quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Jesus quis abraçar Jerusalém


Leitura Orante
Lc 13,31-35


Naquele momento alguns fariseus chegaram perto de Jesus e disseram:
- Vá embora daqui, porque Herodes quer matá-lo.
Jesus respondeu:
- Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: "Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho."
E Jesus continuou:
- Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.
- Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: "Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!"

Nada impede a missão libertadora de Jesus

Após apresentar a denúncia de Jesus sobre a infidelidade de Israel e a acolhida aos gentios, "há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos", Lucas insere este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam proteger Jesus das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com autoridade sobre a Galileia. Herodes já havia mandado matar João Batista, e Jesus, cuja prática assemelhava-se a de João, estava também ameaçado. A resposta de Jesus é um recado a ser dado a Herodes por estes fariseus, que queriam intimidar Jesus e se ver livres dele. Jesus chama Herodes de raposa (ardiloso, vil, sorrateiro) e, com convicção, afirma seu propósito de continuar sua missão libertadora, que será estendida até Jerusalém. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém. Com uma sentença em estilo profético, Jesus faz ainda um apelo à conversão de Jerusalém, caracterizando-a como a cidade que mata os profetas.

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