo pretendido pelo judaísmo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Portal da Música Católica




Evangelho do dia - Advertência sobre o apego aos bens materiais


LEITURA ORANTE

Mt 19,23-30

Jesus então disse aos discípulos:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: é muito difícil um rico entrar no Reino do Céu. E digo ainda que é mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito admirados e perguntavam:
- Então, quem é que pode se salvar?
Jesus olhou para eles e respondeu:
- Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus,
tudo é possível.
Aí Pedro disse:
- Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
O que é que nós vamos ganhar?
Jesus respondeu:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando chegar o tempo em que Deus vai renovar tudo e o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês, os meus discípulos, também vão sentar-se em doze tronos para julgar as doze tribos do povo de Israel. E todos os que, por minha causa, deixarem casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras receberão cem vezes mais e também a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.

Comentário do Evangelho

Difícil um rico entrar no Reino!

Jesus manifestou seu amor ao jovem rico, porém este optou pelo amor ao dinheiro. Então Jesus faz uma advertência aos discípulos sobre o apego aos bens materiais. Eles, percebendo que a ideologia da riqueza está bastante enraizada nas mentes e nos corações, perguntam: "Quem, pois, poderá salvar-se?". Porém,
a Deus tudo é possível. O próprio Pedro, falando pelos demais, testemunha a sua conversão e a sua libertação da escravidão do dinheiro. O bem maior alcançado em Jesus supera tudo. A sedução por seguir a Jesus liberta do jugo do ter e das estruturas que alicerçam o império monetário.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O conceito de vida eterna



Leitura Orante

Mt 19,16-22

Certa vez um homem chegou perto de Jesus e perguntou:
- Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna?
Jesus respondeu:
- Por que é que você está me perguntando a respeito do que é bom? Bom só existe um. Se você quer entrar na vida eterna, guarde os mandamentos.
- Que mandamentos? - perguntou ele.
Jesus respondeu:
- "Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeite o seu pai e a sua mãe e ame os outros como você ama a você mesmo."
- Eu tenho obedecido a todos esses mandamentos! - respondeu o moço. - O que mais me falta fazer?
Jesus respondeu:
- Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.
Quando o moço ouviu isso, foi embora triste, pois era muito rico.

Comentário do Evangelho

Quem tem Jesus, tem tudo!

A menção à "vida eterna" é rara nos sinóticos (Mt, Mc, Lc). O Evangelho de João refere-se à vida eterna um grande número de vezes, em lugar de Reino de Deus ou Reino dos Céus, usados nos sinóticos. O conceito de vida eterna exprime melhor o sentido de continuidade da vida presente, do que "Reino dos Céus". O jovem aspira ter a vida eterna. O cumprimento dos mandamentos tem apenas um alcance ético, encontrado também nas várias culturas. Jesus propõe ao jovem o caminho da perfeição. No Sermão da Montanha, encontramos a proclamação: "Deveis
ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito". Agora, Jesus explicita que a perfeição consiste em despojar-se das riquezas a favor dos pobres e segui-lo no cumprimento da vontade do Pai, que é a vida plena para todos.
A transferência para os pobres das riquezas acumuladas pelos ricos não é apenas uma questão individual, mas uma proposta ampla, no nível estrutural da sociedade.

sábado, 15 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Inclusão das crianças



Leitura Orante

Mt 19,13-15

Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças para Jesus pôr as mãos sobre elas e orar, mas os discípulos repreenderam as pessoas que fizeram isso. Aí ele disse:
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do Céu é das pessoas que são como estas crianças.
Então Jesus pôs as mãos sobre elas e foi embora.

Comentário do Evangelho

O Reino é dos pequenos

Nos freqüentes contatos de Jesus com as multidões, estas lhe traziam os adultos enfermos, paralíticos, cegos, surdos-mudos e possuídos por espíritos impuros. Eram as numerosas vítimas da exclusão do sistema dominador. Este era, também, o futuro a ser esperado para as crianças. Agora, ao cortejo dos que são levados a Jesus, incluem-se as próprias crianças. A imposição das mãos de Jesus, acompanhada da oração, era uma esperança de que a elas fosse reservado um futuro melhor. A criança é também um dos integrantes do universo social dos fracos e
excluídos, formado pelos impuros, pecadores, pobres e gentios. Ainda mais, dentro da família, com freqüência, a criança é vítima indefesa da dominação possessiva e da violência inconsciente dos pais, que, por sua vez,
carregam a carga de um mundo de conflitos. "A pessoas assim [como crianças] é que pertence o Reino dos Céus." A observação de Jesus tem um duplo aspecto: o da inversão da ordem social e o da conversão interior dos discípulos.
A nova ordem social a ser implantada com o Reino não é a dos adultos conformados ou satisfeitos, empenhados na busca de sucesso, status e riqueza. Na nova ordem do Reino dos Céus estão integradas as pessoas simples, confiantes no Pai, comunicativas, em busca do novo, de um futuro promissor e de um mundo melhor.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Os fariseus tentam confundir Jesus


Leitura Orante

Mt 19,3-12

Alguns fariseus chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram:
- Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora?
Jesus respondeu:
- Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: "No começo o Criador os fez homem e mulher"? E Deus disse: "Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa." Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.
Os fariseus perguntaram:
- Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um documento de divórcio?
Jesus respondeu:
- Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação não era assim. Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar com outra mulher.
Os discípulos de Jesus disseram:
- Se é esta a situação entre o homem e a sua esposa, então é melhor não casar.
Jesus respondeu:
- Este ensinamento não é para todos, mas somente para aqueles a quem Deus o tem dado. Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque nasceram assim; outros, porque foram castrados; e outros ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento

Comentário do Evangelho

O valor da família

Os fariseus tentam confundir Jesus com uma questão controvertida entre os rabinos. Por quais motivos é permitido ao homem despedir sua mulher, segundo a Lei de Moisés? O ponto de vista é exclusivamente unilateral, machista. Jesus descarta ao homem este direito. A exceção no texto, exclusiva de Mateus, é de complexa interpretação. Com
um frágil argumento, os discípulos colocam a questão de não se casar. Segue-se a fala de Jesus que fundamenta a tradicional opção pelo celibato religioso, a partir do restrito compromisso com o serviço do Reino.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O perdão


Leitura Orante

Mt 18,21-19,1

Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou:
- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?
- Não! - respondeu Jesus.
- Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor."
- O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!"
- Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo."
- Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você."
- O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida.
E Jesus terminou, dizendo:
- É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão.
Depois de dizer isso, Jesus saiu da Galiléia e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão.

Comentário do Evangelho

Perdoar é amar

Mateus nos apresenta esta parábola sobre o perdão como o núcleo do Sermão de Jesus sobre a Igreja. Nela é feita uma reversão da violência presente no Antigo Testamento: "Se Caim for vingado sete vezes, Lamec o será setenta e sete vezes!" (Gn 4,23-24). Jesus revela que nosso Deus é o Deus do perdão. Perdoar não apenas sete
vezes, mas setenta vezes sete vezes, isto é, perdoar sem limites. A parábola desenvolve-se de forma oscilante entre o perdão e a violência. Mais sugestiva para revelar a misericórdia divina é a parábola do filho pródigo. Pela prática da misericórdia, mantemos o vínculo da unidade na comunidade e entramos em comunhão com Deus.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Manter a harmonia na comunidade



Leitura Orante

Mt 18,15-20

- Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: "Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas." Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês proibirem na terra será proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido no céu.
- E afirmo a vocês que isto também é verdade: todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.

Comentário do Evangelho

Reconciliar e reconciliar-se

Mateus apresenta orientações para manter a harmonia na comunidade através da correção fraterna. Há uma tendência de simplesmente excluir alguém considerado problemático. Conflitos, sensibilidades feridas e ofensas são comuns neste convívio. Contudo, deve-se procurar superá-los com a mudança de comportamento. A prática do perdão, na comunidade, se dá em três estágios: o diálogo entre os dois irmãos envolvidos, a ampliação do diálogo solicitando duas ou três testemunhas e, por fim, a questão debatida pela Igreja (comunidade). Estas orientações
podem inspirar uma prática do perdão e da reconciliação menos formal, mais livre, espontânea e verdadeira.
Parece discriminatória a rejeição conclusiva do coletor e do pagão. É estranha, uma vez que o empenho de Jesus era conviver com eles. Percebe-se também que Levi, o coletor de impostos, também chamado Mateus, não poderia ser identificado como o autor deste texto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Santa Clara

Era bela, rica, poderosa. Um dia conhece Francisco, ouve-o pregar e escolhe viver na mais absoluta pobreza. Santa Clara de Assis nasceu há oitocentos e dez anos e é a face feminina do franciscanismo. A sua vida romanesca é pouco conhecida. Conta a lenda que derrotou sarracenos com um raio de Sol e ensinou como se pode ser feliz sem nada.


Quer saber mais sobre Santa Clara... Clique aqui

Evangelho do dia - Maior é aquele que se faz pequeno


LEITURA ORANTE

Mt 18,1-5.10.12-14

Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:
- Quem é o mais importante no Reino do Céu?
Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.
- Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu.
- O que é que vocês acham que faz um homem que tem cem ovelhas, e uma delas se perde? Será que não deixa as noventa e nove pastando no monte e vai procurar a ovelha perdida? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando ele a encontrar, ficará muito mais contente por causa dessa ovelha do que pelas noventa e nove que não se perderam. Assim também o Pai de vocês, que está no céu, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.

Comentário do Evangelho

O mais importante

Nos Evangelhos de Marcos e Lucas, esta questão sobre o maior no Reino dos Céus resulta de uma disputa competitiva entre os discípulos, que é rejeitada por Jesus. Em Mateus, ela simplesmente motiva a fala de Jesus sobre a subversão de valores: o maior é aquele que se faz pequeno e humilde como as crianças. É a humildade
que nos torna disponíveis para o serviço e a acolhida ao próximo, principalmente os mais carentes e necessitados. Os pequenos estão sob a proteção dos anjos do céu e sob os cuidados do Pai que está nos céus. Os discípulos, à semelhança de Jesus, são chamados para a comunhão com os excluídos, empobrecidos, discriminados e abandonados pelos sistemas de poder do mundo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

V ROMARIA DIOCESANA – TEMA: CATEQUESE E MISSÃO



No dia 08 de agosto, estivemos em São Luis de Montes Belos, na Romaria Diocesana. Éramos um grupo de 50 pessoas aqui de nossa Paróquia, dentre eles, vários catequistas e missionários.

Foi uma linda caminhada da nossa Fé!

A Igreja por sua natureza é Missionária. Dom Carmelo Scampa, Bispo Diocesano, nos convocou a um estado permanente de missão.


Quase um fenômeno....

Jogo Beneficente

Convidado pelo Pe. Amauri Alexandre, nosso pároco, Pe Carlinhos, foi a Senador Canedo participar de um jogo beneficente em prol da construção do nova matriz daquela cidade.
Com um golaço, nosso pároco ajudou salvar o time dos padres que perdia por 3 a 1.
O jogo terminou em 3 a 3.



Seminário Maior



Irmãos agradeço-lhes pelas orações e ajudas materiais na construção de nosso novo seminário maior.
No último dia 4 (dia do padre), com D. Carmelo, nossos padres e nossos seminaristas o inauguramos.
Deus lhe pague por tudo!
Pe. Carlos

Evangelho do dia - Jesus e o grão de trigo



Leitura Orante

Se o grão morre produz muito fruto
Jo 12,24-26

Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se um grão de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um grão. Mas, se morrer, dará muito trigo. Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira. Quem quiser me servir siga-me; e, onde eu estiver, ali também estará esse meu servo. E o meu Pai honrará todos os que me servem.

Comentário do Evangelho

Jesus e o grão de trigo

Após sua entrada em Jerusalém, com a acolhida entusiástica da multidão de peregrinos que também vinham à cidade, Jesus anuncia que é chegada a hora de sua glorificação pelo seu cumprimento fiel da vontade do Pai, até o fim, sem temor das ameaças de morte que sobre ele pairavam. Os Evangelhos sinóticos narram a parábola da semente que cai na terra, germina e dá frutos. João usa a mesma imagem. O grão que não morre fica só. É o individualismo e o terror
da solidão. O grão, para multiplicar-se em novos frutos, tem que cair na terra e morrer. É a comunicação, a fraternidade e o serviço à vida. A morte não é o último ato isolado da existência, mas é o termo de uma vida
devotada ao amor. Apegar-se à vida é querer afirmá-la em conformidade com os critérios da ideologia de sucesso deste mundo sob controle dos poderosos, agentes da morte lenta ou violenta. Guardar a vida na vida eterna supõe
o desprezo desta ideologia de sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida. O seguimento de Jesus se faz com o dom total de si mesmo, a favor da vida. Assim se estará onde Jesus estiver, junto ao Pai, na união do eterno Amor.

Festa em Louvor a SÃO FRANCISCO DE ASSIS


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domingo, 9 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O pão da vida



Leitura Orante

Jo 6,41-51

Eles começaram a criticar Jesus porque ele tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." E diziam:
- Este não é Jesus, filho de José? Por acaso nós não conhecemos o pai e a mãe dele? Como é que agora ele diz que desceu do céu?
Jesus respondeu:
- Parem de resmungar contra mim. Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: "Todos serão ensinados por Deus." E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim. Isso não quer dizer que alguém já tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; ele já viu o Pai.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.

Comentário do Evangelho

Jesus, pão da
vida eterna

Diante da proclamação da origem divina de Jesus, os judeus o rejeitam. A tradicional identificação de Deus com o "poder" impede que reconheçam a revelação de Deus nos pequenos e humildes. Contra Jesus, alegam sua
condição humilde, conhecida por todos. Ele é o filho de José, e todos conhecem seu pai e sua mãe. Jesus e sua família são tipos comuns em sua terra, Nazaré, onde já vivem há cerca de trinta anos, sem que nada de extraordinário os destacasse dos demais. Esta condição de vida de Jesus, simples e comum, é salientada nos quatro Evangelhos. É o que Jesus quer indicar ao identificar-se com o "Filho do homem" inúmeras vezes nos Evangelhos. Por outro lado,
as observações sobre a ordinária condição da vida de Jesus descartam a existência de alguma genealogia que o vinculasse a uma descendência davídica, o que certamente teria colocado sua família e ele em destaque entre
os demais. A grande revelação de Jesus, que viu o Pai e foi enviado pelo Pai, é justamente a presença de Deus entre os pequenos e humildes. Esta revelação, no tempo de Jesus e posteriormente, sempre foi mal compreendida
por muitos. Já os discípulos, equivocados, viam nele um messias davídico poderoso, e ao longo da história Jesus foi consagrado como Cristo Rei. O Pai revela seu amor em Jesus e por ele somos atraídos. O pão descido do céu é Jesus
concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se a fim de comunicar
a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é seguilo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na prefiguração de Elias (primeira leitura). Na bondade, na compaixão e no perdão (segunda leitura), na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca
da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.

MENSAGEM AOS PAIS


Pai, você é a razão da minha vida.
Deus é realmente maravilhoso,
Ele criou o mar para encantar o universo
com o mistério de suas águas.
Ele criou a natureza, para brilhar no nosso amanhecer,
com o frescor da sua beleza, ele colocou estrelas no céu,
para que iluminasse os nossos caminhos.
E Ele, na obra máxima de sua criação, me deu você!
Pai querido que enfeita o meu caminho e alegra
os meus dias com o sorriso e sua força.
Sem você Pai, o que eu poderia encontrar...
caminharia pelo mundo sem ter os braços abertos,
mas sim; de punhos fechado, de olhos cerrados,
e coração solitário.
Você representa todos os meus sonhos,
é por você que construo castelos,
é para você que escrevo histórias nas páginas
da minha história, da nossa história, do nosso cotidiano.
Pra mim, basta apenas Pai, que caminhe comigo
Ajudando a contar as estrelas do céu,
Ensinando-me a traçar novos rumos,
ensinando-me novamente ser aprendiz,
porque você tem o poder de trazer ao meu mundo
o brilho da lua, a magia da noite, a suavidade da brisa,
o calor do sol.
Você foi o mais maravilhoso presente de Deus,
sem você não haveria motivo para eu existir...
Obrigado, te amo muito.

Que o Divino Pai Eterno, Nosso Pai de bondade infinita abençoe nossos pais e nossas famílias.

É o que deseja a Paróquia São Francisco de Assis a todos os pais de nossa comunidade.


sábado, 8 de agosto de 2009

Evangelho do dia - Uma questão de fé



Leitura Orante

Mt 17,14-20

Quando eles chegaram perto da multidão, um homem foi até perto de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse:
- Senhor, tenha pena do meu filho! Ele é epilético e tem ataques tão fortes, que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe para os seus discípulos a fim de que eles o curassem, mas eles não conseguiram.
Jesus respondeu:
- Gente má e sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de aguentá-los? Tragam o menino aqui!
Então deu uma ordem, o demônio saiu, e no mesmo instante o menino ficou curado.
Depois os discípulos chegaram perto de Jesus, em particular, e perguntaram:
- Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele demônio?
Jesus respondeu:
- Foi porque vocês não têm bastante fé. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: "Saia daqui e vá para lá", e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa!

Comentário do Evangelho

A força da fé

Após a cena da transfiguração, no alto da montanha, Pedro, Tiago e João, com Jesus, voltam para junto da multidão. Os discípulos, que não conseguiram curar um menino com o demônio da epilepsia, vivem uma crise de fé. No menino, que "cai no fogo ou na água", podemos ver uma representação do mal e, ainda, uma alusão a Elias, com o carro e cavalos de fogo, e a Moisés, com a travessia do mar, que aparecem na transfiguração. Os discípulos estão
influenciados pela doutrina da sinagoga. Ainda têm uma visão superficial do significado de Elias e Moisés. Ainda não perceberam que o profeta e o legislador apontam para o "Filho amado" e estão a sua escuta. É pela fé que remove montanhas da velha tradição que criaturas frágeis compreendem e realizam o grande projeto de Deus.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009



Evangelho do dia - Condições para o seguimento de Jesus



Leitura Orante

Mt 16,24-28

E Jesus disse aos discípulos:
- Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida. Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: estão aqui algumas pessoas que não morrerão antes de verem o Filho do Homem vir como Rei.

Comentário do Evangelho

Seguir e renunciar

Este texto, muito forte e convincente sobre o seguimento de Jesus, encontra-se nos três Evangelhos sinóticos, após o episódio da controvertida confissão de fé de Pedro e do primeiro anúncio da Paixão. Jesus identificou-se com o "humano", agraciado por Deus com um destino de glória e felicidade eterna. Agora Jesus dirige um convite a todos. O tema é o seguimento de Jesus, a meta é a "vida". O seguimento comporta o renunciar a si mesmo e tomar
sua cruz. O renunciar a si mesmo, perder a sua vida, é desprezar a ideologia do sucesso, do enriquecimento e do consumismo. Porém, a renúncia por si mesma não é um fim. É uma libertação para assumir o compromisso
da transformação deste mundo. É preciso tomar a cruz. Marcos não fala em um sentido espiritual, mas no sentido concreto. Quem carregava sua própria cruz eram os condenados, incômodos à sociedade. Tomar a cruz é
enfrentar a violência da repressão do sistema político-religioso contra quem busca vida plena para todos. É a comunhão de vida com o próximo e com Deus.