sexta-feira, 22 de abril de 2011

"Está tudo consumado"



Leitura Orante
Jo 18,1-19,42


Eles tomaram conta de Jesus. Carregando a sua cruz, ele saiu para o lugar chamado Calvário... Lá, eles o crucificaram com outros dois, um de cada lado... Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe , Maria de Cléofas e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis o teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!" A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado... disse: "Tenho sede!"... Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: "Está tudo consumado". E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

A paixão e morte de Jesus na cruz

Na liturgia, hoje, são lidos os capítulos 18 e 19 de João, com a narrativa completa da Paixão e morte de Jesus. Esta narrativa, que é encontrada também nos evangelhos sinóticos, parece ser a mais antiga das tradições sobre Jesus. Ela corresponde ao destaque dado pelas primitivas comunidades cristãs judáicas ao culto ao sofrimento que tem suas raízes na teologia sacrifical templária do Primeiro Testamento. A paixão de Jesus, com sua morte na cruz, não é um fim, nem um meio. Não é o fim de tudo, nem o meio de alcançar a glória. É a revelação da violência presente no mundo. É a plena evidência da terrível dimensão desta violência, pela bondade, mansidão e ternura de sua vítima, Jesus de Nazaré, o filho de Deus, "que tinha tanto amor". E, mais ainda, a evidência de como os poderosos deste mundo são os maiores agentes e responsáveis pela violência e pela morte.

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