No dia nacional da educação uma paralisação foi realizada por profissionais das escolas públicas do Brasil com objetivo de pedir melhorias para a categoria. Em Anicuns a data também marcou o início de um movimento para que o Estado de Goiás crie uma lei tornando a atual Escola Paroquial Nossa Senhora Aparecida em estadual. A instituição de ensino que existe há 56 anos foi criada pela Paróquia São Francisco de Assis. Segundo o Pároco Padre Carlos Arantes de Gouvea, a escola foi fundada por missionários redentoristas na década de 50, tendo cunho filantrópico. A comunidade estudantil tinha ensino de qualidade e gratuito e que 20 anos depois uma parceria com o estado de Goiás foi estabelecida. A igreja cedeu o prédio e o Estado os profissionais. Assim a instituição funcionou até o mês passado, quando a direção da escola foi informada que não há uma lei de criação que justifique a existência da Escola Paroquial Nossa Senhora Aparecida e que a mesma se tornaria uma extensão da Escola Estadual Professor Alfredo Nasser. A partir deste bimestre a documentação da instituição passa a receber a nova nomenclatura.
A notícia comoveu a comunidade, nesses quase sessenta anos de existência mais de dezesseis mil pessoas já estudaram na escola, se analisar praticamente toda a população da cidade, pois o último censo registrou quase 25 mil habitantes. Atualmente são cerca de 500 matriculados. Um abaixo assinado foi iniciado e em apenas um dia foram quase duas mil assinaturas. A dona de casa, Sônia Justina, também assinou o manifesto, há dezenove anos ela foi aluna da instituição e alguns anos mais tarde a filha dela, Genistela Gonçalves, estudou na escola. A agente administrativa, Sonita Gonçalves, trabalha na conhecida Paroquial, há trinta anos e está triste com o acontecimento. Para ela é fundamental manter a escola no mesmo prédio e com o mesmo nome, pelo prestígio e também o carinho que a instituição tem diante da comunidade. É difícil encontrar, alguém que não tenha estudado aqui, afirmou.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Goiás foi procurada, mas até o término desta reportagem não houve resposta.
Por Thaísa Lobo e Marçal Dorneles
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