terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nossa Senhora Aparecida


Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida é um título católico dedicado a Maria, mãe de Jesus de Nazaré. O seu santuário localiza-se em Aparecida, no estado de São Paulo, e a sua festa é comemorada anualmente em 12 de outubro. Nossa Senhora Aparecida é a padroeira dos Católicos do Brasil. (saiba mais...)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um sinal?

Leitura Orante
Lc 11,29-32

Quando a multidão se ajuntou em volta de Jesus, ele começou a falar e disse o seguinte:
- Como as pessoas de hoje são más! Pedem um milagre como sinal de aprovação de Deus, mas nenhum sinal lhes será dado, a não ser o milagre de Jonas. Assim como o profeta Jonas foi um sinal para os moradores da cidade de Nínive, assim também o Filho do Homem será um sinal para a gente de hoje. No Dia do Juízo a rainha de Sabá vai se levantar e acusar vocês, pois ela veio de muito longe para ouvir os sábios ensinamentos de Salomão. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Salomão. No Dia do Juízo o povo de Nínive vai se levantar e acusar vocês porque, quando ouviram a mensagem de Jonas, eles se arrependeram dos seus pecados. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Jonas.

Sinais da presença de Deus

Diante das multidões que vêm ao seu encontro, Jesus começa a falar sobre o pedido de um sinal que demonstre o seu poder. O episódio é narrado pelos três evangelistas. Em Marcos, Jesus nega-se a dar qualquer sinal (cf. 15 fev.): o sinal por excelência é o da partilha do pão, que revela o novo mundo da fraternidade, que surge. A "geração perversa" que "busca um sinal" refere-se ao Judaísmo estrito, com suas genealogias segregacionistas e seus privilégios raciais. Só entende Deus como manifestação de poder. Lucas apresenta dois sinais da tradição do Primeiro Testamento: a sabedoria de Salomão e a pregação de Jonas. Ambas são superadas por Jesus, com suas palavras e sua prática libertadora e misericordiosa. Deus dá muitos sinais de sua presença amorosa na história. Contudo, o olhar da humanidade, ofuscado pelas luzes sedutoras dos poderosos da terra, não percebe esta presença sutil de Deus. Estamos no tempo de percebê-la, em nossas vidas, em nossas comunidades e no mundo de hoje.

sábado, 9 de outubro de 2010

Felicidade: ouvir e viver a Palavra

Leitura Orante
Lc 11,27-28


Quando Jesus acabou de dizer isso, uma mulher que estava no meio da multidão gritou para ele:
- Como é feliz a mulher que pôs o senhor no mundo e o amamentou!
Mas Jesus respondeu:
- Mais felizes são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e obedecem a ela.

Ouvir a Palavra

Este breve diálogo entre uma mulher anônima, no meio da multidão, e Jesus é exclusivo de Lucas. Esta mulher, com sua sensibilidade própria, proclama Maria como bem-aventurada por ser a mãe de Jesus. Contudo, Jesus afirma algo maior que supera qualquer grandeza humana. Este diálogo tem o mesmo conteúdo de um diálogo anterior no qual Jesus afirma: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática" (Lc 8,19-21; cf. 16 jul., 20 jul.). A simples geração carnal, própria da condição humana, é elevada à participação na vida divina, pela prática da vontade de Deus, revelada em Jesus. Ouvir a Palavra e praticá-la é o que leva à maior bem-aventurança. Os laços familiares e a própria geração carnal só encontram seu sentido pleno quando as pessoas se comprometem com o Reino de Deus, na fraternidade universal. As genealogias invocadas para a inclusão nos pretendidos privilégios raciais de povo eleito perdem sentido. A Palavra de Deus revela a novidade do Reino. Ouvir a Palavra é ouvir o ensinamento de Jesus, que revela a vontade do Pai. E a este ouvir segue-se o fazer esta vontade. É bem-aventurado quem com amor humilde e misericordioso se une aos irmãos, forma comunidades abertas onde se vive o serviço e a partilha, comunicando a vida aos marginalizados e excluídos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Jesus expulsa demônios

Leitura Orante
Lc 11,15-26

Mas alguns disseram:
- É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus. Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse:
- O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Vocês dizem que é Belzebu que me dá poder para expulsar demônios. Mas, se é assim, quem dá aos seguidores de vocês o poder para expulsar demônios? Assim, os seus próprios seguidores provam que vocês estão completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios, e isso prova que o Reino de Deus já chegou até vocês.
- Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.
- Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.
Jesus continuou:
- Quando um espírito mau sai de alguém, anda por lugares sem água, procurando onde descansar, mas não encontra. Então diz: "Vou voltar para a minha casa, de onde saí." Aí volta e encontra a casa varrida e arrumada. Depois sai e vai buscar outros sete espíritos piores ainda, e todos ficam morando ali. Assim a situação daquela pessoa fica pior do que antes.

Somos libertados

Sob a influência da doutrina do Templo e das sinagogas, alguns dentre os judeus difamam Jesus acusando-o de parceiro de Beelzebu. Pretendem difamar Jesus diante da opinião pública. Jesus inverte a acusação. Ele expulsa os demônios pelo dedo de Deus, libertando os possuídos pelo sistema opressor do Templo e das sinagogas, revelando a chegada do Reino de Deus. Contudo, a libertação, sem a adesão à Palavra que leva ao compromisso com o Projeto de Deus, deixa a pessoa desamparada para novamente ser tomada pelo mau espírito. Somos libertados por Deus, em Jesus, para sermos agentes da transformação deste mundo em um mundo novo em que a ambição do dinheiro que promove o horror da guerra de conquista ceda lugar à fraternidade, à partilha e à paz.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fotos da Festa em Louvor a São Francisco de Assis

Novena no Júnior Valadão e Família - Casa Modelo / 21- 09-10













Novena na Igreja Matriz / 22-09-10





Novena na Igreja Matriz - 23/09/10









Novena na Igreja Matriz- 24/09/10



Desfile de Carro de Bois - 25/09/10






Maria, serva do Senhor

Leitura Orante
Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.

Simplicidade e abandono

A Igreja guarda a tradição da oração contínua, que brota do coração. Este tipo de oração, chamado "hesicasmo", alimenta-se de frases curtas ou algumas breves palavras significativas, repetidas continuamente. É a oração do coração que nos leva à presença de Deus, com simplicidade e abandono. O Rosário insere-se neste tipo de oração.
Evocar o nome de Maria nos conscientiza da sua presença entre nós, com Jesus, no seio do Pai. Em oração de agradecimento a Deus, unimo-nos à saudação do anjo e à saudação de Isabel (Lc 1,28.42). "Alegra-te (Ave, Maria), cheia de graça", "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus". Pela oração contínua, vivemos na presença de Deus, e pela prática do amor fraterno e solidário comungamos com Jesus, na eternidade.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Pai Nosso

Leitura Orante
Lc 11,1-4

Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu:
- Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele.
Jesus respondeu:
- Quando vocês orarem, digam:
"Pai, que todos reconheçam
que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino.
Dá-nos cada dia o alimento
que precisamos.
Perdoa os nossos pecados,
pois nós também perdoamos
todos os que nos ofendem.
E não deixes que sejamos tentados."

Oração do Pai-Nosso

O Evangelho de Lucas tem como uma de suas características o destaque que dá aos momentos de oração de Jesus. Contemplar Jesus em oração é uma fonte que inspira nossa própria oração. O Evangelho de Mateus, dirigido a comunidades de discípulos oriundos do Judaísmo, introduz esta oração do Pai-Nosso, de forma mais teológica, a partir da contraposição à oração dos fariseus e dos gentios. Lucas, por sua vez, dirigindo-se a pagãos convertidos, introduz a oração, de forma mais simples, a partir do exemplo da oração do próprio Jesus e do exemplo de João Batista e seus discípulos. Na nossa indigência diante de Deus, não sabemos como orar. Jesus o ensina a nós, com poucas palavras, que nos dão a certeza de que Deus nos ouve com amor. Pela oração do Pai-Nosso, tornamo-nos conscientes da presença de Deus entre nós, na santidade da dignidade humana. Com humildade nos percebemos frágeis e dependentes do nosso Pai, em nossas necessidades de cada dia. Nós nos comprometemos em sermos misericordiosos uns com os outros, na reconciliação e no amor. E contamos com o amparo de Deus para não nos deixarmos seduzir pelas ilusões e propostas do mundo submisso ao poder e à ambição da riqueza.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Jesus elogia quem é capaz de escutar

Leitura Orante
Lc 10,38-42


Jesus e os seus discípulos continuaram a sua viagem e chegaram a um povoado. Ali uma mulher chamada Marta o recebeu na casa dela. Maria, a sua irmã, sentou-se aos pés do Senhor e ficou ouvindo o que ele ensinava. Marta estava ocupada com todo o trabalho da casa. Então chegou perto de Jesus e perguntou:
- O senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo este trabalho? Mande que ela venha me ajudar.
Aí o Senhor respondeu:
- Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela.
Jesus visita Marta e Maria

O povoado de Marta e Maria, que em Lucas não tem nome, é identificado no Evangelho de João como sendo Betânia, que fica próximo a Jerusalém. Pelos detalhes desta narrativa, percebe-se que Marta é a irmã mais velha. Recebe Jesus e está imbuída de responsabilidade pelos cuidados com o hóspede. Espera que Maria a ajude. Mostrando estar à vontade com Jesus, queixa-se da irmã. Jesus, com carinho, repetindo o nome dela por duas vezes, mostra-lhe que a atitude de Maria é a mais conveniente no momento, pois ele está ali para lhes comunicar sua palavra, que é vida. Para as primeiras comunidades a narrativa tinha dois sentidos. As mulheres, ao receberem missionários em suas casas, não devem ater-se simplesmente a lhes proporcionar o bem-estar, mas também devem estar atentas para escutá-los. Por outro lado, nas comunidades as mulheres não devem restringir-se a deveres domésticos, mas também devem sentir-se livres e se dedicarem à escuta e à participação da palavra. A narrativa foi tardiamente interpretada na Igreja como se a opção pela vida contemplativa fosse melhor do que a vida ativa.

sábado, 2 de outubro de 2010

Seja como as crianças

Leitura Orante
Mt 18,1-5.10

Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:
- Quem é o mais importante no Reino do Céu?
Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.
- Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu.
Abandono nas mãos de Deus

Os discípulos preocupam-se com quem é o maior. Coisa típica da sociedade competitiva na busca da ascensão para junto dos poderosos. Suas consequências são o individualismo, o elitismo, a discriminação e a exclusão. Jesus toma uma criança como referência, talvez um pequeno servo ou escravo. Os discípulos estão tão impregnados da ideologia de poder que precisam se converter e se tornar como crianças. Não se trata de assumir o infantilismo no seu universo limitado. Mas trata-se da criança como frágil e excluída. Em vez da aspiração ao poder, os discípulos devem estar conscientes de sua condição de fragilidade que leva, com humildade, ao abandono nas mãos de Deus e à solidariedade com seus semelhantes. A advertência final liga-se à crença judaica, herdada do zoroastrismo, nos anjos do céu que servem a Deus. Um dos serviços é a proteção dos fiéis na terra. É, por exemplo, o caso de Tobias, protegido pelo anjo Rafael. O texto, próprio de Mateus, indica a proteção de Deus sobre os discípulos que se fazem pequenos e humildes.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

As cidades resistentes

Leitura Orante
Lc 10,13-16

Jesus continuou:
- Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam se assentado no chão, vestidos com roupa feita de pano grosseiro, e teriam jogado cinzas na cabeça. No Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Tiro e de Sidom do que de vocês, Corazim e Betsaida! E você, cidade de Cafarnaum, acha que vai subir até o céu? Pois será jogada no mundo dos mortos!
Então disse aos discípulos:
- Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou.

O discípulo em missão

No Primeiro Testamento eram comuns as imprecações contra nações ou cidades adversárias de Israel ou de Judá. Nos Evangelhos, temos aqui as imprecações, com os "ais" como anúncio de desgraça, contra três cidades vizinhas ao Lago ("Mar") da Galileia, Cafarnaum, Corazim e Betsaida, próximas entre si. Depois haverá também a imprecação sobre "Jerusalém, que matas os profetas" (Lc 13,34-35; Mt 23,37-39). As três cidades censuradas eram centros de comércio a partir das navegações no lago, em comunicação com territórios gentílicos vizinhos à Galileia. Elas tiveram Jesus e seus discípulos próximos delas, Cafarnaum como a cidade-base de Jesus, e Betsaida como cidade de origem de Pedro, André e Filipe. Porém não deram frutos de conversão. As cidades gentílicas de Tiro e Sidônia oferecem mais esperanças do que estas três mencionadas e que estavam sob a influência de sinagogas judaicas.
Estas palavras de Jesus encerram o envio dos setenta e dois discípulos à missão. Pela proclamação final, o discípulo em missão é identificado com o próprio Jesus.