sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vinho novo em odres novos

Leitura Orante
Lc 5,33-39

Algumas pessoas disseram a Jesus: 
- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam. 
Jesus respondeu: 
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar! 
Jesus fez também esta comparação: 
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor." 

Não fragmentar a nova realidade

Os discípulos de João Batista originários do judaísmo retomaram as observâncias dos fariseus. Assim Jesus é questionado sobre a inobservância do jejum. Jesus afirma que sua presença, como que um noivo, significa um novo tempo, o tempo das bodas. É tempo de alegria, é a festa da vida que estava esmagada e sofrida e que é resgatada por Jesus. A parábolas que segue é bastante sugestiva: ninguém corta uma roupa nova para tirar um remendo para colocar em uma roupa velha! Perde-se a roupa nova e a velha fica desajustada. A parábola é bem clara. Não se deve fragmentar a nova realidade revelada por Jesus para adaptá-la às expectativas da velha tradição. Também, a velha tradição, desgastada e de uma cultura ultrapassada, não suporta a novidade de Jesus. Com sentido semelhante segue a parábola dos odres. A frase final é irônica: os fariseus apegados à letra do velho testamento rejeitam a novidade de Jesus.

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