sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus

Mt 16,24-28

Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.

Deus é surpreendente.
Na perícope precedente (Mt 16,13-23), depois que Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição, Pedro tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho: “Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’” (v. 22). Um Messias passar pela morte? Impensável! Mas Deus é surpreendente. É preciso confiança para poder compreender seu caminho. Não é que Pedro estivesse preocupado com o destino de Jesus. O anúncio da paixão é frustrante para Pedro; o Messias que está diante dele não é o que ele esperava ter encontrado. É que ele não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens.
Há uma condição imposta pelo Senhor para ser seu discípulo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (v. 24). Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência nesse dinamismo de entrega a Deus e ao próximo. Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.

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