quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A missão dos setenta e dois


Leitura Orante
Lc 10,1-9


Depois disso o Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir. Antes de os enviar, ele disse:
- A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias. E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa, façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma casa para outra.
- Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até vocês."

Universalidade da missão

Timóteo e Tito, celebrados aqui, ligam-se intimamente às missões de Paulo apóstolo. No evangelho de hoje, Lucas apresenta a escolha e o envio dos setenta e dois. Ele a acrescenta ao envio dos Doze. Entrar em qualquer casa, comer o que for oferecido, não corresponde à prática judaica. Porém, o discípulo de Jesus, enviado, tem o coração aberto e comunicativo. É a universalidade da missão. Enquanto "doze" associava-se às "doze tribos" de Israel, "setenta e dois" (seis vezes doze, "seis" simbolizando abertura) indica o discipulado ampliado entre os gentios. A narrativa exprime a situação das comunidades no tempo de Lucas. Ele compreende que Jesus continua vivo e falando às suas comunidades, acolhedoras a todos os povos.

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