segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"Acender", "ver", "iluminar"

Leitura Orante
Lc 8,16-18

"Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la debaixo de uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ela é posta no candelabro, a fim de que os que entram vejam a claridade. Ora, nada há de escondido que não venha a ser descoberto. Nada há de secreto que não venha a ser conhecido e se tornar público. Olhai, portanto, a maneira como ouvis! Pois a quem tem será dado, e a quem não tem, até aquilo que julga ter lhe será tirado!"

"Luz do mundo"

Lucas, no contexto da explicação da parábola do semeador, apresenta algumas sentenças de Jesus, também encontradas no bloco de parábolas, em Marcos, e dispersas entre os vários discursos de Jesus, em Mateus. A primeira, com a imagem da lâmpada a ser colocada sobre o candelabro para iluminar, refere-se aos discípulos, que não devem se intimidar mas se tornar a "luz do mundo". A sentença seguinte tem duplo sentido: a malícia oculta dos fariseus será denunciada, e tudo aquilo que os discípulos conhecem, reservadamente, sobre Jesus deverá ser anunciado. As palavras que os discípulos ouvem de Jesus não devem permanecer estéreis ou relegadas ao esquecimento, mas devem alimentar a prática transformadora destes discípulos, através de seu testemunho vivo, fieis ao cumprimento da vontade do Pai. A sentença final soa estranha. Parece ser uma alusão à sociedade elitista exploradora, na qual quem tem fica cada vez mais rico, enquanto espolia os que pouco tem, empobrecendo-os cada vez mais. Pode-se pensar em uma aplicação semítica, na perspectiva da fé. Quem tem a fé em Jesus crescerá nela, enquanto que os escribas e fariseus que se limitam à fé na revelação do Primeiro Testamento acabarão perdendo-a. 

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