quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Eu te louvo, ó Pai"

Leitura Orante
Mt 11,25-27


Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

A exaltação de Jesus aos pequeninos

A exaltação de Jesus aos pequeninos que acolheram a revelação faz contraste com as cidades que o rejeitaram, na narrativa que antecede, neste evangelho de Mateus. Nas cidades estão os sábios e entendidos, inseridos no sistema de poder e comprometidos com ele. Eles são cooptados e usufruem os benefícios deste sistema. Abandonam a disponibilidade e o compromisso para com as mudanças propostas pelo projeto de Jesus. O que foi desprezado por aqueles sábios e entendidos, particularmente os doutores da lei, foi revelado aos pobres e excluídos que acolheram Jesus. A revelação do Reino provoca uma subversão de valores no mundo. Os valores mundanos de poder e dinheiro são rejeitados, vigorando agora, como valores supremos, o amor, a liberdade, a vida e a paz. O conhecer a Deus é aderir e ter a experiência destes valores. Aos pobres e pequeninos, marginalizados e não apegados às riquezas, é dado o conhecimento de Deus. A introdução a esta fala de Jesus, "Naquela ocasião Jesus pronunciou estas palavras...", é significativa. Sugere que as palavras que seguem possam ter sido extraídas de fórmulas litúrgicas de louvor das primeiras comunidades, onde se fazia a memória de Jesus. Esta é a única passagem em todo Segundo Testamento, em que o Pai é invocado como Senhor dos céus e da terra.

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