sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dois mandamentos igualmente importantes: amor a Deus e ao próximo

Leitura Orante
Mt 22,34-40

Os fariseus se reuniram quando souberam que Jesus tinha feito os saduceus calarem a boca. E um deles, que era mestre da Lei, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, perguntou:
- Mestre, qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?
Jesus respondeu:
- "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente." Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: "Ame os outros como você ama a você mesmo." Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos.

O amor e a lei

Jesus, em uma disputa anterior, com sua revelação sobre a ressurreição, silenciara os saduceus, que nela não acreditavam. Os fariseus, por sua vez, acreditavam na ressurreição, divergindo destes saduceus. Um doutor da Lei, fariseu, vem a Jesus, com espírito de intriga, questioná-lo sobre o maior mandamento da Lei. Esta era uma questão discutida entre os rabinos, face aos 613 mandamentos que constavam na Lei. Predominava a opinião de que a observância do sábado seria o principal. O doutor da Lei, simulando deferência, dirige-se a Jesus chamando-o de Mestre, título que a si próprio era dado pelos seus alunos. Jesus não entra pelo debate casuístico no emaranhado da Lei. Extraindo dois mandamentos separados, um do Livro do Deuteronômio e outro do Livro do Levítico, Jesus remete a resposta à realidade concreta do compromisso de amor com Deus e com o próximo, igualando o amor ao próximo ao amor a Deus. Completando esta síntese fundamental, Jesus já apresentara outra, no Sermão da Montanha: "Tudo quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas" (Mt 7,12). A simplicidade do amor supera a complexidade da Lei.

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