quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Jesus anda em cima da água





Mc 6,45-52

Logo depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente para o povoado de Betsaida, no lado leste do lago, enquanto ele mandava o povo embora. Depois de se despedir dos discípulos, Jesus subiu um monte a fim de orar ali. Quando chegou a noite, o barco estava no meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho. Ele viu que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava contra eles. Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles.
Quando viram Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um fantasma e começaram a gritar. Todos ficaram apavorados com o que viram. Mas logo Jesus falou com eles, dizendo:
- Coragem, sou eu! Não tenham medo!
Aí subiu no barco com eles, e o vento se acalmou. Os discípulos estavam completamente apavorados. É que a mente deles estava fechada, e eles não tinham entendido o milagre dos pães.

Jesus retira-se para orar


Marcos insere agora outra travessia difícil pelo mar, semelhante à da região pagã dos gerasenos. Jesus apressa a partida dos discípulos, enquanto despede a multidão. Tanto os discípulos como a multidão nutriam a esperança
messiânica de que Jesus lideraria um movimento nacionalista libertador do domínio romano. Depois de despedi-los, Jesus retira-se para orar. Os discípulos encontram-se parados no mar pelo vento contrário. Haviam sido enviados à missão em território gentílico, e tal vento representa medo e resistência ante a responsabilidade que devem assumir. Jesus passa diante os discípulos, sobe na barca e o vento cessa. Mas eles continuam sem entender. Marcos, com esta narrativa teofânica, também nos interpela: e vocês, entenderam?

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