sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pedro crê e testemunha

Leitura Orante
Lc 9,18-22

Certa vez Jesus estava sozinho, orando, e os discípulos chegaram perto dele. Então ele perguntou:
- Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é um dos profetas antigos que ressuscitou.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Pedro respondeu:
- O Messias que Deus enviou.
Então Jesus proibiu os discípulos de contarem isso a qualquer pessoa. E continuou:
- O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.

Jesus é o "Cristo de Deus"

Este episódio sobre a identidade de Jesus é narrado pelos três evangelistas sinóticos. Lucas o apresenta logo após a partilha dos pães. Em Marcos, o episódio situa-se por ocasião da última viagem de Jesus em território gentílico, em Cesareia de Filipe, ao norte da Galileia. Lucas não faz menção a ela no seu Evangelho. Ele opta por narrar as viagens aos gentios dentro do contexto das atividades missionárias dos apóstolos, em Atos. O diálogo entre Jesus e os discípulos é semelhante ao do Evangelho de Marcos. Jesus pergunta e os discípulos relatam as opiniões das multidões. Pedro apresenta sua opinião: Jesus é o "Cristo de Deus". Como em Marcos, tal resposta significa identificar Jesus com o messias-rei poderoso, da casta davídica. Isto é, significa alimentar as esperanças de que Jesus sublevaria as multidões para restaurar o Israel glorioso e hegemônico. Jesus proíbe severamente que digam isto. Uma falsa concepção da missão libertadora de Jesus favorece as concepções tradicionais que procuram manter o poder de elites religiosas ou políticas.

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