quinta-feira, 29 de abril de 2010

Conheço aqueles que escolhi

Jo 13,16-20

Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem.
- Não estou falando de vocês todos; eu conheço aqueles que escolhi. Pois tem de se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem: "Aquele que toma refeições comigo se virou contra mim". Digo isso a vocês agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês creiam que "EU SOU QUEM SOU". Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem receber aquele que eu enviar estará também me recebendo; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.

Gestos de serviço e humildade

Este texto do Evangelho é a continuação da fala de Jesus após lavar os pés dos discípulos na última ceia (cf. 13 abr.). O que ele fez é um exemplo para que o façamos também. A frase inicial é própria dos Evangelhos sinóticos. O ato de humildade de Jesus não é o de um escravo oprimido, mas sim um ato de serviço no amor aos amigos. "Não vos chamo servos mas amigos" (Jo 15,15). Quem praticar gestos de serviço e humildade é um bem-aventurado (makarios, bem-aventurado, feliz). Apenas por duas vezes João menciona bem-aventuranças, frequentemente presentes em Mateus e Lucas. É com estes gestos que construímos o novo mundo bem-aventurado onde reinam a fraternidade, a justiça e a paz. Jesus começa a preparar os discípulos para o desfecho violento que se aproxima. A traição de Judas choca pela insensibilidade ao amor que recebeu de Jesus. Porém ele é apenas um instrumento do sistema de poder, violento e opressor, da sinagoga e do Templo que age em parceria com o Império Romano. Contudo, Jesus, Filho de Deus, é o portador e doador da vida eterna.

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