terça-feira, 10 de novembro de 2009

Evangelho do dia - Convocados e escolhidos para servir


Lc 17,7-10

Façam de conta que um de vocês tem um empregado que trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: "Venha depressa e sente-se à mesa"? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: "Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber." Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens? Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: "Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente o nosso dever."

Comentário do Evangelho

Alegria do banquete no Reino

Esta enigmática parábola, por sua imagem e aplicação, a partir de duas interrogações, coloca o ouvinte na condição de um proprietário rural que explora seu servo ou assalariado. É uma realidade comum nas sociedades estruturadas em um mecanismo de enriquecimento de alguns a partir da exploração do trabalhador empobrecido que produz bens e riquezas. Um uso desta parábola seria sua transferência para a relação entre Deus ou Jesus e os discípulos. Isto se faria com certo constrangimento, pois a comparação seria entre um dono avarento e um escravo humilhado. A realidade de Jesus é bem diferente deste proprietário. Sua vida foi toda dedicada ao serviço aos pobres e excluídos, culminando com o lava-pés dos discípulos na última ceia. Poder-se-ia salvar, talvez, apenas a conclusão: os discípulos devem servir a Deus de maneira humilde e desinteressada. Sob outro enfoque, podemos entender a parábola como uma crítica de Jesus àqueles que ainda estão apegados às observâncias da Lei. Escravos da Lei a obedecem cegamente e no fim percebem que não passaram de servos dela. Não chegaram à liberdade nem à alegria do banquete no Reino.


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