terça-feira, 17 de maio de 2011

Eu lhes dou a vida eterna

Leitura Orante
Jo 10,22-30


Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: "Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!" Jesus respondeu: "Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um".

Jesus se dedica às obras do Pai

A festa da Dedicação ou "das luzes", celebrada em dezembro, quando é inverno no hemisfério norte, era feita em memória da purificação do Templo de Jerusalém, libertado do domínio helênico, por Judas Macabeu, em 165 a.C. Na festa anterior, das Tendas, Jesus já fizera a auto-proclamação figurativa: "Eu sou o bom pastor", agora retomada.
Não há menção de que Jesus participasse dos rituais da festa. Enquanto os judeus festejam a purificação do Templo, Jesus se dedica às obras do Pai, empenhado em promover a libertação das pessoas e comunicar-lhes a vida eterna pelo amor. Jesus mantém uma relação de diálogo e amor com todos, não necessitando de intermediários, nem sacrifícios, nem templos, no estilo do rígido sistema religioso de seu tempo. A obra de Jesus é feita em unidade com o Pai. Esta obra é o dom do amor e da vida. Aqueles que acolhem Jesus contam com o amor do Pai e não se deixarão levar por nenhuma proposta sedutora e enganadora dos poderosos deste mundo.

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