domingo, 9 de agosto de 2009

Evangelho do dia - O pão da vida



Leitura Orante

Jo 6,41-51

Eles começaram a criticar Jesus porque ele tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." E diziam:
- Este não é Jesus, filho de José? Por acaso nós não conhecemos o pai e a mãe dele? Como é que agora ele diz que desceu do céu?
Jesus respondeu:
- Parem de resmungar contra mim. Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: "Todos serão ensinados por Deus." E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim. Isso não quer dizer que alguém já tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; ele já viu o Pai.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.

Comentário do Evangelho

Jesus, pão da
vida eterna

Diante da proclamação da origem divina de Jesus, os judeus o rejeitam. A tradicional identificação de Deus com o "poder" impede que reconheçam a revelação de Deus nos pequenos e humildes. Contra Jesus, alegam sua
condição humilde, conhecida por todos. Ele é o filho de José, e todos conhecem seu pai e sua mãe. Jesus e sua família são tipos comuns em sua terra, Nazaré, onde já vivem há cerca de trinta anos, sem que nada de extraordinário os destacasse dos demais. Esta condição de vida de Jesus, simples e comum, é salientada nos quatro Evangelhos. É o que Jesus quer indicar ao identificar-se com o "Filho do homem" inúmeras vezes nos Evangelhos. Por outro lado,
as observações sobre a ordinária condição da vida de Jesus descartam a existência de alguma genealogia que o vinculasse a uma descendência davídica, o que certamente teria colocado sua família e ele em destaque entre
os demais. A grande revelação de Jesus, que viu o Pai e foi enviado pelo Pai, é justamente a presença de Deus entre os pequenos e humildes. Esta revelação, no tempo de Jesus e posteriormente, sempre foi mal compreendida
por muitos. Já os discípulos, equivocados, viam nele um messias davídico poderoso, e ao longo da história Jesus foi consagrado como Cristo Rei. O Pai revela seu amor em Jesus e por ele somos atraídos. O pão descido do céu é Jesus
concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se a fim de comunicar
a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é seguilo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na prefiguração de Elias (primeira leitura). Na bondade, na compaixão e no perdão (segunda leitura), na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca
da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.

Um comentário:

  1. PARABENS AO PADRE CARLOS QUE ESTÁ DESENVOLVENDO UM OTIMO TRABALHO NA PAROQUIA

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