segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dinâmica de Jesus: acolhe os fracos


Leitura Orante
Lc 9,46-50
Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.

Comunhão de amor com o próximo

Marcados pela tradição cultural de dominação, característica das classes religiosas e latifundiárias da Judeia, os discípulos têm dificuldade em compreender a prática libertadora de Jesus, na humildade e no serviço às multidões dos empobrecidos e excluídos. Eles têm bem enraizada em suas mentes a tradição messiânica com a expectativa de um líder que com poder restauraria o antigo Reino de Israel e Judá, nos moldes épicos desta tradição. Discutem quem seria o maior no reino que esperavam que Jesus instaurasse. Em contraposição a esta expectativa, Jesus identifica-se com uma criança. É na humildade e na fragilidade, na esperança e no compromisso, que se entra em comunhão de amor com o próximo, com Jesus e com o Pai. À aspiração ao poder, soma-se a mentalidade discriminatória manifestada por João, em querer reprimir alguém que agia em nome de Jesus independentemente do grupo de discípulos que lhe era mais próximo. É a mentalidade da autoridade que coíbe a liberdade do Espírito. Jesus remove esta mentalidade, acolhendo todo o bem que é feito em seu nome.

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